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LUÍSA NAKAMURA





Que diabos eles estava fazendo aqui? Não era, de jeito nenhum. E se ele desconfiou de algo e nos seguiu? O plano por água abaixo com direito a uma morte lenta e dolorosa.

— Posso ajudar? — Minha voz saiu tão baixa que não sei como ela poderia ter sido ouvida. Se meu sotaque falando inglês estava tão na cara, contudo, mantive a postura inocente. 

— Senhorita.  — A rouquidão de sua voz era perceptível, arrastando o som das vogais. Um certo tom sedutor até ele olhar ao seu redor e dando um passo pra trás. — Eu pensava que era meu quarto, mas pelo visto me confundi.

Que criatividade...

— Perdão, senhorita. — Disse por fim, usando aquelas orbes azuladas para me secar completamente, seu olhar cheio de desejo ficou sobre mim antes de virar de costas e seguir seu caminho.

Fechei a porta, me certificando de trancar corretamente. Damon foi atraído por mim, e só criou essa situação idiota para confirmar a localização de sua presa, que no caso, eu. Foi exatamente como Hailey explicou, ele mesmo gosta de atrair as vítimas. O que indica que ele me viu quando cheguei no hotel.

A hora chegou. Coloquei meu melhor perfume e abri a porta pois havia uma pessoa me aguardando atrás dela. Suspirei e encontrei o idiota trajando uma camisa social preta e o colete lindo por cima. Seu cabelo escuro penteado pra trás, só que para ocasião,  deixou alguns fios em sua testa.

Respirei fundo para fazer o que havia planejado antes dele chegar: 

— Oi, amor. — Pronunciei alto em inglês. Vendo Taeyong franzir o cenho, peguei sua mão e o puxei para o quarto, fechando a porta logo depois. 

— Não estava no plano mas eu precisei fazer isso. — Soltei sua mão chegando mais perto dele, quase sussurrando, o que me permitiu sentir seu perfume forte. — Ele está aqui. 

— Ele? 

— Sim. Ele veio aqui. 

— Aqui? — Supreendeu se mantendo-se concentrado em minhas próximas palavras. 

— Acho que ele está por aqui e nos viu chegando. 

— E você chamou a atenção dele. — Afirmou Ele.

— É, o plano já está funcionando. 

— Mas ainda precisamos dançar. — Avisou, fazendo meu sorriso murchar.

Ficamos em silêncio, tentei me imaginar batendo naquele homem. Damon parecia ter muita força, até parar meu raciocínio e perceber Taeyong me observando da cabeça aos pés, sem sair do lugar, mas ainda assim, deu para acompanhar o movimento de seus olhos. Não demorou muito para que ele percebesse que eu estava olhando seu movimento e parou seu olhar somente em meu rosto. Desconheci minha reação no momento e fiquei presa nos seus olhos castanhos escuros fixados nos meus, seu olhar não havia desejo, me parecia ser tudo menos isso. Através disso, meu pescoço e começou a esquentar, me dando conta de um calor que não havia sentido antes.

— Ótimo! — Disse, me dando um susto, afastando-se e me livrando daquela sensação estranha. — Você não vai poder ficar com comunicador, apenas eu. 

— Eu sei. 

— E...— De costas, acrescento. — Olhe pra ele dessa maneira, vai funcionar.

Enquanto ele estava de costas, usei a mão para me abanar um pouco até aquele calor sumir em poucos minutos.

Detective Force Where stories live. Discover now