XI

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Pov Callie.

Assim que saí do serviço, eu fui a casa dos meus pais e questionei a minha mãe o que exatamente a médica tinha dito a ela.

- Callie, faz mais de 20 anos isso, eu não lembro. - ela falou.- Mas por que isso agora? Você nunca se interessou em ter filhos.

- Faz um esforço.- pedi fazendo o meu beicinho.

- Ela disse que a chance de você engravidar alguém seria de menos de 1%, ou seja, quase estéril, e como eu não queria que você criasse expectativas e se frustasse, eu disse que, você não poderia ter filhos.- disse, se dando por vencida.

- Lembra da loira que eu disse na viagem, que a abuela disse que queria conhecer?- perguntei, e a mesma respondeu com um "uhhum".- Ela ta grávida, 20 semanas, e bate exatamente com a semana em que a gente transou.

- Hija, você deveria fazer o DNA, menos de 1% de chances..

- Mama, pra ser de outro alguém, ela teria que estar com mais de 21 semanas.

- Eu sei como funciona a conta Callie, eu já estive grávida.- falou dando um sorriso.- Eu só no quero que se machuque ou crie expectativas incertas, filha.

- Confia em mim?- perguntei e ela afirmou.- E eu confio nela.

- Então, ok!- ela disse.- Não vejo a hora de conhecer meu neto.

Eu já havia planejado tudo na minha cabeça em relação a isso, mas quando ela me mandou mensagem dizendo que queria conversar, tudo sumiu.

Falei que ela poderia ir lá em casa na manhã seguinte, e eu estava ansiosa para vê-la.

Pedi para ela chegar na hora do almoço, assim eu preparava algo para nós duas e foi o que eu fiz.

Pedi a receita da macarronada da Addison e tentei fazer para a mesma.

Arizona chegou com uma cara não muito boa, ela disse que era a primeira vez em meses que ela tinha um enjôo matinal e isso havia deixado a mesma fraca.

- Você veio pra me dizer que vai tirar, não é?- perguntei me sentindo no sofá.

- Sim, Calliope, eu não tenho condições financeiras pra criar uma criança agora, eu não posso simplesmente por uma criança no mundo sabendo que ela pode passar fome, nem emprego eu tenho.

- Você sabe que eu tenho condições financeiras pra ajudar vocês, não sabe?

-Eu não quero que me banque, Calliope.

- Arizona, você não fez essa criança sozinha, eu irei cumprir com a minha parte, seja ela qual for, eu não vou simplesmente de dar as coisas só quando ele nascer.

- Meus pais não iriam aceitar isso, o dinheiro que meu pai ganha da pra bancar a casa, só que eu acho irresponsabilidade por uma criança no mundo sem pensar no dia de amanhã.

- O dinheiro que seu pai ganha da pra sustentar ele e sua mãe?- perguntei e ela afirmou.- E você?

- Com uns apertos no dia a dia, mas nada muito fora do normal.

- Vem morar comigo!- falei.-A Addison vai alugar o apartamento da frente, para ela morar com a Mer e a Mad, a casa vai vazia.

- Eu não posso aceitar, Callie.

- Poder, você pode.- falei.- Estou fazendo isso pensando no seu bem-estar e o do meu filho ou filha, se você quer ter ele e está com medo por causa da sua situação financeira, eu vou te ajudar em tudo até você acabar os seus estudos e depois a gente dividi, pode ser?

- Callie, eu não sei.

- Arizona, eu acabei de descobrir que eu tenho menos de 1% de chance de engravidar alguém, e você, uma pessoa que eu gos.. uma.. você realizou um sonho que eu achei que nunca fosse ter. Pra mim, te ajudar nisso, não vai ser problema algum, basta você querer.

- Eu.. é.. tudo bem! Mas é só enquanto eu não acabar os estudos, depois será tudo dividido.- ela disse.

- Quando você vem pra cá?

- Quando elas forem, pode ser?- perguntou e eu concordei.

- Sua namorada já sabe?

- Só minha mãe e April sabem.- respondeu.

Nós ainda ficamos alí um tempo, ela até deixou eu tocar em sua barriga algumas vezes.

Mostrei todo o apartamento para ela, inclusive o quarto em que ela iria ficar e qual séria o quarto do nosso bebê, que no caso é o atual quarto da Mad.

- Podemos deixar do mesmo jeito, se quiser.- falei.

- É melhor não.- ela disse rindo.- Acho que  esqueci de mencionar que é um menino.

- É, esqueceu sim.- eu acabei rindo também.- Eu iria pedir pra escolher o nome se fosse menina.

- Que séria?

- Sofia.- respondi.- Porque tivemos muita sabedoria ao fazer.

- É.. mas é menino.- ela disse sem jeito.- Pensa em algo e depois a gente conversa.

Pov Arizona.

Saí da casa de Callie sem saber se tinha tomado a decisão certa ou não.  Mas se eu queria o melhor para o meu bebê, então eu tinha tomado a decisão certa.

Assim que cheguei em casa, meus pais estavam na sala e foi aí que decidi contar a ele que eu estava grávida.

E até que foi uma reação considerável, ele só ficou mudo por minutos, pelo menos até eu dizer que iria morar com a Callie.

- Meu neto não vai morar longe de mim não.- ela disse em tom sério.

- Você nem a conhece, filha.- minha mãe se pronunciou.

- Isso não a impediu  de fazer um filho com a moça.- ela disse para a minha mãe.

- Papai, vai ser só até eu acabar a faculdade e me tornar a juíza que eu tanto sonho em ser.- falei.

- Não, Arizona.- ele disse firme.

- Sim, eu já sou maior de idade, respondo pelos meus atos e acho certo o que eu estou fazendo.

- Acha certo ir morar com uma desconhecida?- perguntou ironicamente.

- Ela é a mãe do meu filho.- respondi.- Eu não estou pensando só em mim quando estou fazendo isso.- falei dando um suspiro.- Eu penso na boa alimentação que eu vou ter para ele crescer bem, penso que a minha maior preocupação não vai ser " O que será que vamos conseguir comer hoje?", não que eu estava reclamando do que temos, mas sabemos bem vocês bancarem mais duas bocas é difícil, só com o salário do senhor da pra você e a mamãe viverem bem.

- Eu só não quero que saia de perto de mim.- ele disse, um pouco choroso.

- Eu vou vir sempre visitar vocês, papai.- eu disse, o abraçando.- Fora que, quando tudo isso acabar, eu vou comprar uma casa aqui no bairro.

- Promete vir visitar a gente todo dia?- ele perguntou.

- Todo dia não, mas todo final de semana, com certeza.


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Sem revisão rs rs

Espero que gostem


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