Capítulo 05

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Voltei Recife foi a saudade que me trouxe pelo braço. Brincadeiras a parte, vamo simbora para mais um? Nossa Rosinha foi grandona no final do último capítulo né? Meu orgulho.




-ROSA! -Carol gritou enquanto corria atrás de uma Rosamaria que andava apressada em direção a entrada do prédio. -ROSAMARIA EU SEI QUE CÊ TÁ ME OUVINDO PARA AGORA OU EU VOU CONTINUAR GRITANDO AQUI.

Ao perceber que Carol realmente iria continuar insistindo em falar com ela, Rosamaria se deu por vencida e parou, mas permaneceu onde estava sem olhar na direção de Gattaz.

Carol andou até ela, parando em sua frente e segurando o rosto de Rosa em suas mão assim fazendo-a olhar em seus olhos.

Rosamaria estava com os olhos marejados e tudo que queria era que Carol não a visse dessa forma, tão vulnerável. -Carol, por favor, me deixa entrar. A gente pode não ter essa conversa agora?

-O que eu acabei de te dizer no carro? -Caroline pergunta suavemente.

-Pra não fugir do que eu sinto, mas eu não quero ouvir agora que você não se sente da mesma forma. Tá tudo bem, sério. Eu apenas preciso de um tempo, eu não quero ter meu coração partido agora, por favor. -A essa altura as lágrimas teimosas já rolavam pelo rosto de Rosamaria.

Carol pacientemente secava todas as lágrimas enquanto esperava Rosamaria se acalmar.

-Eu não deveria ter falado nada. -Rosa resmunga.

-Você deveria ter falado tudo. -Carol diz em resposta. -A gente pode entrar? Eu não quero que uma plateia se forme ao nosso redor e já estamos começando a chamar a atenção.

Rosamaria concorda, o que ela menos queria era que as pessoas descobrissem sobre seus sentimentos por Gattaz e a vissem tendo seu coração partido em público, isso seria muita humilhação para uma noite só.

As duas caminharam juntas até o apartamento de Rosamaria. Era a primeira vez que Gattaz entrava no lugar.

O lugar era pequeno e sem luxo algum. Tinha uma cama no canto da parede, uma pequena cômoda no lado oposto, uma mini cozinha que parecia mais um corredor de tão apertado e o banheiro no lado oposto a cozinha. Mesmo o espaço sendo pequeno e simples, tudo estava absolutamente organizado, não havia sequer o menor vestígio de desordem e o lugar refletia a imagem da personalidade de Rosamaria por todos os lados. Ela havia conseguido transformar aquele pequeno quarto em um lar.

-Pronto, agora ninguém pode ver a minha humilhação. Você pode apenas falar de uma vez por favor. -Rosamaria interrompe Gattaz de seus devaneios.

Carol podia perceber que ela estava completamente em modo defensivo e não poderia julgá-la por isso.

-Você pode por favor parar de falar dessa forma? Eu não tenho a intenção de te humilhar ou de partir seu coração. -Gattaz falou calmamente e observou enquanto Rosamaria desarma seu modo defensivo.

-Ok, desculpa. -Rosa diz e pelo seu olhar Gattaz consegue ver o quanto ela está sendo sincera. -Vem, senta aqui. -Rosamaria chama Carol para sentar ao seu lado na cama. Era o único lugar disponível para sentarem.

-Então... A música foi pra mim? -É mais uma afirmação do que uma pergunta, mas Gattaz quer ouvir mais uma vez a confirmação.

-Sim. O que eu queria dizer com a música é que mesmo que você não saiba, que você não me ouça, eu vou estar ao teu lado. Eu vou estar ao teu lado e eu vou te amar. Mesmo que eu não te veja, no momento que tivermos que dizer adeus quando tudo isso acabar, eu vou te amar. Então apenas brilhe, mesmo que não me veja eu vou estar lá, eu vou te amar. Foi isso que eu quis dizer. -Rosamaria fala tudo em um fôlego só, suas mãos estão tremendo. Ela nunca esteve tão nervosa em toda sua vida, nem mesmo na audição às cegas.

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