19 Eu te ajudo

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Karen narrando...

Nunca pensei em ver um dono do morro cuidando de crianças especiais,  que tipo de ser humano é este? ele fez um abrigo para crianças especiais carente que não tem uma família,  eu nunca ouvir falar sobre esse abrigo, muito menos meus pais, se não eu já estava sabendo. A forma que ele trata seus funcionários e as crianças é surreal,  mas ainda sim, Matteo é apenas o dono do morro e o dono da casa onde vivo prisioneira, saio do meus desvaneio com um rapaz chamando minha atenção.
—Não é dessa forma, senhorita,  a qual é o seu nome?–Um homem alto, ainda jovem me pergunta.
—Meu nome é Karen e o seu?—Pergunto.
—Maurício,  bom, vamos lá, você não precisa colocar a fralda nele como se colocasse em bebê,  porque eles mijam muito, aí você põe duas fraldas amarrando ao lado, e com uma outra fralda, você faz um patinho assim,  olha, é bem mas prático para eles, e pra nós.—Ele diz pegando da minha mão a fralda e colocando.
  Dessa vez, pego uma outra criança e faço como Maurício me ensinou, ele bate palmas rindo, e fomos para o pátio onde  está as outras crianças,  lá estava Dandara dançando  com algumas crianças, Kauany estava conversando em um canto sozinho com um menino também,  pelo jeitinho dele, também é autista,  mas  menino é lindo, tem seus olhos azuis, cabelo negros.
—Eles são lindos conversando né? é uma amizade linda os dois—Dandara diz ao meu lado.
—Sim é lindo mesmo.—Pode ser que a  minha imaginação esteja muito ousada, mas isso não parece ser apenas amizade.

  Depois que presenciamos Kauany conversando com o menino, Dandara nós chamou para ir embora, Matteo já tinha ido a meia hora, passamos por uma sorveteria é Kauany apontou pedindo sorvete, Dandara  então aceitou o pedido e foi comprar para nós três.
Dois homens de moto para na rua ao meu lado, um deles sai pilotando, o outro tira seu capacete, levo um susto  com ele em minha frente.
—Oque faz aqui Capíroto? se Matteo souber que estamos conversando... bom não quero nem pensar.—Ele rir.
—Fica sussa, já estou metendo o pé,  só quero saber como você está? e muito obrigado por salvar a minha vida, Mas te falar, eu preferia está morto do que ver você aí sofrendo, sendo prisioneira dele, isso é maior esculacho tá ligado? conte comigo pra tudo novinha, tudo mesmo, ninguém faria isso por mim não, e eu reconheço isso, bom, tô indo, qualquer coisa, conta comigo, Dandara tô indo, tô ralando .
  Ele sai rapidamente, antes que Dandara veja, ela é confiável eu sei, mas entendo que ele não quer arriscar.
   Chegamos na casa dela, porque não é minha casa,  não tinha nenhum vestígio que Matteo chegou aqui, então fui direto para o meu quarto,  tirei a roupa é fui direto para o  banheiro, dei de cara com Matteo tomando banho no meu banheiro.
—Oque faz aqui?— Pergunto irritada.
—A casa é minha Karen,  sera que não posso tomar banho no banheiro da minha casa agora?—Ele pergunta ensaboando seu corpo.
—A vontade,  mas desde que seja no seu quarto! se você me obrigou a morar aqui, pelo menos aqui no quarto eu mereço privacidade!— Acabo aumentando a minha  voz. 
  Então ele vem todo ensaboado, dou passo para atrás, mas ele me segura pelo meus braços me encostando na parede, da um cheiro no meu pescoço,  depois me joga todo delicado para outra parede tentando beijar minha boca, me esquivo de cada tentativa, peço licença que está me molhando toda, rapidamente ele me põe debaixo do chuveiro, a água  está super gelada, dou um grito de nervoso e ele rir, fecho a cara, e ele me abraça.
—Por favor me solta, vou ser obrigada a tomar banho com você também?—Digo.
—Não, já estou indo.—Mas antes disso, ele segura meu rosto beijando minha boca, queria muito resistir,  mas não conseguir, abro minha boca deixando ter a passagem que quer, seguro em seu  pescoço por impulso abrindo mas um pouco minhas pernas, o tesão cconsome meu corpo todo, mas oque ele fez, eu nunca vou perdoar.
—Matteo sai daqui agora! SAI DAQUI, EU ODEIO VOCÊ!—Ele fica sem entender a minha reação,  porque já está conformado com as outras, não entendo como eu cedir a este homem, sento-me no chão do banheiro lembrando da noite que discuti com meus pais, que vontade de ver eles neste exato momento,  que saudades, levanto minha cabeça limpando minhas lágrimas,  Matteo já não está mas aqui, recomponha meu choro, levanto do chão tomando meu banho, de toalha mesmo deito na cama e acabo apagando.

  Acordo na manhã seguinte, completamente nua, estava morrendo de frio, olho para a janela que está toda molhada,  hoje o dia vai ser de chuvinha,  vou para o banheiro tomo um banho, coloco uma calça de moletom e uma camisa do bob esponja,  faço minhas higiene matinais, já amarro meu   cabelo em um coque  já caminhando para a sala,   não reconheço algumas vozes que está vindo dos cômodos,  já me deparo com alguns homens estranho sentados nos sofá,  algumas mulheres ao lado deles que abrem um sorriso sincero pra mim, Kauany me abraça,  não vejo Dandara, e isso me assusta, estou definitivamente,  me sentindo um peixe fora d'água.
—Bom dia.—Sussurro caminhando até a cozinha, mas a voz de Matteo ecoa pela sala.
—Bom dia Karen, deixa eu apresentar a você o pessoal aqui,—Ele diz se levantando.
—Essa aqui é a Karen, amiga de Dandara.—Olho para ele incrédula.—Vai morar aqui por uns tempo até tudo se resolver, ela é uma ótima pessoa, pode confiar—Não acredito que eu ouvi isso!— Karen esses que estão sentados  no sofá,  são donos de morro,  e suas esposas,  os outros são crias daqui meu.
—Ah legal, prazer, bom, vou ir na cozinha comer alguma coisa.
  Saio de perto da vergonha rapidamente,  como que ele ousa a falar assim? será que eles não sabem que eu sou uma priosioneira aqui? e se eu contar agora? também vai da em nada,  são todos amigos, tudo farinha do mesmo saco,  passo por outro lado do balcão da cozinha para pegar o leite e o nescau, me deparo com vários fardos de cerveja, em cima do balcão contém algumas sacolas, abro na curiosidade, pelo visto vai ter churrasco, esta repleta de carne,  frango e linguiça, preparo meu café, e Dandara chega ao lado de uma mulher, e Rita, que vem rapidamente me abraçar , nós duas choramos juntas, Rita é a minha melhor amiga,  minha parceira em tudo, que falta que ela me fez , e eu o abraçando,  eu consigo sentir um pouco a presença do meus pais.
—Me desculpe,  se eu não tivesse trago você,  hoje não estaria aqui nesta situação ,  desculpa amiga.—Diz ela chorando.
—Ah não, não precisa pedir desculpa meu amor, não é a sua culpa, eu vim porque eu quis,  e só estou colhendo oque eu plantei, mas por favor me informa de tudo, quero saber detalhe por detalhe.
 
Ficamos conversando por um  tempo, até que Dandara nós chamou para ajudar com as coisas do churrasco, as mulheres dos caras que estão na sala, veio para a cozinha para nós ajudar, eu quase não falei uma palavra, Rita que se interagiu mais, elas são legais, mas ter a presença de Rita ao meu lado, me faz perceber que eu perdi tudo, até meus pais, não que eu queira que ela saia de perto de mim, jamais, mas a dor é imensurável,  então preciso falar nada, porque eu sei que qualquer hora, eu vou chorar. 

Vou fazendo as coisas que eu sei que tem que ser feito, sento-me cadeira para descascar as batatas e cenoura para fazer a maionese, Rita senta ao meu lado segurando em minha mão.
—Não vou te pergunta,  como está,  porque eu sei que não está nada bem amiga, eu também estou sofrendo muito com isso, sua mãe então... sofrendo tanto pensando que você saiu de casa por contra própria.— Rita diz com uma voz triste,  levantei rapidamente correndo direto para o meu quarto, ouvi vozes de pessoas me chamando, inclusive Matteo,  mas alguém  o embarrou, fecho a porta deitando na cama, deixo as lágrimas descer igual uma cachoeira, porque ainda estou vivendo se não faço mas diferença nesse mundo? se já perdi tudo? a porta se abre com Rita entrando é senta ao meu lado.
—Desculpa amiga, eu não queria te deixar assim,  Matteo pediu para Dandara me chamar para melhorar um pouco seu astral,  e eu acabei com tudo, mas olha, sei que está sendo dificil pra você, mas precisa se forte! faça algo que você consiga sair daqui, pode demorar mas você vai conseguir,  eu te ajudo.—Limpo minhas lágrimas sentando na cama.
—Como? se eu fizer alguma coisa é de errado, Matteo pode muito bem vem pra cima de mim.– Sussurro.
—Vocês já ficaram, seduza ele novamente ,  mas vai com calma, deixe ele apaixonado por você,  quando ele perceber que você está rendida a ele, eu tenho certeza que você vai começar a andar sozinha pelo morro, ou nos da um jeito, aí você aproveita e foge daqui, vai até morar fora do Brasil,  eu te ajudo com isso.

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Destinado ao MorroWhere stories live. Discover now