Capitulo 25 - Leah

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Me assustei um pouco com o pedido, Leah é sempre tão séria e fechada, não esperava que ela fosse querer conversar e muito menos comigo, mas concordei, ansiosa pra fazer mais uma quileute gostar de mim:

Eu: claro, claro, amor eu já volto (falo me soltando do Jake que concorda)

Jacob: mas não a roube de mim por muito tempo Leah, eu sinto falta dela muito facilmente e serei obrigado a interromper

Eu ri e Leah falou: coitada da menina Jacob, dá um tempo. Vem Raissa, vamos achar um lugar pra conversar sem interrupções

A segui e ela me levou até a casa dela, mais especificamente em seu quarto, o quarto dela tem a aparência muito mais confortável do que imaginei, várias coisas de crochê, tudo em tons marrom, branco e verde, muito menos sombrio do que eu imaginei que seria, acho que só imaginei diferente por causa da personalidade dela. Ela apontou pra um pufe verde oliva que tinha perto da cama como um sinal pra que eu me sentasse e assim eu fiz e ela se sentou em uma cadeira de madeira que tinha perto de uma penteadeira. A olhei curiosa e ela começou a dizer:

Leah: então... eu te trouxe aqui porque eu precisava muito conversar com vc e ao contrário de todas as pessoas que o Jacob se envolvia antes, seja aqueles humanos ou os sanguessugas, vc pareceu muito mais... como posso dizer? Disposta a conhecer de verdade a tribo e a fazer com que gostássemos de você, então acho que por mais pessoal que seja, posso me abrir com vc

Eu: Claro Leah, mesmo que eu não seja exatamente a pessoa que vc esperava, saiba que independente do que me contar, não sai daqui nem mesmo para o Jacob se não quiser e eu fico muito feliz que esteja me dando essa chance (falei tentando passar o máximo de confiança pra ela embora eu ainda esteja um pouco confusa sobre oq exatamente ela quer falar)

Leah: tá, vc é a única pessoa com genes de feiticeiro que restou certo?

Eu: sim, sou a única

Leah: então apenas seu filho e seus descendentes poderiam ser feiticeiros daqui em diante certo?

Senti um leve frio na barriga ao Leah citar a palavra "filho", nunca soube que teria um encanthing então automaticamente nunca achei ser possível ter um filho... mas ignorei esse pensamento por enquanto e concordei:

Eu: sim, somente os que descenderem de mim poderão se considerar feiticeiros

Leah: ok, eu preciso que faça um feitiço em mim

Eu: oq? (falei um pouco assustada, Leah quer que eu lance um feitiço nela? Do que ela está falando?)

Leah: eu sabia que vc não iria simplesmente aceitar então passei esses últimos dias pensando se contaria ou não minha história pra vc, mas acontece que a tribo toda já sabe, então não é como se fosse um grande segredo, é só triste e vergonhoso e eu detesto falar sobre isso, mas se é o que é necessário pra te convencer eu contarei

Eu concordei com a cabeça, um pouco incapaz de falar algo, esperando que ela começasse, então ela respirou fundo e começou:

Leah: ok, bom, eu pertenço a essa tribo desde que nasci e minha vida sempre foi uma vida feliz, acredite quando eu digo que eu não era conhecida como alguém amargurada antes, eu não fui sempre essa pessoa fechada, eu não fui sempre essa que sou hoje, o que sou hoje é retrato de um trauma.

Eu: qual trauma?

Leah: bom, uma sequência de traumas na verdade, o primeiro veio quando os sanguessugas resolveram se mudar pra Forks e a onda de pessoas se transformando começou... primeiro o Sam, depois mais alguns dos meninos, o Paul e de repente, uma mulher. Eu assustei a todos da tribo quando comecei a manifestar os sintomas e foi pior ainda pq ninguém pôde me ajudar de verdade, Sam me dava todo o apoio moral do mundo, mas ele não sabe quão diferente é o processo pra uma mulher, é muito mais invasivo e muito mais difícil e muita coisa enfrentei sozinha pq nenhuma mulher da tribo estava passando por isso.

AlvorecerWhere stories live. Discover now