Cap 5

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POV Rengoku

Mesmo que todos os meus amigos tenham sugerido que eu me aposentasse por causa das feridas irreversíveis que Akaza me deixou em nossa batalha, escolhi continuar lutando até o fim da minha vida.

Ando pela pequena vila onde fui enviado para mais uma missão, procurando por um oni, mas me surpreendo ao encontrar Mitsuri sentada na grama acenando para mim.

Mitsuri: -Rengoku-san! Aqui!

Confuso, ando em direção a ela e me sento ao seu lado.

Rengoku: -Eu não sabia que ia fazer missão com você dessa vez. -Inicio a conversa.

Mitsuri: -Ah não, não é missão haha. Eu pedi pro Mestre Kagaya te mandar vir aqui.

Rengoku: -Ué, por que?

Mitsuri: -Porque sua esposa mandou uma carta falando que tinha uma surpresa pra você e pedindo minha ajuda pra fazer essa surpresa.

Rengoku: -Esposa? Eu não tenho esposa.

Mitsuri: -Então quem mandou a carta?


Rengoku: -Ah, deve ter sido meu noivo então. Se não for ele eu sinceramente não sei quem pode ter sido.😀

Mitsuri: -V-você tem um noivo?!

Rengoku: -Eu não te falei? Desculpa. -Dou um sorriso sem graça.

Ela me julga em silêncio com uma leve careta de nojo, embora tente não demonstrar por respeito.

Mitsuri: -Na carta diz que é sua esposa....

Rengoku: -Ele deve ter colocado assim por vergonha.😀

Mitsuri: -Faz sentido... Mas enfim, é melhor você se arrumar logo pra "receber" a surpresa, porque onde a gente vai é meio longe!

POV Akaza

Douma: -Parece que alguém quase morreu hoje. -Ele me provoca.

Akaza: -Não enche, Douma.

Douma: -Você quer se casar com um hashira? Sério? -Ele debocha com aquele sorrisinho irritante dele.

Akaza: -Nós nos amamos, mas você não sabe o que é isso, porque não tem sentimentos.

Douma: -Se amam mesmo? Ou você ama ele sozinho? Pelo o que disseram, ele não parece gostar de você tanto quanto você gosta dele. Vamos ser sinceros, ele está te iludindo.

As palavras de Douma atravessam meu coração como uma faca e ecoam na minha mente.

Akaza: -O-o Kyōjurō nunca faria isso! E-ele me ama, ele disse que me ama! E o que você quer dizer com "pelo o que disseram"?!

Douma: -Bom, você que sabe. Depois não diga que eu não avisei. -Ele debocha antes de ir embora se arrumar.

Akaza: -VOCÊ NÃO RESPONDEU A MINHA PERGUNTA!!! Merda.

Ignoro o ocorrido e me arrumo para meu encontro. Tomo um bom banho, penteio meu cabelo e me visto com um um kimono tradicional de casamento.

Vou ao local que eu marquei com Mitsuri, e quando deu o horário que combinamos, avisto ela e Kyōjurō chegando no pequeno altar improvisado no templo de Douma onde eu e o outro Lua Superior os esperávamos.

⚠️Aviso⚠️
Eu não sei como funciona um casamento tradicional japonês e quase não se acha nada sobre na internet, por isso a cena do casamento a partir de agora será escrita com base na cerimônia tradicional européia.


Mitsuri se senta em uma cadeira junto de alguns servos curiosos de Douma, e Kyōjurō, que também veste um kimono tradicional de casamento, sobe confuso no altar, onde nos ajoelhamos lado a lado.

Douma inicia a cerimônia com um discurso sobre o amor e a união, sobre este casamento representar a promessa de que sempre amaremos um ao outro até o fim de nossas vidas. Depois do discurso, enfim a pergunta que definirá nossos destinos.

Douma: -Akaza, você aceita Rengoku Kyōjurō como seu marido na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza, até que a morte os separe?

Akaza: -Aceito. -Uma lágrima de felicidade cai pelo meu rosto enquanto eu sorrio emocionado para Kyōjurō.

Douma: -E você, Rengoku Kyōjurō? Aceita Akaza como seu marido na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza, até que a morte os separe?

Rengoku: -Aceito! -Ele responde com um largo sorriso enquanto enxuga suas lágrimas.

Douma nos entrega duas alianças douradas, as quais eu e meu agora marido ambos colocamos um no anelar esquerdo do outro.

Douma: -Se alguém tem algo contra este casamento, diga agora ou cale-se para sempre.

-Eu protesto! -Grita um homem de uns 40 anos revoltado. -Isso é um absurdo! Como pode permitir algo assim?! Um homem não pode se casar com outro homem!

Douma: -Ninguém? Ótimo! Vamos prosseguir com o casamento. -Ele ignora o homem. -Com os poderes concedidos a mim pelos deuses, eu agora vos declaro marido e marido. Podem se beijar.

Eu e Kyōjurō nos levantamos e ficamos um de frente pro outro. Kyōjurō acaricia levemente minha bochecha antes de selarmos nossos lábios num longo beijo apaixonado enquanto ouvimos os aplausos dos poucos convidados.

Nosso Querido Lua (Akaza x Rengoku)Where stories live. Discover now