IV

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Pov Callie.

Como hoje eu não estava de plantão, eu iria daqui de casa mesmo.

Como já havia se passado uma semana, eu sabia exatamente como era a rotina deles, os dias exatos em que a Cristina estava lá, os dias que ela ficava somente na parte externa e quando ela ficava na parte interna.

-.. Vamos ter que segurar mais duas semanas.- Miranda dizia pelo ponto.- Se a gente invadir sem um novo mandato vai tudo por água abaixo.

- Callie, amor, a gente vai sair hoje?- Penny perguntou ao ver eu terminar de por meu tênis.- Não era amanhã?

- É amanhã, Pen, hoje eu vou pro puteiro de novo.

- Boa sorte, Torres.- Miranda Riu.

- Todo dia, Callie, sério? A gente mal tem se visto.- ela bufou.- Vai me dizer que a semana toda vocês só tem conversado?

- Sim, nós ficamos só conversando.- falei sem paciência.- Você deveria confiar mais em mim, Penélope.

- Com você indo pra um puteiro?- perguntou ironizando.- IMPOSSÍVEL.

Eu não sei se foi praga da Penélope ou muita ironia do destino mesmo, mas eu não vi nem a Tiff no salão sábado, eu cheguei a ficar preocupada, mas eu não poderia sair por ai perguntando.

Eu cheguei a ficar até as 01h, vi o show diário que tinha dei dinheiro as mulheres que estavam no palco e fui embora.

Eu sinceramente queria desabafar com a morena sobre como estava sendo exaustivo o meu relacionamento, por incrível que pareça, eu gostava de ouvir conselhos de uma mulher 12 anos mais nova que eu.

Pov Arizona.

- Eu já disse que em breve eu vou dar um jeito de sair disso.- falei já perdendo a paciência.- Eu sei que foi burrice minha, mas eu não vi saída.

- Quanto tempo, minha filha?- minha mãe perguntou.- Não aguento mais imaginar você sendo usada por homens.

- Acho que menos de um mês.- eu falei.- E tem mais ou menos uma semana que eu não tenho transado com ninguém.

- E ganha por isso?- perguntou meu irmão, curioso.

- Sim, mas eu não posso explicar agora.- falei por fim.- Vamos mudar de assunto.

*

Eu acho que se eu vi a Cristina pessoalmente três vezes foi muito, e hoje, assim que eu cheguei fui chamada por ela.

Algo estranho tinha, e eu estava com medo.

- É, Arizona, seu tempo aqui está acabando.- ela falou de maneira seca, e eu sinceramente não sabia se era uma ameaça.- Você deve ser muito boa no que faz, já que, essa sua cliente, que é basicamente fixa, paga bem alto pra ter uma noite com você.

- Eu tento.- falei sem jeito.

- Olha só, menina, se eu pensar que você está agindo contra mim, eu mato você e ela.- falou levantando e se curvando na mesa.- Você me ouviu?

- Sim, senhora.

- Você não tem nada a me dizer?

- Não, senhora.- abaixei a cabeça.

- Nem barulho de sexo se ouve no quarto em que elas vão.- um dos seguranças disse.- Cama rangendo, gemidos, tapas, nada.

- Ela gosta de sexo no chão com gemido baixo.- inventei uma desculpa.- Disse que lembra ex delas antes dessa novo relacionamento.

- Não quero você com ela essa semana.- falou firme.

- Ela já deixou pago 3 dias, senhora.- o segurança disse.

- Hum..- ela parecia analisar.- Por hoje eu não quero você com ela.

Acabei subindo com um cara que me deixou machucada, o jeito que ele me pegava era tão doloroso que me dava vontade de chorar.

Eu já sabia que no domingo a mesma não aparecia, ela havia me dito que passaria a noite com a esposa.

Coisa que me deixou um pouco incomodada, mas nós não éramos literalmente nada, apenas ficávamos um tempo conversando.

O que mais me surpreendeu foi que a Callie sumiu por uma semana, nem apenas para tomar uma bebida ela vinha. Eu estava começando a achar que algo havia acontecido.

Cristina passou a vigiar cada passo meu, o que me assustava um pouco, eu tinha medo que a qualquer momento eu fosse ser morta por ela e seus seguranças. 

Exatos 10 dias haviam se passado desde a última vez que eu vi a Callie, e eu sinceramente estava com saudades dela, das conversas, dos conselhos, de tudo.

Eu sabia que quando tudo acabasse séria como estava sendo agora, mas eu só não imaginava que seria tão doloroso para mim.

Hoje, havia sobrado uma cor que valoriza meu tom de pele, vermelho me caia super bem e eu amava usar.

Antes de eu descer Cristina havia mandado me chamar, Callie estava no salão e já havia me procurado com o olhar e rejeitado duas meninas por minha causa.

- Se eu não ouvir barulho de sexo 10 minutos depois de vocês entrarem, eu vou invadir e matar as duas.- ela avisou.

Assim que eu cheguei no salão seu sorriso se abriu quando me viu e o meu automaticamente fez o mesmo.

Ela nos pagou uma bebida e eu me sentei em seu colo como de costume, enquanto a gente fingia conversar ali.

- Ela esta desconfiando da gente.- sussurrei em seu ouvido e ela apertou a minh coxa.

-Vamos para o quarto?- apenas afirmei e segurei em sua mão.- Eu vou agarrar você e você vai sentir uma coisa, mas no quarto eu explico.

Andamos juntas até a recepção antes dos quartos e quando passamos por eles ela me puxou fazendo minha bunda bater em sua intimidade e eu sentir algo estranho ali.

Mas eu não conseguia raciocinar com a boca dela no meu pescoço.

- Ela disse que se não me ouvir gemer em 10 minutos ela entra no quarto.



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Depois de quase uma semana eu voltei rs RS

The police Where stories live. Discover now