2 As três

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Tatuador narrando....

O morro não parava de chegar  mercadoria, drogas e armas. Cabeça de pena sempre me ensinou que aqui no morro do Dendê sempre tem que haver fartura, não apenas com comidas e bebidas, mas sim com armas e drogas. Capiroto vem em minha direção com um saco de pão.

— E aí chefe, brota lá  em cima, comprei pão e mortadela— Ele diz todo empolgado, sei muito bem que tem algo aí.

— Faltou presunto e queijo, vou mandar um cria comprar.—Digo.

—Tem um presunto fresquinho no pé do morro patrão— Ele diz e rir.

—Melhor ainda, corte os membros e envie para a família, agora vou dizar, daqui a pouco eu apareço  por lá.

Não  aceitamos roubos aqui no morro, a penalidade aqui é  um tiro na mão, eu já avisei a família desse cara umas quinhentas  vezes, mas eles fazem ouvido de mercado, atirei em três mãos  daquela família, mas não adiantou, mandei um para a vala,para eles saberem que eu não estou brincando.

Cheguei  na minha casa, uma das minhas casas, a principal,  onde minhas irmãs moram, quase toda a semana eu durmo aqui, mas por precaução, Kauany vem correndo me abraçar, seguro em meu colo a girando no ar, ela é  pesada, mas fazer ela sorrir é a minha melhor alegria.

—Fala minha princesa, dormiu bem?—Pergunto.

—Mãomão, você dormiu onde?—Kauany pergunta com sua voz doce e angelical.

Kauany tem vinte e dois anos, porém com oque ela tem, a minha princesinha se torna uma criança, muitas pessoas acham que bandido não tem coração,  mas eles não sabem oque fazemos pela a nossa família, aqui no morro sou respeitado, porque aqui eles conhece minha conduta, meu tratamento não apenas com  minha família, mas com todos os moradores.

— Dormi na minha outra casa meu amor, mas hoje vou dormi com você,  ta bom.

Ela beija meu pescoço e minha bochecha me abraçando, seguro em seu corpo direito a rodando no ar, a ponho no chão e vou até a Dandara dando um tapa em sua cabeça.
—Tu não vai arrumar um marido não Porra? daqui a pouco isso aí ficou murcho, e você não aproveitou—Falo rindo com ela jogando almofada em mim.

—Melhor murcho do que jogar no lixo , você  aí deve está todo contaminado pegando essas xerecas velha por aí.

Dou o dedo do meio pra ela e saio, minha relação  com ela é  assim, minha relação com ela é assim, nada de pegar no pé do outro, aqui é  irmandade, claro que as vezes embarrero ela com esses zé lindão, mas é  mas facil pelo meu consentimento  do que eu não saber e acontecer algo pior.

Dandara é uma mulher linda, invejada por qualquer  minha daqui da área, ainda mas por saberem que ela é minha irmã, essa é a única que tem os estudo completo, tem seu próprio salão de cabelo, ela escolheu essa profissão né! Oque eu posso fazer? Apenas apoia-la, não julgo, eu só  apenas  queria que ela fosse médica, ou sei lá, eu hoje tenho condição para fazer a vida da minha irmã  boa, mas como ela sempre diz, que vai conquistar tudo com o seu proprio suór, eu vou deixar por conta dela, mas sempre estarei na disposição para ajudá-la no que for, afinal irmão é  pra isso, Dandara não é apenas minha irmã tá ligado, mas sim minha parceira em tudo.

  Depois de tomar um longo banho,  pego minhas coisas junto com a minha Glock, coloco na cintura, passando meu perfume de cachorrão da malhei e vou direto para a boca. Os  crias já  estão preparando a mesa do café, eles sabem que a mesa tem que está farta, no meu morro ninguém passa fome, duas vezes  por mês roubamos caminhão de carne  no asfalto longe do morro, distribuo para as famílias que necessitam aqui, pessoas já falaram para eu parar de ajudá-los,  porque eles podem trabalhar, mas eles moram no meu morro, e a maioria necessitam, tem criança na família. Porra é  lindo de ver uma criança com um sorriso no rosto, e sua barriga satisfeita, doi em ver uma criança desnutrida com seus olhos fundo por causa da fome,  eu já fui criança, eu não cheguei a passar fome, porque meus pais não deixava faltar angu e muito menos macarrão em casa, era angu no almoço  e macarrão na janta, as vezes era o ao contrário, e quando não tinha um desses, era o mesmo no almoço e jantar até comprar outra coisa para render.

—Come aí chefe, tá pensando demais em!—Beleza fala de boca cheia.

—Muitas parada cria, ainda tem a parada do baile de amanhã.

—Desenrola, bate, joga de ladinho.— Puga  se levanta fazendo seu passinho doido.

—Minha mandioca vai, entrar no seu cuzinho.— Danço  em frente  a ele, fazendo  todo mundo gargalhar.
 
Puga sai da salinha todo irritado, mas esse é  igual cachorrinho sai, mas depois  volta.

Saimos da salinha com um cigarro de maconha em mãos, vejo três mulheres,  uma ruiva, morena, e a outra da pele escura, tudo parada aqui com os shorts encravado no rabo, é difícil de até escolher uma,  Beleza vem em minha direção.

—Oque rola com essas três aí?— Pergunto sério.

—As três  que bater um papo com você chefe.— Ele diz coçando a cabeça.

—Hum, interessante, diga a elas, que se querem conversa comigo, primeiro uma das três tem que visitar meu barraco, vou de moto, tu leva algumas dela pra mim lá, qualquer coisa aciona parça.

—Suave chefe.

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Se lembrando que é  um ou dois capítulo  por semana, se tiver bastante comentários, calma que a história vai ferver

Destinado ao MorroOù les histoires vivent. Découvrez maintenant