Nosso Querido Lua (Akaza x Rengoku)

Cap 15

Shinjuro nos expulsa de sua residência, porém antes de deixarmos o local, Senjuro vem até nós e agarra a manga de meu kimono.

Senjuro: -Você disse que seria a última vez que nos veria... Mas é o seu... "parceiro"... quem vai morrer... Por que seria a última vez? 

Kyōjurō: -É que eu já sabia que ele nunca mais ia querer me ver, muito menos falar comigo. E sendo sincero, não ficarei surpreso se você também não quiser.

Senjuro: -Por que eu não falaria mais com você?! Eu te amo, irmão! Você é o melhor irmão que alguém poderia ter! -Seus olhos se enchem de lágrimas e ele me abraça. -Por favor, não me deixe, irmão!

Eu o abraço de volta e eu e meu marido nos entreolhamos.

Kyōjurō: -Você... pode vir morar comigo... eu acho... O que você acha, amor?

Akaza: -Eu vou morrer, lembra?

Kyōjurō: -Ah, é... Mas o que você acha dele vir com a gente?

Akaza: -Não vai ser meio traumatizante pra um garoto dessa idade assistir uma execução?

Kyōjurō: -Você quer vir, Senjuro?

Senjuro: -Sim.

Kyōjurō: -Ótimo! Então vamos!

Nós três então partimos rumo ao local da execução.

No meio do caminho, Akaza me abraçar por trás e começar a dar vários beijinhos em meu pescoço.

Kyōjurō: -O que tá fazendo, benzinho? -Pergunto rindo.

Akaza: -Te dando todo o meu carinho antes de não poder mais.

Kyōjurō: -Ah, meu príncipe.❤️ Assim eu vou chorar.

Akaza: -Eu te amo tanto Kyōjurō, queria poder passar mais tempo ao seu lado...

Kyōjurō: -Eu também, meu dengo... Eu também...

Ele beija suavemente meus lábios, me surpreendendo, e eu logo retribuo o beijo. 

Akaza: -Eu te amo muito, muito mesmo. Você não faz ideia.

Kyōjurō: -Você tá prestes a literalmente morrer por mim, acho que eu faço uma ideia sim.

Nós rimos, mas a piada e o nosso grude parece deixar Senjuro desconfortável.

Senjuro: -Irmão...

Kyōjurō: -Diga.

Senjuro: -Eu... tinha medo de te perguntar antes, mas... Então tá tudo bem eu... gostar de um garoto?...

Kyōjurō: -Irmãozinho, eu tô casado com um homem. Você ainda tem dúvidas? -Nós três rimos.

Senjuro: -Tem razão...

Kyōjurō: -Mas por que isso do nada?

Senjuro: -Eu já tava esperando ter uma brecha pra falar com você sobre isso longe do nosso pai desde que eu vi vocês dois se beijarem a primeira vez. Acontece que... tem uns anos que eu tava de olho num garoto fofo que eu conheço, mas achava que eu tava louco...

Akaza: -Ah, que legal! Você devia ir falar com ele.

Kyōjurō: -Olha, vou confessar aqui que desde cedo eu sempre soube que gostava de garotos, mas escondi por medo de não ser aceito no esquadrão.

Akaza: -Quando eu era humano eu era casado com uma mulher, mas ela morreu e eu enlouqueci. Por muito tempo eu nunca tive interesse por mais ninguém, nunca que eu ia imaginar que um dia eu me apaixonaria perdidamente por um homem.

Kyōjurō: -Sério? 

Akaza: -Aham.

Kyōjurō: -Coisas novas aqui. Vivendo e aprendendo.

Nós conversamos e brincamos durante todo o percurso, até que infelizmente chegamos no local da execução.

Kagaya: -Finalmente.