Capítulo 22

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NÁDIA WOS

Me perdoe, eu juro que não sei o que deu em mim. – respiro fundo – Na hora eu fiquei cega pela raiva, a forma que aquela mulher falou com Tasha foi inadmissível. Eu sei que fiz errado agredi-la, por isso eu aceito qualquer punição que for me dada.

Desde o meu momento à poucos minutos atrás, eu estou frente à frente com os líderes dessa organização. Giordana e Iago, estão me olhando de uma forma ilegível e não sei identificar se isso é bom ou ruim. Adrian não está aqui pra me proteger e sei que devo pagar pelo meu erro, mesmo assim não consigo me arrepender pelo o que fiz.

— Não precisa se preocupar, Nádia – o chefe se ajeita na cadeira de couro – Eu e minha esposa já dissemos que você fez o correto. Certamente se fosse a minha Gio, – olha pra a esposa, que sorri – teria atirado na mulher e depois dado para os cães comerem.

— Realmente, Nádia. Você fez o certo, eu no seu lugar teria feito pior. – da de ombros – Daqui um mês você será uma Hérnandez, deve sim impor o seu respeito, e quando achar algo de errado deve colocar a melhor punição em prática.

— Eu não gosto de fazer mal à ninguém.

— Sabemos disso, só queremos que entenda que tem a liberdade para repreender e punir alguém. – o chefe diz – Só peço que informe algum superior antes, o seu noivo ou a mim.

— Tudo bem. – abro um sorriso, mas calma – Mesmo assim, eu prefiro deixar essa coisa de punições com vocês.

Antes que eles pudessem responder, batem na porta e o chefe autoriza a entrada. A governanta abre a porta e a imagem do Chefe de segurança aparece, ele está um pouco penso e posso até dizer, receoso. Quando eu ia me retirar, a primeira-dama pede para que eu fique e assim faço.

— O que me diz, General?

— Senhor, parcialmente a missão foi um sucesso! O alvo já foi imobilizado e morto. – anuncia.

Sinto uma forte dor em meu peito quando ele diz isso, em contradição não consigo ficar triste. Sei bem que foram caçar o meu pai por ter fugido, e isso com certeza iria trazer a sua morta, então porque não estou chorando? Mesmo depois de tudo que passei, ele ainda é o meu pai! Será egoísmo da minha parte, não sentir absolutamente nada com isso.

— Está tudo bem, Nádia. – a primeira-dama pousa a mão em meus ombros, acariciando em seguida.

— Obrigada – sussuro pra ela.

— E o que você quer dizer com parcialmente, General? – o chefe pergunta, me deixando atenta.

— O senhor Adrian acabou se ferindo no combate. Ele está no hospital da organização, aparentemente está tudo bem, mas ele precisa que os senhores vão até lá.

Parou. O meu mundo parou. Ele está machucado em uma situação, que eu não sei se é grave ou não. Adrian me prometeu que voltaria sã e salvo pra mim, e ele não cumpriu isso. Sinto um ardor na minha bochecha e identifico como lágrimas descendo descontroladamente. Meu coração está agitado, meu estômago quer saltar pra fora e minhas mãos estão trêmulas com tudo isso.

— Onde ele está? Eu vou lá. – dou um passo à frente – Me diga General, o caso dele é muito grave?

— Temo não poder dizê-la, senhorita.

Um soluço é liberto. Meu corpo começa a entrar em pânico. Não posso perdê-lo, não o meu Adrian. Minha vontade é de sair correndo o mais rápido possível, até onde ele esteja. Sem querer, minha mente se recorda da madrugada que ele me levou as nuvens e só consigo sentir mais saudade e desespero.

— Me leve até ele. – olho para trás, certificando-me que a primeira-dama e  o chefe estão ouvindo – E isso é uma ordem da futura esposa do Sub-Chefe.

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Linda Tentação - Os Hérnandez 01Where stories live. Discover now