⚡Capítulo 80- Largo Grimmauld, número doze⚡

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Pov's S/n


Senti um grande desconforto e quando reaparecemos em outro local tive uma imensa vontade de vomitar.

- É normal para a primeira aparatação, quando for maior de idade já poderá treinar e se sentir mais a vontade. - disse calmamente o diretor.

Quando olhei para onde estávamos no centro de uma pequena praça. Ao redor, as fachadas das casas cobertas de fuligem não pareciam convidativas, algumas tinham janelas quebradas que refletiam opacamente a luz dos lampiões, a pintura estava descascando em muitas das portas e havia montes de lixos na entrada das casas.

- Onde estamos? - perguntei.

Mas Dumbledore não respondeu, apenas ergueu seu lampião e atravessamos a rua até subir na calçada. De uma janela do primeiro andar próxima, vinha um som abafado de música. Um cheiro desagradável desprendida-se de uma pilha de lixo logo à entrada do portão quebrado.

- Leia depressa e decore - disse o diretor,  enquanto me estendia um pequeno pedaço de pergaminho.

"A sede da Ordem da Fênix encontra-se no largo Grimmauld, número doze, Londres" era o que estava escrito. Logo a mensagem pegou fogo, imediatamente a larguei enquanto crispava em chamas e flutuava até o chão. Em seguida tornei a examinar as casas; estávamos parados diante do número onze, à esquerda vi o número dez, para a direita, no entanto, o número era treze.

- Onde...?

- Pense no que você acabou de ler.

Pensei e, mal chegara à menção do número doze da praça, uma porta escalavrada se materializou entre os números onze e treze, e a ela se seguiram paredes sujas e janelas opacas de fuligem. Era como se uma casa extra tivesse se inflado, empurrando suas vizinhas para os lados.

O diretor subiu os degraus de pedra gastos, olhando fixamente para a porta que acabara de aparecer, puxou sua varinha e deu uma batida na porta. Ouvi uma sucessão de barulhos metálicos, logo a porta abriu rangendo. O mais velho olhou para mim, como se quisesse que eu entrasse primeiro, por isso o fiz. Ao cruzar a porta, tudo estava escuro, por cima do ombro, avistei Dumbledore entrando com minha mala e a gaiola de minha coruja.

Quanto mais avançavámos, os murmúrios ficavam mais altos, logo ouvimos passos apressados. A Sra. Weasley surgiu por uma porta ao fundo do corredor, seguida de Hermione e Ron.

- S/n! Que bom ver você! - sussurrou ela, puxando-me para um abraço apertado.

- Digo o mesmo Sra. Weasley.

- Olá Dumbledore, como está? - disse assim que viu o diretor atrás de mim, soltando-me.

- Perfeitamente bem Sra. Weasley, e você?

Os dois iniciaram uma conversa enquanto Hermione me abraçava.

- S/a! Não ouvimos que você ia chegar! Ah, como é que você vai? Está bem? Furiosa conosco? Aposto que ficou, as nossas cartas não serviram para nada... mas não podíamos contar! Nos fizeram jurar que não contariamos, ah, temos tanta coisa para lhe contar.

- Sem problemas, Mione, não fiquei furiosa apenas preocupada... como vai?

- Deixa ela respirar, Mione - disse Ron. Ele parecia ter crescido vários centímetros durante o mês de separação, tornara-se mais alto e desengonçado do que nunca, embora o nariz comprido, os cabelos ruivos e as sardas continuassem iguais.

Ainda sorridente, Hermione me soltou, sendo substituída por Ron que agora me abraçava.

- Estávamos com saudades - disse o ruivo.

𝙍𝙐𝙉𝘼𝙒𝘼𝙔 | 𝐻𝑎𝑟𝑟𝑦 𝑃𝑜𝑡𝑡𝑒𝑟Onde as histórias ganham vida. Descobre agora