CAPÍTULO DEZOITO - A WIN FOR A LOSS

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Seokjin: O garoto tá fazendo um escândalo no galpão, vai resolver isso agora ou posso fazer do meu jeito?

Hoseok: não, não se mete. chego lá em meia hora.

Parecia que Hoseok estava sentindo o que estava por vir.
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Chegando ao galpão, Hoseok cumprimentou seus homens que aparentavam estar tão cansados quanto ele, ou melhor, até mais, uma vez que muitos ainda nem tinham dormido.

Jackson e Yugyeom, por exemplo, estavam funcionando à base de energéticos e refeições processadas.

Mas não era como se não estivessem habituados com rotinas assim após confrontos.

— O que ele fez? — Hoseok perguntou aos dois.

— 'Tá recusando comida, gritando, já tentou agredir todo mundo que chega perto dele e 'tá chamando seu nome toda hora, dizendo que só quer falar se for com você — Jackson respondeu, semblante cansado, voz mais rouca como a de quem não descansava há horas.

Hoseok assentiu para ele. Não fazia ideia de como seria aquela conversa, mas reconhecia que era o único capaz de resolver aquilo.

Esticou a mão em um gesto para que lhe entregassem o cartão de destrave daquela espécie de quarto que San era mantido.

Caminhou até lá sem vontade alguma, querendo mesmo voltar para o quarto e para a companhia de Taehyung.

E ao abrir a porta, milhares de sensações o atravessaram. San tinha a cabeça abaixada em direção ao piso cinza, corpo encolhido ao lado da cabeceira da cama de solteiro, o rosto escondido atrás dos joelhos, a bandeja espatifada no chão e comida para todo lado. Não estava amarrado, não possuía nenhum ferimento, assim como Hoseok ordenou que fizessem.

Mas aquilo era o que conseguia ver externamente, uma vez que seu choro era audível, embora abafado. Não tinha certeza do que se passava dentro daquele garoto.

– Eu já disse que não quero falar com nenhum vocês!!! — Proferiu em alto e bom tom, como uma criança — Se o Hoseok não vier aqui, podem me matar, eu não ligo, foda-se!!!

Hoseok continuou por um tempo parado na porta, questionando a si mesmo se era possível sentir vontade de matar alguém e na mesma medida, sentir pena. Porque era o que acontecia consigo naquele momento.

O garoto tirou o rosto daquele esconderijo, e logo notou sua presença, se apressando em levantar e ir na direção de Hoseok. Olhos vermelhos, muito vermelhos, unhas roídas, mãos trêmulas. Estava com medo.

— Hoseok! Onde você 'tava?! Por que você me deixou sozinho nesse lugar?!?!?! — Falou quase gritando, agarrando-se na gola da camisa de Hoseok, sacudindo-o ao exigir respostas.

Hoseok não podia se deixar levar por aquela expressão ingênua e quebrada, pela voz usurpada pela angústia, pelas lágrimas que saíam tão sinceras, manifestando desespero.

— Não é você quem vai fazer as perguntas aqui — Respondeu firme, retirando as mãos alheias de si com certa aspereza — Senta na porra daquela cama.

San franziu o cenho, como se não reconhecesse com quem estava lidando. Hoseok, quer dizer, Santiago não era daquele jeito. Tudo bem que sabia desde o ínicio era seu verdadeiro nome, mas era só isso. Um nome.

Ele cambaleou ao andar para trás, recuando até estar de fato sentado.

— Quem é você? Como sabia meu nome? — Queria ser rápido, não pretendia perder muito tempo naquilo.

HOLLYWOOD'S BLEEDINGWhere stories live. Discover now