5 - Chamando para um jantar

313 47 19
                                    

Simone:

Estamos nós três sentados à mesa. Eu estava auxiliando Alice em seu desenho, Eduardo apenas estava observando, estávamos num terrível silêncio bem chato.

Até ele iniciar uma conversa.

- A mulher do Max...

- Taylor - Respondo.

Ele respira fundo.

- Taylor perguntou de você.

- É mesmo? Pinte o tronco, meu lírio. - Já presumo aonde ele vai chegar, provavelmente a conversa sobre uma festa que uma antiga colega nossa vai fazer.

- Ela adoraria te ver por lá. - Sabia! Homens são tão previsíveis assim mesmo? Ok, Eduardo ainda tenta uma proximidade, ele pode até estar tentando salvar essa nossa união, mas não dá, não tem como, meu coração não pertence a esse homem.

- Mande lembranças, eu gostava da Taylor.

- Eu gostaria que vc fosse. Por favor, Simone. Ao menos tente.

Ele não iria começar isso agora, não na frente de nossa filha.

- Lamento, Eduardo. já tenho planos. - Meia palavra para um entedor basta. Eu lancei um olhar, Eduardo não era entender mesmo. Espero que ao menos tenha entendido o meu sinal.

Apesar de que não era uma enganação, já tinha planos com Janja. Eduardo só não sabia.

Ele ao menos nem poderia sonhar com isso, não tenho medo ou qualquer coisa parecida dele, mas gostaria de evitar mais discussões do que já vem ocorrendo. Ela insiste em jurar que ainda sinto algo por Janja. Mas a verdade é que ela era como uma irmã, minha alma gêmea.

- A mamãe quer dar um presente para tia Janja. - Alice fala.

- Minha nossa senhora da bicicletinha sem freio. Por Deus Alice, não precisava comentar. - Penso. Meu olhos automaticamente se fecham, solto um suspiro pesado.

- Você tem visto bastante a tia Janja querida? - Eduardo pergunta. - Meu senhor amado, vai começar. - Penso.

- Sim.

- Com a mamãe?

- Sim.

Eu podia enxergar a fúria em seus olhos. Mas que merda.

- Vou tentar remarcar com a Janja. - Respondo após algum tempo. Ele conseguiu.

- Obrigado! - Responde parecendo contente. Mas consigo sentir o seu desapontamento e ódio.

Horas depois...

Eduardo foi embora levando Alice com ele. Agora só restava eu e minha governanta na casa.

Após sua saída eu fui conferir as correspondências, eram contas e um bilhete.

Um bilhete super fofo por sinal. Era de Soraya a vendedora loirinha graciosa daquela loja que comprei o presente da minha pequena. Nele falava que ela percebeu que esqueci minhas luvas sobre o balcão da loja e ela resolveu mandar por correio para minha casa.

Minha cabeça tão avoada, eu nem ao menos tinha percebido. Tenho agora que me lembrar de agradecê-la por isso.

Por falar nisso, o trem também chegou. Realmente ele é incrível, acho q meu lírio ira adorar, infelizmente não deu tempo de ela ver antes de sair com o pai.

Será que uma boa forma de agradecimento é chamar a pessoa para um almoço? Eu nem ao menos conheço muito a garota, será muito intrometimento da minha parte fazer isso? Mas ela parece ser um amorzinho de pessoa. Vou chama-lá, adorei a menina, não tem porque deixar a ideia de lado, afinal é somente um almoço, né?

Soraya:

- Eu disse a cliente que seriam entregues antes do Natal. - Estava conversando com o homem responsável pelas demandas de entrega do departamento. Queria saber se o trem que eu havia me compreendido a chegar em até três dias já tinha chegado a casa de Simone.

- Disseram que em até três dias... - O homem me cortou minha fala.

- Seria entregue hoje a tarde. - Já era a noite, então...

- Então chegou? Ela assinou? - Comento afobada.

- Chegou, fique tranquila. - O homem me olhou de um forma "acalme-se era só uma entrega para uma cliente". Abro um sorriso de lado achando graça de mim mesma, realmente porque eu estava tão afobada? Era só uma entrega e estava tudo dentro do prazo o departamento nunca se atrasa, e eu também nunca me preocupo tanto. Que estranho! - Penso.

- Ótimo, obrigado então. - Respondo o senhor.

Agora era um turno da noite, o departamento ficará aberto até às 23:00 horas, agora são 20:00. Como já obtive a informação que desejava, agora vou voltar ao trabalho.

Enquanto realizo o atendimento de uma cliente, Patrícia outra funcionária da loja me chama.

- Thronicke!

- Senhorita Thronicke?! Vem cá, agora.

- Desculpe, peço licença eu já volto. - falo com a cliente.

- Claro, sem problemas.

- Telefonema para senhorita - Patrícia anuncia.

- Obrigada. - Respondo pegando o telefone de suas mãos.

- Alô?

- Funcionária Soraya Thronicke? - Uma voz feminina do outro lado da chamada me pergunta.

- Sim.

- Vou passar a ligação.

- Alô.

- Então foi você! - Aquela voz... Simone!

- Olá, Senhorita Tebet. Recebeu a pista de trem?

- Sim, recebi. E as luvas também. Muito obrigada, por me devolvê-la querida. - Eu... Eu fui chamada de querida? Que fofo. Dou uma leve corada com os pensamentos. - E eu só queria te agradecer Soraya.

- Tudo bem, foi nada demais Simone.

- É... Na verdade, o que eu queria, mesmo, era dizer... Você tem horário de almoço? Deixe-me ao menos levá-la para almoçar.

- Sim, claro. - Respondo apressadamente. - Mas... É... Não precisa Simone. - Respondo por fim.

- Estou livre amanhã. - Simone sugere.

- Amanhã?

- Sabe o restaurante Scottie's?

- Não sei, espere um pouco. - Ok, vai. Eu já aceitei. - Penso, e logo trato de pegar um papel para escrever o endereço.

- Me passa papel e caneta. - peço a Patrícia que estava com o que eu precisava já em mãos.

- Obrigada.

- Pronto, pode falar.

------------------------------------------------

O que acham que vai rolar nesse almoço hein? Posso dizer que terá altas tensões. Nosso casal está começando a se desenvolver...

Mds eu amo demais esse filme!

Qualquer crítica que tiveram a respeito a fic, podem comentar pessoal, seja ela boa ou não. Podem fazer críticas do que acham que deve melhorar, seja a escrita, o desenvolvimento, se ele está no tempo certo, atrasado ou indo rápido demais. Sintam-se à vontade.

Bjusss, até amanhã moranguinhos. 💕













Mein Schatz - Simoraya Where stories live. Discover now