Destinado ao Morro

9 Só acredito vendo

Karen Oliveira

Suas mãos aperta cada vez mais meu pescoço, sou imprensada na parede   contra o seu corpo, seguro em seu pulso apertando com força, essa técnica eu aprendir com Vinicius, e depois na academia,  Matteo se contorce todinho e na primeira oportunidade, eu dou uma chave de braço nele, sou xingada  de tudo qualquer nome, pensa em um fera nervoso, não posso negar que mesmo sabendo lutar, Matteo é mas forte que eu, ele me joga no chão com força, sentando em cima de mim.

— Você me tira a porra do sério garota!—Ele diz  com suas mãos em meu pescoço.

—Eu nunca.. disse que... lhe daria paz!—Falo começando a tossir.

A porta se  abre bruscamente,  uma mulher com uma feição nada boa aparece aos gritos com ele apoiando suas mãos na cintura, é a mesma mulher que estava na praia, não posso deixar de contemplar ela, linda, tem uma postura excelente, cabelos perfeito, e idêntica a ele, talvez seja uma versão de Matteo mulher? Será que é a irmã dele?

Matteo continua me segurando enquanto discute com a tal mulher, cada palavrão dele, é uma apertada mais forte no meu pescoço, as vezes sinto falta de ar, até que ele solta com força se levantando.

—Virou covarde agora Matteo? Qual foi Porra? A droga está virando a sua cabeça é? Ou é esse morro? Já esqueceu tudo oque o nossos pais  te ensinou seu bosta!—Ela diz caminhando em direção a ele.

— Que droga caralho? Tu sabe que eu não uso! E outra, toma conta do seu salão que eu tomo conta do meu aqui, mete o pé Porra.—Ele diz.

—Continue assim! Que você vai ser apenas uma grande decepção pra mim e  Kauanny! E você menina, vem comigo.— Não penso nem duas vezes  correndo até ela.

Todos olham pra mim e  para a tal menina, Rute está nos braços do Vinny chorando, corro até  a ela e digo que está tudo bem, porém a mulher me chama novamente, e acompanho ela.

Depois de alguns minutos caminhando pelo morro, nos paramos em frente a uma casa enorme, alguns caras armados me olha de cima abaixo,  claro que olha para a mulher também, mas desfarçado, ela manda eu entrar e de cara eu vejo a criança que estava na praia com Matteo, ela para do que está fazendo e vem correndo me abraçar.

Depois de conversa brevemente com ela, a mulher me chama perto da escada e vamos subindo.

— Bom, me desculpa pela falta de educação, meu nome é Dandara, sou irmã do Matteo, e qual seu nome?—Ela diz pegando uma caixinha de primeiro socorros.

—Meu nome é Karen, sou amiga do Vinny,   você deve conhecer.

— Seu nome é Karen? Muita conscidencia.— Ela diz pensativa.

— Como assim? conscidencia?— Pergunto estranhando.

— Nada não,  bom deixa eu passar uma pomada em seu pescoço, você é muito branca, com certeza vai ficar roxo, mas me conta sobre você,  e o porque do meu irmão   ter feito aquilo .

Não contei de quem eu sou filha, apenas falei que  moro no asfalto com meus pais, omiti dizendo que faço faculdade de direito para ser advogada, porque se eu falar a verdade, ela mesmo terminaria o  trabalho do irmão.

Sentamos para conversar melhor, kauany estava mexendo no meu cabelo quase fazendo eu dormi, Dandara aproveitou colocando algum filme que não sei o nome.

—Vou fazer almoço aqui pra nós, gostei de tu.— Ela diz se levantando.

—Não,  Eu já estou indo embora, se o teu irmão aparecer por aqui, não vai da certo.— Digo.

—Relaxa, eu estou aqui, é só você ficar quieta na sua e não afronta-lo né.

Tem um tempo que eu já estou aqui, toda hora olho para a porta pra ver se aquela maçaneta gira, Dandara percebeu meu desconforto, só não fala nada, ela me mostrou a casa toda, até entrei na piscina deles aqui, fiquei surpreendida pelo tamanho da casa, e o quanto de dinheiro esse homem tem, percebi que Kauany tem uma paixão por moda, ela praticamente obrigou eu e Dandara desfilar pela casa com as roupas que ela inventou, ainda estamos aqui fazendo as vontades dela, Dandara diz que vai ao banheiro, Kauany segue ela por trás, e aqui está apenas de calçinha e sutiã enrolada em um lençol, paro no meio da sala em frente a um enorme espelho no canto da parede me olhando, doida eu sou por está assim na casa dos outros.