8 - Invasora de sonhos

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Enquanto Simone estava na confraternização. Soraya estava no estúdio do amigo que no último encontro mencionou que trabalha no New York Times.

Adentrando o lugar ele acende as luzes e Soraya observa o local.

- Não se preocupe, pode pegar que não quebra. - Disse ele se referindo a tudo o que havia no estúdio. Soraya parecia curiosa, e ele a queria deixar confortável.

- Como são suas fotos? - Ele tenta iniciar uma conversa, já que Soraya não havia respondido nada na citação anterior que ele fez ao se referir que ela podia encostar em tudo.

- Não muito boas, provavelmente.

- Não, eu quis dizer: O que você fotógrafa?

- Pássaros, árvores, janelas... Qualquer coisa. Sobre o que você escreve?

- Pessoas.

- Acho esquisito fotografar pessoas. Parece meio que... - Nem Soraya sabia.

- Invasão de privacidade?

- É. - Era isso?

- Bom, nós todos temos afinidades com pessoas. Gostamos de algumas pessoas, certo?

- Às vezes.

- E de outras, não. E não sabemos porque algumas nos atraem e outras não. Só sabemos que ou somos atraídos ou não somos. É pura física. Nos rebatemos como bolas num flíper.

- Mas nem tudo é tão simples como bolas reagindo ao contato.

- Algumas coisas nem reagem. Mas tudo é vida. - Soraya estava se sentindo em uma conversa muito profunda, mas sem algum nexo, o cara parecia falar coisa com coisa, mas que talvez tivesse um fundo de sentido. Ela estava confusa. Ele a olhava bem profundamente, como se houvesse algo, mas não havia, pelo menos, não para Soraya.

Um tempo havia se passado e eles se acomodaram em cadeiras, elas estavam posicionadas uma de frente para a outra. O silêncio estava sendo a melhor opção, já que qualquer assunto que iniciavam não vingava.

- Sabe, Soraya... - Ele começa após um curto tempo em silêncio. - Você é uma mulher muito bonita. E com talentos incríveis. - O homem se levanta enquanto termina de pronunciar sua frase, e caminha para mais perto de Soraya, que por sua vez também se levanta. As coisas tomaram outro rumo muito rápido, Soraya não gostou da ousadia dele, então tratou de se apressar a falar.

- Está meio tarde, eu tenho que ir. - Soraya estava atônita, e com certo receio das próximas atitudes do homem. E tudo piorou quando ele se aproximou ainda mais de seu corpo e colocou a mão sobre seu pescoço. Soraya paralisou.

Ele continua se aproximando lentamente. Vendo que Soraya estava completamente parada e não desviava de sua direção, ele dá progresso ao que tinha em mente.

Ela já estava perto o suficiente para sentir a respiração dela contra sua pele. Aproximando sua troco para o de Soraya, ele sente seus narizes se chocarem, então ele inclina a cabeça para o lado e sela seus lábios. Ele esperava um beijo de novela, afinal, Soraya não desviou, então de certo que também queria, mas ao invés disso recebeu um simples selinho.

Soraya quando sentiu os lábios ressecados de encontro com os seus tão macios, e a barba no prazo de aparar roçando seu sensível rosto, sentiu uma enorme vontade de vomitar. A ação de rapaz realmente a imprecionou, negativamente, lógico.

Ela então, prontamente depois de cinco segundos de contato, empurrou o corpo do homem para trás, na tentativa de se livrar.

- Você não deveria. - Ela coloca a mão sobre os lábios, na tentativa de "limpar" o beijo.

Mein Schatz - Simoraya Where stories live. Discover now