"Desabando"

260 23 85
                                    

Eloise Heywood

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

Eloise Heywood

Senti minha pele virar aço quando segurei uma placa enorme de chumbo que desabou do teto. Tudo ao nosso redor foi atingido, mas eu me mantive firme segurando aquele bloco.

Connor estava ao meu lado esperando tudo aquilo acabar. Ele olhou para a porta bloqueada e suspirou, preocupado.

O desabamento acabou e eu pude fazer força para jogar um bloco de concreto com chumbo que estava encima de nós para longe. Eu e Connor saímos de baixo daquilo tudo e nos afastamos dali, procurando o lugar mais seguro possível.

Ouvi algo desabar, e quando percebi Connor já havia me pegado no colo e desviado de mais um pedaço do teto que havia caído.

— Você tá bem? — ele perguntou, enquanto ainda me segurava em seus braços.

Eu engoli em seco e concordei, pulando para o chão. Naquele mesmo momento fiz uma cara de dor e levantei uma das pernas.

— Torceu? — ele perguntou, e eu assenti — vem, eu te ajudo. — disse ele mas eu coloquei o pé no chão e me continuei andando — teimosa... — ele murmurou antes de me seguir.

— Precisamos pedir ajuda. — falei, enquanto parava no meio de um corredor.

— Não acha melhor primeiro checarmos o prédio, foi isso que viemos fazer. — disse ele, olhando ao redor.

— A Lara e o Jimmy estão presos lá. — falei, e ele sorriu.

— O único perigo naquela sala é que ou eles vão se matar, ou se pegar, e se acontecer a segunda opção é bom um dos dois ter proteção. — disse ele rindo, e eu revirei os olhos.

— Você é um babaca sabia? — falei, cruzando os braços.

— Você quer me ver como babaca porque tá com raiva de mim, oque não significa que eu realmente seja um babaca. — ele disse, me imitando ao cruzar os braços.

— Pense oque você quiser Connor. — falei, e ele se aproximou.

Continuei parada, sem me afastar e fingindo que cada passo não causava nada em mim.

— Mas oque você pensa? — ele perguntou, me olhando nos olhos. Realmente buscava uma resposta para aquilo, e parou a dois passos de mim, esperando.

— Temos que ir logo. — falei, e ele assentiu, se afastando.

Eu segui em frente, e ambos caminhamos por minutos em completo silêncio. A tensão pairando no ar. Passávamos por salas e mais salas, todas em péssimos estados. Luzes quase caindo dos tetos, piscando, mesas viradas, papéis espalhados pelo chão, vidros quebrados por todos os lados.

Pʀᴏᴛᴏᴄᴏʟᴏ 2016 - ᵃʳʳᵒʷᵛᵉʳˢᵉWhere stories live. Discover now