𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝟏 𝐃𝐀 𝐒𝐄́𝐑𝐈𝐄 𝐖𝐎𝐑𝐋𝐃𝐒 𝐈𝐍 𝐂𝐎𝐋𝐋𝐈𝐒𝐈𝐎𝐍
Siesta Walker, nunca se considerou a mais sortuda na pequena cidade vermelha, nem a mais atrativa por onde passava, mas estranhamente sempre foi alvo de situações regulares, de cert...
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As palavras são como flechas, depois que são lançadas não tem como voltar atrás. — Bleach
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No chão consigo ver o corpo vertendo em sangue. O cheiro asco de químicos que desconheço, atordoam-me minimamente, criando-me a sensação de perda total, mas a quem quero enganar?
Locais de crime sempre me deram ânsia e corpos amontoados como se fossem carnes também. Foco a lanterna no espaço inusitado, buscando por quaisquer que sejam os pertences da vítima que foi assassinada e de relance, os passos atrás de mim ressoam.
Desde que chegamos a Moscovo, Blackwell não tem falado comigo. Seus olhos parecem demasiado fixos ao vazio da noite, seu corpo parecesse pesar mais que seus pensamentos e de sua boca somente suspiros densos acompanham.
— Até quando teremos que fazer isso, Hazel? — sua lanterna direciona-se ao meu rosto, criando um leve desconforto aos meus olhos.
A máscara no rosto, cobrindo quaisquer que sejam as substâncias nocivas que estamos pisando começam a incomodar, mas ao mesmo tempo sinto que é melhor tê-la no rosto.
— Até ao fim das nossas vidas, Blackwell. — digo em um resmungo, passando pela lateral do que imagino que era uma sala de tortura e encaro o chão manchado, algumas caveiras disposta no amontoado de ossos e uma maleta enferrujada. — Eu sei que queres sair da Akrapovic por causa da Karine, sei que estás a seguir os passos que teu pai traçou para ti por pressão, mas é tarde demais para sair de um lugar onde fizeste a maior parte da tua carreira.
— Tu sabes que não escolhi isso, eu fui treinado para matar inimigos e não para enforcar mulheres inocentes na rua. — seu grito ecoa por todo o ambiente, as janelas quebradas deturpam o som mesclado do vento, as cortinas rasgadas com o tempo e o assoalho de madeira rangendo também.
— Isso soa de uma maneira triste. — ironizo, pegando num conjunto de chaves, posicionando-me em seguida para abrir a maleta.
