Realmente logo começou a ficar uma temperatura mais agradável, mesmo que ainda estivesse nublado e frio, não havia sinal de neve. Eu tinha escutado muito sobre a Arquelândia, era um lugar com muito sol.
– Nem o país dos outros vocês deixaram o clima passar batido? – Pergunto para irritá-lo e Edmundo bufa.
– Só viemos no inverno deles. Você é bem irritante às vezes. Aliás, você me agradeceria, o sol daqui é escaldante o resto do ano.
Quando finalmente descemos, fui obrigada a concordar mentalmente. Mesmo sendo inverno, foi o lugar mais quente em que já estive. Por mais que eu odiasse as nevascas, basicamente crescemos no frio. Então foi bem inteligente vir no inverno, a temperatura estava mais quente do que nos maiores dias de verão em Nárnia e o vestido de alça por debaixo do grosso casaco foi um alívio.
– Vossa alteza. – Um homem se aproximou assim que adentramos os jardins, fazendo uma longa reverência a Edmundo.
– Olá, Rufus. Esta é Isabel, minha acompanhante.
O homem pareceu ligeiramente surpreso e me olhou com medo, logo se curvando.
– Isabel, este é o rei da Arquelândia.
Franzi o cenho. Edmundo não tinha o menor respeito em chamar o rei do país como deveria, na verdade, o homem parecia ter tanto medo do rapaz que era até cruel e vergonhoso.
– Prazer, majestade. – Digo e me reverencio de forma teatral. Edmundo trava o maxilar, sabendo que fiz isso para irritá-lo e o rei fica um pouco nervoso, olhando pelo canto o príncipe.
– Isabel está com fome. Podemos entrar? – Edmundo anunciou meio irritadiço e o rei rapidamente concordou, andando apressadamente para sairmos dali.
– Poderia ter um pouco de respeito por eles. – Sussurro me aproximando do príncipe, ele me encara um tanto surpreso.
– Está mesmo dizendo como eu deveria tratar alguém? Tem sorte de eles estarem vivos. - Ele bufou.
Tentava olhar tudo, mas era tanta informação, pessoas andando, o calor, a fome e o cansaço que parecia que minha cabeça explodiria.
Quando chegamos a um salão de refeições, meu estômago ronca com o cheiro de comida assim que abrem as portas, logo em seguida, encaro um grupo de olhos levemente surpresos me encarando.
– Nós não sabíamos que viria acompanhado desta vez, alteza. Posso pedir para elas se...
– Não é necessário. – Edmundo interrompe e pega uma taça de vinho na mesa e me encara. – Aproveite bem o tempo. É meu presente.
Ele sussurra e preciso fazer leitura labial para entendê-lo antes do príncipe se virar para o grupo de mulheres ao canto que pareciam sempre espera-lo ansiosas.
ESTÁ A LER
CRUEL PRINCE, Edmundo Pevensie ⋅⋆⊱ As Crônicas de Nárnia.
Fantasy⌜𝐹𝑖𝑛𝑒, 𝑚𝑎𝑘𝑒 𝑚𝑒 𝑦𝑜𝑢𝑟 𝑣𝑖𝑙𝑙𝑎𝑖𝑛 ༉‧₊˚✧ Aslam nunca salvou o traidor. Talvez, no fundo, ele soubesse que não havia como salvá-lo; seu coração era de gelo, assim como o da mulher que o recebeu como a um filho. - Você é igual a mim, Edm...