XVII

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-Acorda vagabundo! - Um barulho alto se fez presente na cela.

Draco acordou assustado pulando da cama fazendo os policial rirem.

-Se prepara aí que hoje vai ser o seu julgamento... espero que juíz nem pense em te livrar dessa merda, seu estuprador! - O policial disse com nojo para Draco que já estava sentado na cama com as mãos na cabeça.

Aquele diálogo já era comum, e ele sinceramente não aguentava mais ser chamado de estuprador, porque ele nunca fez nada disso.

-VAI SE LEVANTA! - O policial gritou.

-EU JÁ ESTOU DE PÉ PORRA! - Draco gritou fazendo o policial rir ironicamente.

-Espero que você apodreça na cadeia. - O homem então saiu de perto de cela e Draco foi em direção ao "banheiro" que era conjunto com a cama.

Sinceramente aquele não era o melhor lugar do mundo para fazer as necessidades.

Mas hoje era um dia que Draco estava esperando muito para chegar. Ele esperava ver Harry, ele estaria lá, defendendo ele. Ele poderia finalmente abraçar Harry, sentir o cheiro dele, olhar mais de perto aquele lindo e angelical rosto, não apenas através de um vidro sujo.

Draco percebeu que ele estava acabado. Sua barba estava enorme, seu cabelo estava horrível. Como ele podia ter deixado Harry o ver assim.

Draco então pegou a gilette que tinha no banheiro e começou a fazer sua barba, deixando seu rosto completamente liso. Aquilo o fez se sentir um pouco melhor. Ele suspirou fundo e então foi em direção as grades.

-Senhor? - Draco chamou por algum policial.

-Fala seu merda. - Tommy que era um policial que sempre estava ali disse com rispidez.

-Eu quero cortar o meu cabelo, consigo fazer isso hoje? - Draco perguntou com extremo cansaço em sua voz.

O policial riu suavemente.

-Ouviu isso Marcus? O Malfoy quer cortar o cabelo! - Tommy disse com uma leve risada e olhou para o outro policial que riu também.

-Você quer cortar o cabelo dele? - Marcus perguntou.

-Eu adoraria! - O outro então abriu a cela e pegou os braços de Draco colocando em algemas e o levou até um pequeno lugar onde tinha máquinas para cortar cabelos e fazer barba onde os prisioneiros faziam as coisas.

-Vocês tem cigarro? - Draco perguntou e então Tommy olhou para Marcus que suspirou pegando um cigarro e entregou ao loiro.

-Pare de pedir coisas, você está abusando demais de seu privilégio branco. - Tommy disse e acendeu o cigarro de Malfoy antes de pegar a máquina de cortar cabelo.

Draco se tensionou.

-Você não vai perguntar o que eu quero? - O loiro perguntou e o policial riu.

-Você acha que eu sou um barbeiro de verdade? Ou que eu sou os cabeleireiros caros que você vai? Você está na cadeia seu playboy de merda! - Tommy disse com uma leve risada -Levanta essa cabeça, a gente vai raspar essa cabelo loiro.

Draco se olhou no espelho e suspirou antes de tragar um pouco do cigarro.

Tommy então ligou a máquina e passou pelos cabelos de Draco. Os cabelos que Harry tanto elogiava, os cabelos que Harry sempre dizia ser apaixonado, os cabelos que Harry tantas vezes puxou nos momentos de prazer entre eles. Tudo aquilo havia acabado.

Draco sentiu seus cabelos caindo pelos seus ombros e chão.

Os cabelos tão parecidos com o do seu pai, que sentia tantas saudades. Se seu pai estivesse aqui, ele faria de tudo para tirar seu filho de lá, e sua mãe estaria fazendo de tudo para fazer ele se sentir mais tranquilo.

Secret Love - DrarryWhere stories live. Discover now