O marceneiro Geppetto vê uma estrela cadente e deseja que o boneco que acabou de criar, Pinóquio, torne-se um menino de verdade. A Fada Azul concede o seu desejo e pede a Jiminy Cricket (o grilo) para servir como a consciência do menino de madeira.
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
Voando alto no céu, bem acima do vilarejo, ainda agarrado ao bico de Sofia, Grilo examinava o chão. Não via Pinóquio em lugar algum. O pássaro desviou de uma casa, e Grilo fechou os olhos e gritou, aflito.
Quando os reabriu, soltou outro grito, mas dessa vez de alegria: lá estava Pinóquio.
Mas Grilo ficou confuso.
O menino não estava na escola.
Não estava nem com outras crianças.
Em vez disso, desfilava pela rua com dois tipos suspeitos. Um parecia ser uma raposa; o outro, um gato. Aquilo não era nada bom. Grilo deixara Pinóquio sozinho por tão pouco tempo, e ele já tinha sido aliciado pela ralé.
Grilo alertou Sofia sobre a localização de Pinóquio. Ela mergulhou diretamente acima do trio. Quando estava próxima, mas nem tanto, abriu o bico e largou Grilo. O inseto caiu como uma pedra. Por alguns segundos assustadores, ele despencou. Então, com um pop, abriu seu guarda-chuva e, no último instante, foi capaz de realizar um pouso perfeito, bem em cima do chapéu de João Honesto. Soltou um assobio alto.
Pinóquio olhou para cima.
— Grilo? — falou ao ver o inseto. — O que está fazendo aí em cima?
João Honesto se virou, tentando ver com quem — ou o quê — Pinóquio conversava. Mas não conseguiu, pois Grilo estava firme em seu chapéu. Embora a raposa não pudesse vê-lo, Gideão o via. O gato pegou um martelinho e o ergueu bem alto, com os olhos fixos no grilo.
Grilo viu o martelo. Com um estrilo, ele pulou. Bam! Houve um golpe forte de martelo, que não acertou o grilo, e sim a cabeça de João Honesto, que caiu desmaiado. Gideão olhou do companheiro abatido para o martelo em sua mão. João Honesto não ficaria contente ao acordar. Então, ele fez a única coisa que fazia sentido: enfiou o martelo na mão de Pinóquio e saiu correndo silenciosamente, desaparecendo pelos becos.
Pinóquio o observou ir embora e deu de ombros. Olhando para sua consciência, que tinha se empoleirado em seu ombro, Pinóquio sorriu.
— Adivinha só! — disse. — Não tenho que ir para a escola! Vou ser famoso! Então me tornarei mais de verdade ainda, e papai ficará orgulhoso.
Grilo Falante fez uma careta. Podia ver que Pinóquio estava feliz, mas também sabia que seu amiguinho tinha sido enganado.
— Calminha. — Grilo tentou retomar o controle da situação. — Lembre-se do que eu disse sobre a tentação. — Apontou para a raposa desacordada no chão. — Bem, é isso aí.
