Eu mal podia acreditar no que estava ouvindo. Ele realmente me chamou de Lenita? Ninguém me chama assim. Ele criou um apelido só para mim? Isso é intrigante, mas por quê?
- Lenita? Está viva?
Novamente. Por que isso soa tão bem vindo da boca dele? Por que ele precisa ser tão irresistível?
- Lenita?
Meu Deus, vou pular nele. Quem o autorizou a ser tão atraente?
- LENITAAAA! - Ele gritou, sacudindo-me.
- OIIIIIIIIIIE - Gritei de volta. Ele me soltou e ficou parado na minha frente, fazendo careta.
Dei um tapa nele e fui até o armário da cozinha em busca de um copo. Ele me ofereceu o dele, aguardando eu beber minha água.
Será que ele tinha mais algo para dizer?
- Desembucha... - Falei com uma careta.
- Só queria agradecer por me deixar dormir no seu quarto mais cedo - ele corou? Ou foi impressão minha?
- Ah, sim. De nada. Amigos estão aí para isso. - Disse, nervosa.
- Ah, sim... Selenita, queria te falar mais uma coisa, se posso, é claro...
- Claro.
- O-Ok, é... Eu meio que... gosto de você... e não é só como amigo...
Caramba, ele está falando sério? Eu pensava que ele nem me notava. Parece até uma piada.
- Gosto de você também. - Falei firmemente. - É incrível a forma que eu achava que você não me notava. Pensei que você nunca olhou para mim. Pensei que eu não passava de irmã de um amigo. Se é que me entende.
- Entendo. Pensava o mesmo. Olha, eu queria muito ter algo com você. É mais do que atração sexual. Eu gosto de você desde o dia que te conheci. - Ele fala tenso.
- Uau. Isso é muito bom. Nós dois nos gostamos.
- Sim, sim. - Ele responde aliviado.
- É loucura se eu te disser que quero muito te beijar agora? - pergunto me aproximando dele.
- Loucura mesmo é eu concordar, Lenita. Minha Lenita. Ninguém, NINGUÉM mais pode te chamar assim, ok?
- Ok. - Respondi.
- Aliás, Lenita, você é minha, só minha. Não deixa ninguém te tocar, ouviu?
Concordei com a cabeça.
Me inclinei mais para frente até nossas testas se encostarem. Olhei nos olhos dele e percebi o quão lindos eram à noite. Sorri ao ver que o que sentíamos era mútuo. Nossos lábios se encontraram, o beijo no início era suave, delicado, um paraíso, mas logo esquentou, tornando-se vicioso, agressivo, cheio de desejo, lúxuria. Era algo que ultrapassava a mim mesma, além dele. Era algo muito maior que nós dois.
[...]
Estávamos ofegantes, procurando ar para respirar normalmente. Ele me beijou novamente, dessa vez mais breve. Precisávamos dormir. Já eram três horas e quarenta e seis da madrugada. Nos despedimos com muitos selinhos, e fui dormir feliz, até sonhei com ele.
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MEU ANJO
RomantikaREVISADO! Selenita é uma garota com feridas abertas. Traumas não superados. Sua nova família fez tudo por ela. Ela tem uma vida digna. Seu primeiro e único amor, também a ama. Mas será que nessa vida dela, é tudo perfeito? 2° Edição. IMAGEM DA CAPA...