Prólogo

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- haviam se passado semanas e a falta de informações me consumia por completo, nenhum recado, mensagem ou pista... nada.
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O lipe parecia tão distante ultimamente, eu mal o via, ele estava obcecado atrás de qualquer pista que nos levasse a ele, e eu... eu confesso que estava perdendo as esperanças.
Desde tudo que aconteceu eu resolvi fazer o impossível pra tentar achá-lo, escureci meu cabelo pra parecer diferente ou mais forte, mas a real é que a minha força vinha dele, ter ele me fez se tornar uma mulher forte, antes dele eu era uma menina que queria muito ser mulher, mas era longe de ser. Era sexta à noite e eu estava triste, vazia, eu havia perdido o controle quando ele se foi, estava deitada olhando o céu pela fresta aberta que a janela do quarto me proporcionava e senti um vento gelado atravessar a cortina e inundar meu quarto, fechei os olhos e me perguntei em silêncio. - onde ele estava, será que ele havia sido pego- Será que ele estava fazendo isso pra me proteger?! Mas, por que o melhor amigo dele estaria à parte de tudo?
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São tantas perguntas, e o silêncio no meio de cada questionamento me deixava louca. Eu conhecia meu garoto, ele não iria fazer algo que me deixasse em perigo e isso me fazia pensar mil e uma coisa. Me levantei devagar e abri vagamente os olhos. Estava uma noite linda, se ele estivesse aqui, mas sem ele tudo estava cinza e sem graça. A nanda tentou por várias vezes contato, e até chegou a vim aqui, mas eu não recebi ela e nem ninguém, tranquilizei todos, mas não quis a presença de ninguém. Quanto menos gente souber melhor, torna irreal, esse pesadelo. Prefiro chamar de pesadelo, e acreditar que no dia seguinte vou acordar e ver que tudo não passou de um sonho ruim. - Fui interrompida dos meus pensamentos com o lipe adentrando o quarto, sem ao menos bater. Ele nunca fez isso, e eu já estava me preparando pra dar várias lições de moral sobre a palavrinha privacidade, mas fechei a boca antes mesmo de falar qualquer coisa. Ele segurava um papel e me olhava inseguro, assustado.. mais que diabos tinha acontecido.

LIPE "Se arrume, vamos sair" murmurou olhando pra um ponto imaginário do quarto.

EU " me diz que tem a ver com ele..." falei baixinho olhando fixamente para o mesmo, com medo da resposta.

LIPE "não sei ao certo, hoje a tarde eu recebi esse papel com essas coordenadas. Eu não iria, mas esse lugar... é um local conhecido... ele sempre ia pra lá quando queria se distrair, e ninguém sabia disso." Falou rápido esperando minha opinião a respeito.

EU " então vamos.. va vamos agora" falei levantando rápido e o puxando pelo braço. Ele parou e eu me virei tentando entender por que ele não estava me acompanhando.

LIPE " eu quero muito encontrar ele, tanto quanto você ló, mas e se for uma armadilha ? Não podemos descartar nenhuma possibilidade." Falou baixo, me olhando com aquele olhar vazio e sombrio.

EU " eu sei, vamos levar três capangas, e vamos estar preparados caso seja armadilha, eu prometo. Mas não vamos descartar a mínima possibilidade de ser uma pista sobre ele. Estamos a semanas tentando e... nada, eu tenho certeza que ele é esperto e confio no que quer que seja que esteja acontecendo." Falei puxando ele, e dessa vez ele me acompanhou.
....

Estávamos em um carro preto todo blindado é fechado no fumê, e tinha dois carros a uns metros atrás de nós caso precisássemos de reforço, os minutos viraram horas e quando começamos a se aproximar do local minhas mãos começaram a soar e a possibilidade de o ver novamente depois de quase um mês inundou meu coração. Olhei pra baixo, estava com uma calça preta de veludo justa, com uma arma na cintura... ao longo dos dias aprendi muito mais auto defesa, eu fiz e faria de tudo pra tê-lo comigo. uma blusa preta que camuflava melhor a arma escondida e nos pés um conturno preto, por conta da lebrina que tomava conta da pista úmida. Estávamos literalmente no inverno. O carro parou uns metros antes do galpão enorme que seria o nosso suposto destino. - tantos lugares preferidos meu amor, por que meditar logo aqui?!- pensei olhando o lugar sombrio que estávamos. Não esperei o carro parar e abri a porta e desci correndo indo em direção a entrada, escutei ao longe a voz do lipe me reprovando mais eu não estava ouvindo mais nada, só queria encontrá-lo. Entrei e pra minha surpresa ao longo daquele local enorme eu o vi... a barba por fazer, sentado e com uma expressão séria, ele estava diferente.. o cabelo mais comprido do que ele normalmente usava, me fez chegar à conclusão que algo estava errado. A luz fraca me impedia de ver além disso, quando fiz menção pra correr e alcançá-lo senti as mãos de um homem me abraçando com força me forçando a parar. LIPE ! constatei assim que o olhei.
Lipe " não dê mais nenhum passo! Tem algo de errado." Falou olhando pra ele ao longe e com uma expressão séria.
EU " claro que nao, ele está bem ali! Vamos agora lá" falei em um tom mais alto.
Lipe " isso é uma cilada! Fica atrás de mim, eu conheço meu amigo." Falou sacando a arma na cintura lentamente e em seguida sussurrando no rádio que o fazia ter comunicação com os rapazes, algo que não entendi. Não deu tempo pensar em muita coisa, quando a frente do ht, vi dois homens se aproximar. Senti um calafrio percorrer minha espinha e me retrai involuntariamente.

Foi Na Rocinha♥🔞Where stories live. Discover now