Epílogo

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NÁDIA HÉRNANDEZ
Meses depois.

— Estou aqui, meu amor, ao seu lado. – beija minha testa – Você é forte, minha esposa. Confio em você

— Cale a boca, Adrian! – esbranjo irritada e o mesmo concorda, casando-se em seguida.

A dor é insuportável, parece que todos os meus ossos estão prontos para romperem a qualquer momento. A vontade de fazer força é inacreditável. Tudo que li sobre parto normal é uma mentira! E me amaldiçoou por isso, eu poderia muito bem ter tido um parto cesariana.

O médico está apenas esperando a boa vontade do meu bebê nascer. É inacreditável, como minha vida mudou em um ano. Antes era apenas eu e Miguel, em um lar infeliz e um perturbador. Agora finalmente podemos ser livres e estarmos rodeados de pessoas boas, que fazem de tudo por nós.

Uma nova onda de contração me atinge. Volto a apertar a mão de Adrian com o máximo de força que consigo. Essa criança tem que sair por bem, ou por mal. Lembro-me de quando descobri que estava grávida, a felicidade rodeou todos da família, e eu vi um recomeço ali.

— Força, Nádia! Estou vendo a cabecinha. – o médico me alerta, e só consigo balançar a cabeça em concordância.

Sinto beijos de Adrian em minha cabeça e não consigo nem olhá-lo. Sei que é errado pensar assim, mas isso que estou sentindo é tudo culpa de Adrian, foi ele quem fez isso comigo. Por outro lado, a culpa de não querer uma cesariana foi toda minha, o mesmo tinha tentado me convencer que o parto normal não era uma boa ideia.

— Não dá. Não posso suportar! – falo ofegante, sentindo todos os músculos do meu corpo tensos e trabalhando para pôr esse bebê pra fora.

— Consegue sim, sei que você pode fazer isso. – beija meu ombro – Vamos lá, meu amor, estou com você.

Após ouvir isso, uma nova onda de energia surge dentro de mim. Quando a contração vem, dou tudo de mim e empurro com toda a força. Finalmente a sensação de alívio vem, e o choro agudo surge na sala de parto. Meus olhos começam a fechar pelo cansaço, enquanto todos em parabenizam.

— Parabéns, vocês tem um belo menino. – a enfermeira se aproxima, segurando Aaron nos braços e sorridente.

Estando meus braços, ainda fracos, e o pego no colo. Meu menino ainda chora bastante, mas quando se acalma e abre os olhos, quase que eu e Adrian caímos pra trás. Nosso pequeno tem um dos olhos com uma mistura de verde claro e um azul escuro, enquanto o outro olho é completamente azul. Seus poucos fios são escuros, tendo alguns maus claros.

— Ele é lindo. – Adrian diz emocionado, tocando na cabecinha cabeluda do nosso pequeno. – Nosso menino. Aaron, o subchefe da família Espanhola.

— Sim, ele é nosso menino.

THE AND

Linda Tentação - Os Hérnandez 01Where stories live. Discover now