𝙲𝙰𝙿𝙸́𝚃𝚄𝙻𝙾 22

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CAPÍTULO 22:
Verdades à tona.

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𝙼𝚒𝚜𝚜𝚊̃𝚘 1.876:  𝙱𝚘𝚜𝚝𝚘𝚗, 𝙼𝚊𝚜𝚜𝚊𝚌𝚑𝚞𝚜𝚎𝚝𝚝𝚜
𝙴́𝚙𝚘𝚌𝚊:  2004
𝙿𝚛𝚘𝚝𝚎𝚐𝚎𝚛:  𝙼𝚒𝚕𝚎𝚜 𝙲𝚕𝚒𝚏𝚏𝚘𝚛𝚍
𝙾𝚛𝚍𝚎𝚖 𝚎 𝚊𝚞𝚝𝚘𝚛𝚒𝚣𝚊𝚌̧𝚊̃𝚘:  𝙶𝚊𝚋𝚒𝚗𝚎𝚝𝚎 𝚍𝚎 𝙴𝚡𝚎𝚌𝚞𝚌̧𝚊̃𝚘 𝙽𝚘𝚛𝚝𝚎, 𝙰 𝙲𝚘𝚖𝚒𝚜𝚜𝚊̃𝚘.

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— Entregue essa missão para o primeiro agente que você ver, Mathew — eu digo, lhe dando ordem de proteção que acabei de fazer.

— O que ganho com isso? — ele desconfia.

— Sua vida — respondo, levantando meu blazer e mostrando a ele minha pistola. Mas sei que só a vida dele não basta, ele quer algo a mais. — Trinta mil na sua conta hoje?

Os olhos dele se arregalaram um pouco. Trinta mil dólares não irá me fazer falta, muito menos na linha do tempo nova, mas para Mathew, é bastante coisa.

— Sim, claro, claro. Vou mandar agora mesmo.

— Nem um pio, Matt — eu inclino meu dedo indicador.

— Nem um pio — ele repete, passando os dedos nos lábios como se fechasse um zíper.

Ele leva os dois papéis. Me vejo enfim sozinha na sala. Aproveito para respirar fundo. Meu contrato está em ordem, não tenho relações com o Apocalipse, Miles vai ser salvo. Tudo está finalmente dando certo.

Falta uma hora para eu encontrar Cinco no estacionamento, então resolvo ir à máquina de vendas e pegar vários chocolates. Se vamos usar uma maleta, podemos acabar chegando em 2019 com fome e sem lugar para ficar. Tudo bem, chocolate não é uma boa refeição, mas é a mais acessível.

E ele ama essa porcaria. Óbvio que vou levar.

Também retiro todo dinheiro da minha conta. Não sei se na nova linha do tempo meu saldo será o mesmo, e não fiz um ano de serviço para nada. Transfiro trinta mil para Mathew e tiro o restante. Guardo os chocolates e o dinheiro na minha bolsa.

Faltavam poucos minutos. Achei que eu poderia chegar adiantada e esperar por Cinco.

É claro que seria fácil demais para ser verdade.

— Clifford, temos um problema no Painel de Controle Infinito — ouço uma voz me chamar.

No momento lembro de Susan, mas ela está morta. É raro alguém me pedir para resolver problemas se não é meu assistente. Me viro para trás e vejo Lila.

— O que quer que eu faça? — dou de ombros. Não fui treinada para mexer naquele painel, não sei como ele funciona. — Lila, eu não sou operadora do painel.

— Como chefe de segurança e notando que há um problema no PCI, exijo que você vá resolver — ela diz com uma superioridade patética.

Chefe de segurança? Desde quando Lila é chefe de segurança? Desde que sua mãe virou presidente?

Ela não vai me dar opções. Eu não posso negar, porque provavelmente vou soar suspeita. Ou então ela vai me levar daqui arrastada por guardas.

— Tudo bem. Mas eu não vou garantir nada.

Lila assente. Depois, ela me acompanha pelos corredores. Saímos da ala Sul até a Norte. Passamos pela sala do Painel de Controle Infinito, mas Lila não entrou. Ela continuou andando.

𝙼𝚎𝚗𝚝𝚒𝚛𝚊𝚜 𝚊̀  𝙿𝚊𝚛𝚝𝚎 - Cinco HargreevesWhere stories live. Discover now