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LUÍSA NAKAMURA

Débora foi nossa segunda garota, havia desaparecido há dois meses e meio. Ao contrário de Vick ela apresentava bem mais pistas de cara através da explicação de detalhes procurados por Sihyeon. Ela explicava com precisão sobre a lousa que passava os slides da garota, o detalhe mais curioso do caso dela, é que de acordo com o depoimento de suas amigas, ela comentava que tinha muito medo de ser sequestrada, pois ela assistia muitos casos criminais.

— Aqui diz que ela tinha um relacionamento. — Comentei olhando a ficha dela. — Os investigadores anteriores foram até ele?

— Sim, ele passou quatro horas prestando depoimento, só que foi liberado. Continuaram na cola dele até que surgiram outros..

— Entendemos. — Disse Jaehyun. — Obrigado. A família possui três filhas contando com ela.

— Não veio o depoimento da família. — Disse Taeyong, que mudou a direção do seu olhar para a Hacker.

— Não houve por escrito, senhor. Os policiais fizeram uma pesquisa rápida por conta de estarem sobrecarregados com casos de serial killer.

— Como? — Soltou a palavra no ar, incrédulo. — Mas eles não consideravam que esse também poderia ser?

— Imagino que sim. — Respondi olhando para o mesmo. — Porém não sabíamos qual equipe era e quais eram suas principais especialidades ou responsabilidades.

— Sim, porém isso se trata de uma série de desaparecimentos. — Sua indignação o fez aumentar seu tom um pouco. É questionável esse comportamento de deixar o caso sem que passe para outra equipe.

— Eu sei disso, senhor. Por que então não vai até eles e pergunta? — Falei e tomei um gole do café próximo a mim tranquilamente.

Ele arqueou a sobrancelha mantendo ainda por uns segundos o olhar, confesso que foi desnecessário meu comentário mas quantas vezes ele não fez o mesmo comigo? Apenas sorri que o fez parar com nosso contato visual.

— Infelizmente houve esse inconveniente. — Senhor Johnny chamou nossa atenção. — Porém agora estamos aqui, vamos dar nosso melhor. Seguiremos o mesmo padrão da outra garota, continuaremos assim até que surgirem novos sinais de acordo com o decorrer.

— Por isso devemos tomar um certo cuidado pois pode alguma coisa escapar da nossa visão. — Disse Peniel.

— Vamos garantir que não. — Argumentou Jaehyun ao seu lado.

— Senhorita Luísa, Tayong e Peniel, vão à casa de Débora. — Johnny pegava as fotos da família sem sequer olhar para nós, sua visão firme e atenta. — Peniel, pode analisar o lugar completamente, e vocês. — Aí sim passou sua atenção à nós. — Total atenção aos parentes.

— Sim, senhor. — Dissemos em onissomo.


Demoramos um pouco para achar a casa dos pais de Débora, era um pouco longe da parte nobre de San Diego, só que no fim conseguimos. A casa possuía um muro baixo e portão também, dando visão a área com algumas plantas e flores laranjas, a grama um pouco fraca pela sua cor, a residência pintada de rosa claro, rosa ou algo do tipo, logo mais à frente, a entrada da casa com algumas cadeiras de varanda ao redor.

Chamamos e nos identificamos, logo permitiram nossa entrada, a mãe parecia calma, porém seus olhos indicavam preocupação, o pai da mesma forma. Os pais de Vick estavam mais desesperados, embora levamos em conta de que o sequestro dela foi mais recente de que Débora.

— Eu queria muito que alguém realmente fizesse alguma coisa. — A mãe tinha palavras firmes e com o passar dos minutos, vi ódio em seu olhar.

— Sabemos de algumas equipes que já passaram por aqui. — Senhor Taeyong sentou no sofá, apoiando os braços sobre os joelhos. — Lamentamos.

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