Capítulo 12

1.5K 134 9
                                    

Fala rapaziada! Dboa?

Me desculpem pela demora estava em semana de prova e meu celular não tá colaborando muito comigo!!




Camila Cabello Point oficialmente View

Jogamos o trigo na tigela, em seguida o pó de chocolate, açúcar, leite e fermento... e quase ia esquecendo dos ovos! Grace mexia o conteúdo na tigela com um sorriso no rosto, nós dançávamos e cantávamos alguma música estranha enquanto preparávamos nosso bolo. Era possível ver que ela tinha um certo receio em fazer esse tipo de coisa por nunca ter feito, e à todo momento ficava olhando pros lados para vê se a mãe estava por perto.

A cozinha já estava toda suja, mas não me importava, as cozinheiras fofoqueiras que limpassem, talvez isso seja o resultado pros problemas delas de cuidar da vida dos outros.

─ Será um grande bolo ─ Grace comenta ao ver eu despejar a mistura na forma que já havia untado.

─ Com certeza, já podemos montar uma confeitaria, podíamos ser sócias, o que acha? ─ brinco com ela que abre um sorriso sincero.

─ Mamãe não nos deixa comer bolo de chocolate ─ ela diz após um tempo pensativa. ─ Diz que açúcar nos faz mal.

─ Meu filho ama comer bolo de chocolate, ele é forte, feliz e dorminhoco ─ respondo jogando algumas coisas fora cujo não havia mais utilidade. ─ Sua mãe é chata, essa sim é a
melhor definição para ela. Você vai comer do nosso bolo, afinal, uma vez não faz mal e ela não precisa saber.

Grace dá um sorriso travesso como se amasse aprontar mas não tivesse oportunidade, o sorriso sapeca dela não enganava ninguém, por isso Lauren pegava tanto no pé dela.

Ela me ajuda a limpar o balcão e pegar os ingredientes para fazer o brigadeiro, é uma bagunça só, passo leite condensado na bochecha dela enquanto ela ri e pega o brigadeiro passando em mim. Acabou que havia mais brigadeiro em nós do que na panela.

─ Normani vai nos matar! Tanto Normani como as cozinheiras ─ ela diz olhando a sujeira que fizemos no balcão.

─ Nós vamos arrumar, Grace ─ digo despreocupando-a. - Vamos esperar o bolo terminar de assar e jogar o brigadeiro nele, vai ficar uma delícia.

─ Quem te ensinou a fazer bolo?

─ Minha mãe ─ digo e a vejo meio que ficar cabisbaixa. ─ Na verdade, eu meio que aprendi sozinha, ela apenas me instruiu. Meu primeiro bolo tinha gosto de ovo, mas na verdade o sabor era de laranja.

─ Por que ficou com gosto de ovo?

─ Porque eram apenas dois ovos... mas eu botei seis, ou seja, estraguei com o meu primeiro bolo que tinha tudo para dar certo.

─ Sua mãe brigou com você?

─ Sim, por ter gastado os ovos e a massa do bolo ─ ela gargalha.

─ Nós não podemos nem chegar perto do fogão, você sabe como é... essa vida é um saco, Camila. Eu queria poder ser livre, ou pelo menos ter uma família que me amasse.

─ Ei... ─ seguro na mão dela e a esfrego na minha. ─ Não fala isso, a sua mãe te ama... ela só é meio... fechada. Algumas pessoas são assim, sabe, eu nunca conheci meu pai e minha mãe evitava de falar dele, mas eu aprendi a conviver com isso, e hoje estou aqui de pé e vivendo. Pietro, meu filho, também
não conheceu o pai e nem vai conhecer.

─ E onde está o pai dele?

─ Eu não sei ─ digo sincera. ─ Digamos que eu e o pai dele não nos falamos, e eu não gosto dele.

A Juíza •Intersexual•Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora