Em uma de suas missões, a nova Liga da Justiça acaba se metendo em problemas e ativando o protocolo 2016, que leva todos ao ano mais decisivo da história dos heróis. Juntamente de seu maior vilão.
Portais se abrem em três terras diferentes, fazendo...
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Zayn
Eu estava na sala da cobertura que William havia separado para guardar todos os aparelhos tecnológicos da equipe.
Eu tinha pegado uma das recentes criações de William, Atena, Jimmy e Maggie. Era um aparelho que armazenava memórias. Gravei algumas das minhas nele, e quando estava esquecendo, ou estava com saudades daquilo, eu colocava o aparelho e revivia tudo novamente.
Era a terceira vez que fazia isso desde que eu descobri sobre o aparelho.
Era como viver todas aquelas memórias novamente, mesmo elas sendo falsas. Era como se fossem reais, fossem parte da minha vida. E fazendo isso eu nunca me esqueceria.
Tirei o aparelho e vi alguém encostada da porta, de braços cruzados e um olhar julgador.
— Isso não é certo. — ela disse.
Eu dei de ombros enquanto guardava o aparelho dentro da caixa. Quando percebi ela estava ao meu lado e segurou a minha mão que tremia.
— Você só está se torturando com falsas memórias e expectativas, Zayn. — disse Liana, se afastando e tomando o aparelho de mim — não vou deixar você continuar com isso.
— Liana, não. — eu falei, com a voz firme — você não entende...
Ela se virou para mim com um sorriso sarcástico.
— Eu não entendo? Sério? — ela riu — o que eu não entendo, Zayn? — ela se aproximou um passo — o que é querer algo e não ter? O que é estar apaixonado e não poder estar com a pessoa? — ela disse, me olhando nos olhos — eu entendo isso melhor doque todos, mas não uso isso como desculpa para viver em um mundo de ilusões.
— Eu nunca amei ninguém. — murmurei enquanto ela ia para a porta, mas isso a paralisou.
— Mas e a garota que você gostava? Aquela de quem você falava o tempo todo pra mim? — ela disse, ainda de costas.
— Não é a mesma coisa, e agora eu sei. — falei, me escorando na mesa — aquele sonho foi a única vez na minha vida em que eu amei alguém, e que eu me senti amado de verdade.
— Isso não é verdade. — ela se virou — eu te amei! — disse Liana, mas eu neguei com a cabeça.
— Não, eu só era uma distração. Algo que você focou para esquecer o quanto ama o Ethan. — eu disse, e ela ficou quieta.
Ambos sabíamos que aquilo era a pura verdade, dava para ver nos olhos dela.
— Você agia como se me amasse, mas eu sempre via nos seus olhos que era mentira. — falei, me aproximando — seu coração nunca foi meu, sempre foi dele. Por isso nunca me deixei acreditar que você gostasse de mim, nunca me aproximei demais, porque eu sabia que em algum momento vocês dois se acertariam e eu acabaria com o coração machucado.
