Dia de Princesa

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Oi gente linda, voltei antes da hora.

Fim de semana produzi bastante, ai dá pra liberar mais capítulos!!!

Bom , rolou uma minipolêmica sobre como está sendo retratado os evangélicos.

O que quero comentar com vocês é que tenho o maior cuidado quando escrevo um conto e dentro das minhas betas existem pessoas das diversas religiões. Várias evangélicas (igrejas diferentes). Então, se você não gostou. Não leia. Não posso fazer nada por retratar a realidade.

"Ah, Rose mas não é regra", não claro que não. Mas existe e sabemos que existe muito! Então, sintam-se a vontade em abandonar o conto. Não fico triste não. Beijos a todxs e PAS


PAS!

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PAS!

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Pérola

Acordei cedo no sábado para ir ao culto. Mamãe e eu combinamos que teríamos a conversa com papai assim que chegássemos em casa. Estávamos na sala enquanto minha mãe contava a ele sobre o trabalho e frisou que seria em uma família evangélica e cidadãos de bem.

— ... e como ela não vai gastar quase nada, vai poder mandar um dinheirinho pra gente.

— Quanto é o salário? – Meu pai perguntou depois de um longo silêncio.

— Como é sem carteira assinada, são novecentos reais, Pedro. – Mamãe falou e olhei rápido para ela não entendendo o porquê da mentira.

— Que boa notícia! Assim, a gente pode aumentar o dízimo para a Igreja. – Agora entendi - Glória a Deus! Tem a minha benção, minha filha. E quem sabe você encontra um varão por lá? Já que Fabrício não se decide! - Meus pais acreditavam que um dia me casaria com meu melhor amigo. Só que ele era mais feminino que eu e pegava os garotos da Igreja no sigilo.

— Que isso, papai, não penso nessas coisas não... – pedi licença e corri para a casa do meu amigo que logicamente surtou!

Dei por mim que teria um problema. Não tinha roupas! As poucas peças que possuía eram quase todas da Igreja. Sempre que ia ao curso ou saía com amigos, trocava de roupa na estação ou na casa do Fabrício. Tinha duas calças jeans e três camisetas básicas.

Mamãe conseguiu um dinheirinho emprestado de uma patroa dela. Então, Fabrício e eu tivemos um dia de princesa na Feira do Guará. Comprei calças, camisetas, calcinhas, sutiãs e tops, até uma bermuda porque meu amigo me forçou. Na verdade, ele queria que comprasse um biquíni, mas isso já era demais. Então, ele se conformou com uma bermuda. Comecei a rir ao lembrar da primeira vez que coloquei uma calça jeans. Tinha 15 anos e Fabrício conseguiu a doação de uma das primas dele. Me senti tão estranha. Tão desconfortável. Mas, ao mesmo tempo... livre.

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