Capítulo 8: Antídoto

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Perspectiva de
Khaotung Thanawat

O autor não sabia, em que momento chegou a esse ponto. Não costumava ser tão impulsivo e não sabia bem se poderia julgar a si mesmo pelo que havia feito. Claro, era um adulto de 27 anos e deveria arcar com a consequências de seus atos.

Apenas não esperava que um pequeno ser o flagrasse em um momento tão simbólico e marcante de sua carreira como "pensador".

Tay Tawan com certeza tiraria sarro de sua atual situação.

First logo se afastou assim que percebeu a presença de uma terceira pessoa no cômodo que estavam. Sua irmã mais nova, Liza era seu nome, pelo que lembrava. Era tão fofa quanto o irmão.

— Liza? O que está fazendo acordado a essa hora, princesa? - First usava um tom baixo e doce, rapidamente se dirigiu a pequena que encarava o autor sem parar. Seus olhinhos eram grandes assim como o do irmão, talvez a única semelhança entre os dois, Khaotung pontou mentalmente.

Este que por sua vez tentou a todo custo sorrir mesmo que minimamente, afastando todo e qualquer pensamento triste referente aos acontecimentos anteriores.

— Ahn... Acho que melhor eu ir para casa! - murmurou tímido, intercalava seu olhar entre a pequena e First que o encarava risonho. Estava o provocando?

É claro, visivelmente prendia o riso.

— Não precisa! Vou levar Liza de volta para cama, sim? Sente-se, eu já volto. - e se foi.

O autor fez mesmo que contrariado. Para ser sincero, sua cabeça latejava e a última coisa que precisava era voltar para casa. Por isso, tomou a liberdade e deitou-se sob o sofá pequeno mas confortável o suficiente para que descansasse, seus olhos fecharam gradativamente sem que obtivesse controle, o cansaço lhe atingia porém se recusava a ceder. Sabia, sabia bem que não conseguiria dormir. Na realidade, não dormia bem desde que chegou, a mais ou menos duas semanas quando dependia apenas de remédios próprios para o sono. No entanto, saiu com a cabeça quente do casarão e esqueceu de pegar qualquer coisa a não ser a chave de casa.

Esfriar a cabeça, se questionava como realmente chegou até a casa do funcionário da mulher, aquele com quem discutiu sobre defende-la e pior, havia beijado-o.

Não é como se fosse seu primeiro beijo, porém geralmente estava bêbado e sequer lembrava do rosto de quem ficava.

First Kanaphan.

De fato sentiu-se atraído por ele desde o início. Era lindo, alto e surpreendentemente atraente.

Falando nele.

Mal percebeu quando o mais alto chegou perto de si, sentou-se imediatamente ao notar sua presença, ainda sorria minimamente, o encarando cúmplice e arteiro. Tão idiota, porém sua expressão o fez rir.

Costumava esquecer mesmo que por alguns minutos os problemas sempre que estava com o garçom. Estranho.

— Você está bem? - Quantas vezes precisava responder essa pergunta?

Assentiu, cansado.

— Tudo bem... - tentava de maneira clara lê-lo, talvez imaginando se deveria falar sobre o beijo ou não. Seus olhos grandes estavam quase fechados, desconfiado e pensante, Khaotung queria não ter percebido, mas o dilema do maior fez com que este mordesse seu lábio inferior, acompanhou seu movimento, incluindo as mãos nervosas.

EnredoWhere stories live. Discover now