2 - Petúnia negra.

773 79 9
                                    

SIMONE:

Ruas lotadas de New York. Muitos carros congestionando o trânsito. As Ruas estavam uma loucura, o motivo deve ser porque era semana de Natal. Não que New York não fosse assim normalmente, mas realmente estava imprecionante dessa vez.

- As pessoas finalmente decidiram ter compromissos com a vida e comprar o presente adiantado? Porquê sempre me lembro dessa baderna na véspera de Natal. Aonde muitos sempre deixam para comprar em cima da hora o presente. - Esses pensamentos vem de uma mulher elegante que anda pelas ruas de New York, com o mesmo intuito da maioria das demais pessoas ali, comprar um presente.

Essa mulher cuja estatura é alta, cabelos negros e olhos marcantes com cor de uma petúnia negra. Simone Tebet é essa mulher.

Uma mulher que já está entediada de procurar presentes e não achar um que realmente lhe agrade. Resolve entrar em um departamento de presentes. Estava decidida que se não comprasse nada ali, voltaria só no dia seguinte, já estava cansada de tanto procurar.

- Acho que finalmente vou encontrar algo. - Pensa ela observando alguns brinquedos pela loja. Mas Segundos depois foca a sua atenção a algo ou melhor se dizendo a alguém na sua frente.

SORAYA:

Já estava em meu trabalho agora. Carlos e eu apenas bebemos um café em uma cafeteria, e ele me deixou aqui. Sinceramente as coisas com ele estão tão mornas, tão paradas, que eu nem sei o que sinto mais. Uma confusão tão grande abita dentro de mim, que as vezes quero apenas fingir que sou só eu e eu, não existe Carlos, não existe outras pessoas no mundo que possam me julgar, só existe eu. Mas ultimamente nem isso funciona mais. Os problemas realmente nos perseguem. Só que agora parece que eu não consigo mais correr deles e eles me caçarem, parece que minhas pernas me abandonaram e eles estão me devorando já que não consigo sair do lugar.

Em meios a esses turbilhão de pensamento confusos que consumiam a minha mente, eu resolvo começar a observar a loja. Tantas famílias estavam ali, tão felizes comprando os presentes de Natal. Eu acho maravilhosa essa época do ano. Simplesmente amo ela porque além de ser lindas todas essas decorações, serve para reunir muitas famílias que estam brigadas mas precisam se resolver para se ajuntar na casa dos parentes mais velhos e comemorar.

Olhando para cada rosto presente naquele recinto, meu olhar se conecta com o de uma mulher. Ela era... Não sei muito bem. Intrigante?

- Senhorita aonde fica o banheiro?

- Ai - Gritei do susto - minha nossa senhora, de onde que surgiu essa mulher? - pensei.

- Me desculpe menina não queria te assustar. - Falou ela com um tom de culpa.

- Tudo bem, eu só estava distraída. O que a senhora queria saber mesmo? - Não estava tudo bem, que ódio que eu fiquei agora.

- Aonde fica o banheiro?

- Segue até o elevador e vire a direita. - Respondo ainda meio ofegante e envergonhada pelo susto.

- ah, ok. Obrigada e me desculpa mais uma vez. - A senhorinha seguia o caminho indicado. Quando Soraya olha pro lado e vê aquela mulher de minutos atrás que trocou olhares digamos que bem intensos ao seu lado tentando controlar a risada.

- Tudo bem senhora? - Perguntei entre dentes, com o sangue já fervendo. Quem ela pensa que é para estar rindo de mim? Do meu susto? Que aliás só me assustei porque ela estava olhando pra mim me "obrigando" a retribuir o olhar.

- Tudo bem sim. Me desculpe por rir de você, mas achei sua reação ao susto extremamente fofa. Me chamo Simone e você? - A mulher que minutos atrás era uma completa estranha, se apresenta no final de sua breve explicação do porque estar rindo.

Mein Schatz - Simoraya Où les histoires vivent. Découvrez maintenant