Imagine Komi Shousuke - Acho que Podemos nos Entender...

Finalmente, "O Encontro"

Shousuke estava com seu pai na praia depois de, contra sua vontade, passar um tempo com ele, e, mesmo não aceitando isso, queria um conselho dele. Mas o clima indicava que seu pai ia perguntar “como vai a escola?” e Shousuke já estava ficando irritado. Por incrível que pareça, o pai ficou quieto, aproveitando o momento com o filho. Ele resolveu deixar o orgulho de lado e colocar para fora:

Shousuke: Como pediu a mãe em namoro?

Masayoshi: …!

Shousuke (psm): Já estou arrependido.

Masayoshi: Eu organizei uma confissão com música e dança. Chamei as amigas dela e algumas pessoas para participar. – Disse nostálgico. 

Shousuke: …Certo…

Shousuke (psm): Nunca vou fazer isso.

Masayoshi: Por que? Achou sua outra metade?

Shousuke só ficou em silêncio, abaixando sua cabeça e fazendo sua franja cobrir seus olhos, como de costume. Percebendo que não conseguiria prolongar a conversa, o pai da família Komi decidiu continuar com o silêncio. 

Já Shousuke, ele nunca iria pedir Myuto em namoro daquele jeito, porque ele não é do tipo que faria algo tão extravagante e sabe que Myuto não gostaria de algo que chamasse tanta atenção.

Quando chegou voltou à sua casa, depois de conseguir fugir de entrar em uma casa de banho com seu pai, ele resolveu fazer o que sempre faz quando quer algo: Se virar sozinho.

Claro que ele poderia ter pedido conselhos a sua mãe ou a sua irmã, mas tem um porém para cada uma. Sua mãe iria falar para fazer algo bem chamativo como a confissão feita pelo pai dele. Já Shouko não tem experiência nem em amizades, quanto mais em romance. 

Entrando em seu quarto, a primeira coisa que fez foi pesquisar na Internet: "Lugares calmos para se ter um encontro". O primeiro site que apareceu mostrava 8 coisas para fazer e lugares não tão óbvios para ir no primeiro encontro. Entrando no site, ele achou lugares que ele não iria por nada, como um karaokê, mas achou o lugar que ambos iam gostar: Uma galeria de artes. Lá não tinha muitas pessoas e fazia silêncio, então os dois iriam aproveitar. 

Resolvida a questão do lugar, restava apenas a parte difícil, convidar Myuto. Por mais que Shousuke fosse confiante em tudo que fazia, para essa tarefa em específico ele estava particularmente nervoso. Pegando seu telefone, ele buscou pelo contato de Myuto e refletia sobre como deveria começar a mensagem.

Ele passou 3 horas olhando para o celular.

O moreno estava com vergonha de si mesmo. Ele, que sempre foi confiante e calmo em tudo o que fazia, agora estava suando frio com a possibilidade de ser rejeitado pela garota. Nem por um momento passou pela cabeça dele que o sentimento era recíproco, mesmo ela nunca tendo rejeitado ou se arrependido do beijo.

Depois de todas essas horas, Shousuke respirou fundo e finalmente mandou mensagem. Ligar não era racional, já que ela não iria ouvi-lo: 

"Olá, Myuto-san. Enquanto eu estava no computador que irá ter uma exposição de Van Gogh numa galeria em Kioto, gostaria de ir comigo?"

A resposta veio imediatamente:

"Sim, gostaria. Também havia visto sobre isso, e ia te convidar. Nos vemos amanhã, às 15:00?"

"Combinado."

Agora que o encontro estava marcado, o coração dos dois voltou a bater normalmente. Agora restava a ansiedade pelo dia seguinte.

No dia seguinte, no horário combinado, Shousuke estava na estação de trem, esperando por Myuto. Por fora, parecia que ele era o mesmo de sempre, com a postura ereta e a franja cobrindo seus olhos, sem que ninguém pudesse ver seus olhos com detalhes. Mas por dentro, ele estava muitíssimo nervoso, preocupado se Myuto iria aparecer, se ela iria gostar, e muitas outras preocupações. Não muito tempo depois, Myuto apareceu, Shousuke ficou encantado com ela mais uma vez, ele pensava “Você não vai parar de fazer eu me apaixonar mais por você?”.