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Pov Callie.

- É o meu trabalho, Penélope.- falei alterada para a minha namorada.

- Seu trabalho é ir para um bordel?- perguntou com ironia na voz.- Eu achei que você fosse policial, Calliope.

- Eu não vou transar com nenhuma puta, Penélope, é por isso que eu vou observar bem e escolher a dedo a menina que vou olhar para o quarto, pra eu não precisar transar com ela.- tentei explicar.

- Eu não quero saber, Calliope.- falou irritada.

- Eu já pedi pra não me chamar assim.- falei e ouvi ela bater a porta do meu apartamento.

*

- Pela sua cara a conversa não foi muito boa.- Miranda, a 1ª tenente do batalhão, falou.- Se quiser, a gente troca e põe o Smith no seu lugar.

- Se fosse um bordel gay daria super certo, mas como não é.- eu falei e ela riu.- Ele entregaria tudo quando ela esfregasse os peitos na cara dele. 

- E o que você vai fazer?- perguntou me olhando.

- Escolher bem a minha companheira.

Passamos a tarde toda ajeitando tudo, laudo médico que confirmava minha surdez para eu poder entrar com escuta disfarçada, uma roupa que não deixe tanto na cara e observando o local para poder estacionar a van a uma distância boa do bordel.

Eu estou a mais ou menos 3 meses tentando descobrir coisas sobre Cristina Yang, a maior agiota, traficante de drogas e pessoas com âmbito sexual.

Eu estava a um passo dela, eu e Miranda, no caso.

Acabei rindo.

Tomei banho na delegacia mesmo, troquei minha roupa e segui para lá, primeiro dei uma volta na cidade com o carro que alugaram para mim, depois segui para lá com o laudo em mãos.

- Boa noite!- sorri para os seguranças e entreguei o laudo.

- Pode tirá-lo, por favor.- um segurança alto e negro me olhou de cima abaixo e parou na minha parte íntima, prestando atenção no volume alí presente.

- Desculpa, eu não sabia que teria que trazer um laudo sobre isso também.- falei fingindo estar sem jeito.- Eu sou mulher intersex, se quiser posso mostrar.

- Você não é a primeira assim a vir aqui.- ele falou olhando meu aparelho e eu dei de ombros fingindo não ouvir já que estava sem o aparelho e logo ele me devolveu.- Ah, desculpa, eu disse que você não era a primeira assim a vir aqui.

- Ah, que bom, não vou me sentir tão anormal assim.- brinquei e ele riu.

- Divirta-se, temos ótimas mulheres na casa.- deu espaço para eu entrar. - Ah, sempre traga o laudo com você, não vai ser sempre eu que vou estar aqui.

- Boa, Torres.- Miranda disso do ponto aliviada.

Eu fui ao bar, bebi duas doses de whisky seco, e me sentei para ver o show, mas nenhuma ali chamava a minha atenção.

Eu tinha que escolher bem, se não iria tudo por água abaixo.

Quando eu estava prestes a escolher alguém a Penélope ligou dizendo q estava passando mal e eu tiver que ir.

- Mas já vai?- o mesmo seguranças perguntou.

- Minha esposa está passando mal, mas pode ter certeza que eu vou voltar, gostei muito do que vi hoje.

- Você é casada?- perguntou, mas não parecia está surpreso.

- Sim, 5 anos, mas depois dos três passou a ser sexo só com dia marcado, eu não aguento.- falei e ele riu.

- Uma pena, minha amiga, espero que aqui você consiga alguém que te satisfaça.

Acenei e segui para meu apartamento, ao chegar vi a mesma com uma taça de vinho na mão, o que foi motivo para mais uma briga nossa.

Eu nunca achei que namorar alguém mais nova que eu seria tão difícil, e olha que eram apenas 6 anos de diferença, eu tinha 35 e ela 29, não muita coisa, mas agia como se tivesse 13.

Com Erika foi bem mais fácil, ela sempre entendeu meu lado e só foi embora por medo da minha profissão, ela disse que era difícil lidar com o fato de eu poder morrer todos os dias.

E eu realmente entendia isso, e eu pretendia parar, mas antes eu teria que construir nosso futuro, só que ela não quis esperar.

Mas quem sabe no futuro a gente se esbarre por ai.

*

No dia seguinte foi a mesma coisa, fui pra delegacia, da delegacia eu dei uma volta pela cidade e segui para o bordel.

Por sorte, era o mesmo cara do dia anterior então consegui entrar direto, então só peguei uma bebida e me sentei na mesa.

Todas ali tinha a mesma expressão e o mesmo jeito, menos uma.

Ela era morena, magra, nem tão baixa, mas também nem tão alta, tinha o jeito de quem estava ali obrigada, e eu sabia exatamente como chegar.

- Oi, prazer, meu nome é Tasha.- uma ruiva um tanto parecida com a Penélope se apresentou.- Se não tiver escolhidos ninguém, eu estou disponível.

- Aquela sua amiga morena ali.- falei apontando.

- A novata?- perguntou se virando.- Vou chamar pra você.

Ela seguiu até a menina e logo cochichou algo em seu ouvido apontando para mim, por um momento eu me senti no fundamentos quando nosso amigo ia falar com a menina que a gente gostava.

- Mandou me chamar?- a loira perguntou.

- Sim, está disponível?- perguntei dando uma golada no meu whisky.

- Sim, até o momento sim.

- Agora não está mais.- sorri para a mesmas.- Prazer, meu nome é Callie.

- Prazer, sou Tiffany.

_______________

Eu tinha dito que ia parar, mas acabei voltando de novo.

Tive essa ideia com duas amiga _Camile_vit_ e mfeyess, e foi uma delas que fez a capa.

Espero que gostem e até a próxima...

The police Unde poveștirile trăiesc. Descoperă acum