𝙲𝙰𝙿𝙸́𝚃𝚄𝙻𝙾 4

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CAPÍTULO 4:
Figurino.

⊰◎⊱

𝙲𝚊𝚜𝚘:   00857812-𝚅
𝚂𝚞𝚙𝚎𝚛𝚟𝚒𝚜𝚘𝚛 (𝚊):   𝙴𝚕𝚎𝚊𝚗𝚘𝚛 𝙲𝚕𝚒𝚏𝚏𝚘𝚛𝚍.
𝙿𝚛𝚊𝚣𝚘:   4 𝚍𝚒𝚊𝚜.

𝙲𝚎𝚗𝚝𝚛𝚊𝚕 𝚍𝚎 𝚛𝚊𝚖𝚒𝚏𝚒𝚌𝚊𝚌̧𝚘̃𝚎𝚜 𝚍𝚊 𝚕𝚒𝚗𝚑𝚊 𝚝𝚎𝚖𝚙𝚘𝚛𝚊𝚕, 𝙾𝚎𝚜𝚝𝚎, 𝙰 𝙲𝚘𝚖𝚒𝚜𝚜𝚊̃𝚘.

.

Esse era um dos casos que eu analisava pacientemente, e alguns minutos depois, eu já tinha o resultado para entregar à Central de Tubos. A maioria dos casos costumam ser bem fáceis para mim, o que deveria levar quatro dias, leva somente vinte minutos.

Assino meu nome e coloco esse arquivo numa pasta, logo em seguida, em cima de uma pilha com uns outros dez casos solucionados. Vou para o próximo. E depois o próximo. E então o próximo. Seguindo essa rotina até acabar meu dia. Mas nunca me canso.

É a definição perfeita de que "cada caso é um caso".

São histórias distintas, com novas pessoas, novos prováveis acontecimentos, erros que são tão facilmente calculados que se eu escrevo um nome errado posso acabar causando uma terceira guerra mundial. O efeito borboleta é maleável. É suscetível. São palavras que definem bem. Eu vejo beleza nisso.

O cuidado de que cada ação terá múltiplos resultados coloca uma tonelada de responsabilidade nas minhas mãos. E eu amo isso. Eu adoro isso. E adoraria ainda mais conquistar um cargo maior para descobrir mais sobre a linha do tempo. Todas as partes executivas da direção eu posso ignorar, mas ter acesso livre por todas as salas, algumas secretas, da Comissão, é a minha ambição.

A única coisa que me impede é Cinco.

Que por falar em coisa ruim, apareceu bem quando eu estava encerrando meus serviços. Eu fechei minha pasta e organizei minha mesa para o dia seguinte, guardando os carimbos. Foi quando ele bateu na porta e pediu para entrar.

— Licença? — Depois de ouvir minha confirmação, ele fecha a porta e as persianas, para que ninguém o veja na minha sala no fim de um expediente. — Consegui o caso.

Antes de responder, preciso fazer alguns movimentos com os ombros para aliviar a tensão de ficar horas sentada numa mesa mais alta que o necessário para mim.

— O que temos? — Levo meus olhos para a pasta marrom em suas mãos.

Cinco arrasta a cadeira que havia ali até chegar perto da minha, assim como ele fez na primeira vez que esteve aqui. Não consigo ver tantas expressões em seu rosto, nem sequer consigo descobrir se ele está cansado.

— Londres, 1968 — Cinco abre a pasta e joga umas folhas na minha mesa, desleixadamente.

— Qual é a ordem? — eu digo, passando os olhos sobre as informações.

— Proteger Morgan Green. É uma garota de dezoito anos, mais ou menos.

— Proteger de quem, exatamente?

— Vai acontecer um assalto na noite da sua festa de aniversário. Precisamos protegê-la dos assaltantes.

— Parece interessante — falo, talvez baixo demais. — Tudo bem. Vamos fazer amanhã?

— Pra mim tá ótimo.

Para mim também, consegui adiantar muito meu trabalho hoje. Eu me levanto e Cinco faz o mesmo, direciono ele até a porta e apago a luz. Quando eu estava terminando de trancar minha porta, Cinco me aparece com a cereja do bolo.

𝙼𝚎𝚗𝚝𝚒𝚛𝚊𝚜 𝚊̀  𝙿𝚊𝚛𝚝𝚎 - Cinco HargreevesWhere stories live. Discover now