A Última Música

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"As pessoas cometem erros, até aquelas que amamos." 

- Veronica Miller - A última música.

Pov Katherine

Devemos sempre fazer aquilo que acreditamos ser certo, mesmo que seja difícil. E foi o que fiz quando vim para Nova Iorque, deixei tudo para tentar um recomeço. Na hora foi algo que me pareceu certo, hoje já não sei tanto. O medo me domina diariamente, chegar a ser desesperador, não saber se vou conseguir.

Hoje estou com um pressentimento ruim, sentindo que algo está prestes a acontecer. Uma sensação horrível, em que estou torcendo para não ser nada. Levanto para ir trabalhar, como moro longe tenho que sair de casa bem antes para chegar no horário.

Assim que chego sou chamada na sala do meu chefe. Bem que eu estav sentindo que algo ruim iria acontecer. Ele me entrega um envelope e dentro dele tem alguns documentos e um cheque, olho para ele sem entender.

— Está demitida senhorita Grey — Não... Não... Não pode ser.

— Mas, porque, desculpa se não estou sendo produtiva suficiente, eu prometo melhorar, por favor não faz isso, eu preciso muito desse emprego — eu nunca pensei que precisaria me humilhar para alguém, principalmente para um babaca como ele, mas não nasce muito privilegiada, então não tenho escolhas.

— O que você fez é imperdoável, derramar uma bandeja cheia de champanhe em uma celebridade — arqueio a sobrancelha pra ele e claro que aquele babaca não iria ficar calado, se fez de bonzinho para me entregar depois.

— Idiota — sussurro.

— O que disse?

— Nada senhor, por favor, foi um acidente e ele que esbarrou em mim, eu preciso desse emprego, não faz isso, por favor — imploro, eu tenho que ajudar minha mãe e minha irmã. — Não adianta, eu avisei que teria que ser tudo perfeito, agora pegue suas coisas e saia. — Eu poderia sair calada, mas ele não é meu chefe mais, então é minha hora de falar tudo que queria.

— Você estar fazendo o que sempre quis, me demitir, não sei qual seu problema comigo, desde que coloquei meus pés pela primeira vez nesse hotel você me trata feito lixo. Eu não fiz nada de errado, você não parou para escutar minha versão, aquele idiota pode ter falado várias mentiras pra você e falou, ou você não estaria me demitindo, mas eu vou conseguir algo muito melhor pra mim e vou voltar aqui com o maior prazer, só para você ver onde cheguei e te trata exatamente, como você trata todo mundo aqui, seja feliz, babaca — dou um sorriso falso para ele e saio.

O que vou fazer agora? Eu estudo e aqui é um dos únicos lugares que consegui conciliar tudo e ainda tinha um tempinho para estudar.

Vou até meu armário e arrumo minhas coisas. Eu não acredito que ele me entregou, eu sou muito idiota em acreditar que um riquinho como ele ficaria calado depois do que aconteceu. Tento sair sem ser notada por ninguém, a última coisa que quero agora é ficar dando explicações para alguém.

Volto para minha casa e estranho quando vejo várias ligações perdidas da senhora Jones. O que será que aconteceu? Retorno para ela imediatamente, mas ela só atende na terceira vez.

— Kat... — sua voz é de choro. Começo a treme pensando na minha mãe que estava doente — eu sinto muito.

— Mamãe — minha voz sai em um sussurro. Caio no chão perdendo todas as minhas forças. Eu não posso perder minha mãe também, eu não consigo, começo a chorar desesperadamente sem saber o que fazer.

Depois de um longo tempo tentando recuperar minhas forças, levanto e arrumo uma mochila com algumas coisas, pego meu passaporte e vou para o aeroporto, espero que consiga um voo logo, eu tenho que chegar a tempo antes do enterro dela.

Como num filmeWhere stories live. Discover now