1 - Voto de Confiança

700 44 12
                                    

Em sua sala na S.H.I.E.L.D, o diretor Nick Fury andava impaciente de um lado para o outro, o homem estava tão nervoso que seria capaz de arrancar seu outro olho com as próprias mãos.

— Senhor - Maria dá três batidinhas na porta e entra ao ouvir a autorização - Queria falar comigo?

— Agente Hill, sente-se - Fury apontou para uma das cadeiras a frente de sua mesa - Deve imaginar o porque de estar aqui, não é mesmo?

— Na verdade não, senhor - responde enquanto analisa as feições do homem a sua frente

— A partir de hoje estará encarregada de cuidar da Agente Romanoff - diz pegando uma pasta na gaveta de sua mesa e Hill arqueia uma sobrancelha

— Como assim cuidar?

— Será a parceira de missões dela daqui pra frente, você não é só a vice diretora dessa agência como também é meu braço direito, a única que confio pra isso. Romanoff é a melhor espiã que temos e precisamos ganhar sua confiança definitiva, nesses trinta dias conosco ela mostrou disposição em ajudar e servir nosso país - Fury lhe entrega a pasta que havia pego anteriormente, nela continha descrições de sua próxima missão - De fato ela não precisa ser treinada, mas precisa ser avaliada antes de subir para o nível dez

— Nível dez? - perguntou surpresa, Natasha estava no nível sete

— Ela já tem todos os requisitos para subir diretamente para o nível dez assim como você, só precisa da sua avaliação

— Com todo respeito senhor, mas acho isso uma perda de tempo, a agente Romanoff provou merecer seu voto de confiança, ela não precisa de uma babá

— O meu voto ela já tem, mas o do conselho administrativo, não. Eles queriam que ela tivesse supervisão por enquanto então escolhi você para fazer isso no meu lugar, tenho certeza que se darão muito bem

— Porque não designar o Barton para esse serviço? Ele é um Agente nível nove, pode fazer isso

— O conselho não aceitou, além de tê-la recrutado eles se aproximaram demais, precisamos de uma avaliação imparcial - Nick diz, quando percebe que Maria iria dizer algo ele a corta - E essa decisão não está em discussão Agente Hill, era só isso, obrigado!

Maria sai bufando da sala de seu chefe, não acreditava no que estava acontecendo. Ela tinha mais o que fazer do que bancar a babá da espiã russa.

Natasha também não gostou nada dessa decisão, ela já estava se acostumando a ter o Agente Barton como seu parceiro de missões.

— Ei, Nat, não vem almoçar? - Barton apareceu na porta de seu alojamento

A ruiva estava deitada em sua cama lendo um livro qualquer de ficção científica que havia pego emprestado na biblioteca da agência. Natasha ainda estranhava o fato de ter tempo livre para descansar e fazer coisas simples como ler ou escutar música. Na sala vermelha onde foi treinada, a espiã não tinha tempo para nada disso, coisas assim eram consideradas fraquezas, atrasos. Só lia o que lhe era permitido, não escutava músicas ou assistia tv. Treinava quase o dia inteiro e mal tinha tempo para descansar.

Era estranho poder fazer suas próprias escolhas agora, mas um estranho bom, Natasha estava aprendendo a desenvolver seus próprios gostos, fazendo suas próprias escolhas, descobrindo hobbies e principalmente, usando suas habilidades para ajudar pessoas.

Romanoff não conseguia expressar em palavras o quanto é grata ao agente Barton por tê-la dado essa chance. Ele poderia ter a matado, afinal essa era sua missão, mas ele foi o primeiro a olha-la com outros olhos. Clint foi o primeiro a enxerga-la como ser humano e não a assassina fria que ela foi treinada para ser. Ele lhe estendeu a mão ao invés de lhe apontar uma arma, mesmo tendo ordens para isso. Ele lhe deu a segunda chance que ela tanto procurou.

Segunda Chance | BlackHillWhere stories live. Discover now