Sorte no amor

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"Quando uma porta se fecha, outras duas se abrem..."

- Sorte no amor!

Pov Katherine

É horrível essa sensação de incapacidade. Eu fiz o certo, é talvez. Ou eu poderia ter contado toda a verdade e se a Nicole realmente seguisse em frente, eu teria que enfrentar a justiça para conseguir ficar com a Lizzie, talvez eu ganhasse, mas não tem como ter certeza, e eu prefiro perder ele, do que arriscar ficar sem minha irmã novamente, mesmo que eu nunca mais consiga ser feliz com ninguém.

Mas é claro que vai, Kat. Conto de fadas não existe, o que você ler em livros é apenas ficção, não seja tola, ele não pode ser seu verdadeiro amor, sua alma gêmea, não pode ser tão complicado assim.

O caminho até o Brooklyn foi um completo silêncio, Nova York diferente de todos os dias está calma, como se estivesse de luto. O que estou dizendo, é apenas muito cedo.

Abro a porta de entrada do prédio e não acredito quando vejo meu melhor amigo sentado em uma das cadeiras.

— Dylan — saio correndo para abraçar ele — você está aqui, não acredito — ele me roda no ar, quanta falta sentir dele.

— Ei... O que foi, porque está chorando, achei que iria ficar feliz em me ver.

— Estou muito feliz, preciso tanto de você aqui.

— Vamos entrar, está frio aqui fora, aí você me conta tudo — assinto e vamos para o elevador, mas novamente está em manutenção — já falei que odeio esse prédio? — Realmente não é só ele, eu amo meu apartamento, mas o prédio não tem porteiro, então qualquer um pode entrar, o elevador nunca presta e é daí para pior.

— Quem sabe futuramente eu consigo comprar um outro. Eu cansei daqui, principalmente depois de deixarem entrar no meu apartamento para pegar a Lizzie.

— Como é que é? Cadê minha baixinha e quem pegou ela — com tanta coisa, acabei esquecendo de contar. Atualizo ele dos últimos acontecimentos, enquanto faço um café — não acredito que ela teve coragem de fazer isso.

— Então, eu tive que escolher, entre minha irmã e o... — É tão estranho falar que eu gosto dele, acho que tentei negar tanto isso, que acabei acreditando que eu o odiava.

— O que pretende fazer? - dou de ombros. 

— Nada, só seguir minha vida e é isso e você tem que me prometer que nunca falar isso para ninguém — se alguém saber pode acabar vazando para imprensa e não quero isso, eu percebi que minha vida não é mais só minha, e que qualquer coisa é motivo para ver o mundo me criticando. 

— Eu não concordo, mas vou respeitar sua decisão. Mas com uma condição, você não vai poder ficar em casa chorando pelos cantos, vamos sair, se divertir e arrumar um novo amor para você, ou se você quiser, posso conquistar seu coração, você sabe que te amo né — eu amo o Dylan, ele sempre respeita minhas decisões e fica ao meu lado com seu jeito brincalhão. Não sei o que seria de mim sem ele. 

— Eu também te amo, mas não gosto de você não, foi mal — ele revira os olhos e senta no sofá — mas conheço alguém, que é doidinha por você, uma certa estilista de olhos azuis.

— Saímos apenas uma vez, eu gostei muito dela também, mas achei que você queria ficar longe daquela família — entrego uma xicara com café a ele e sento ao seu lado.

— O que, não.... Eu quero ficar longe dele, não vou me afastar das meninas, e eu ficaria muito feliz de ver você finalmente tomando juízo com alguém, mas se você magoa a Mia, eu vou esquecer que é meu melhor amigo e acabar com sua raça.

Como num filmeOnde as histórias ganham vida. Descobre agora