Cap 7

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Akaza: -M-M-Mestre.... -Gaguejo ajoelhado diante de Muzan.

Muzan: -Como ousa?!?! Como ousa me dizer que se recusa a comer humanos?!?! Eu te permiti não comer mulheres, eu te perdoei por ter falhado miseravelmente em sua missão, eu te dei o poder que tanto queria, eu te tornei um dos Lua Superiores mais poderosos!!! Eu fiz tudo isso porque realmente te amo!!! E agora você inventa isso?!?! Você está abusando da sua sorte, Akaza!!!

Douma: -Mestre, se acalme. Apesar de ter centenas de anos, a mente de Akaza ainda tem 18, é apenas um adolescente passando por uma fase rebelde.

Muzan respira fundo e se acalma um pouco.

Muzan: -Você está certo, mo- Douma... -Seu rosto cora levemente ao quase errar o nome do albino, e eu finalmente entendo sua reação estranha semana passada.

Akaza: -O que?! Como?! Quando?!

Muzan: -Não é da sua conta!

Akaza: -P-perdão.

Muzan: -Olha, Akaza, eu realmente amo muito você, então te darei mais uma chance. Pare com essa palhaçada e volte a comer humanos, que eu finjo que isso nunca aconteceu.

Desvio meu olhar para o chão refletindo sobre a situação e criando coragem para revelar a verdade.

Akaza: -Não adianta eu pedir perdão, meu Mestre, pois sei que não me perdoará por minha rebeldia. Estou plenamente ciente de todas as punições que me aplicará por isso, porém estou disposto a qualquer coisa para seguir cumprindo a promessa que fiz ao meu marido, mesmo que isso custe minha vida.

Muzan se enfurece novamente e se prepara para me atacar, quando Douma o interrompe.

Douma: -Mozinho, relaxa, deixa ele... É só uma fase, logo logo ele desiste dessa bobagem... -Ele fala arrastado com uma voz boba e manhosa enquanto abraça Muzan, esfregando sua cabeça na dele.

Muzan: -Me chama de "mozinho" de novo e nunca mais vai dizer uma palavra, não me testa. -Ele furiosamente ameaça Douma, que, sem surpresa nenhuma, ignora totalmente.

Douma: -Você sabe, se ele não devorar humanos ele vai acabar perdendo o controle e comendo o marido dele, e não no sentido bom. É só questão de tempo. -Ele fala normal dessa vez, porém ainda abraçando Muzan.

Suas palavras novamente atravessam minha alma e ecoam na minha mente. Meu coração começa a bater muito forte, o suor frio sai de meus poros incessantemente, meu estômago embrulha, minha visão fica turva. A ansiedade toma conta de mim a cada vez que penso na imagem hipotética de Kyōjurō morto em minhas mãos por eu ter perdido o controle. Por que?! Por que me apaixonei por ele?! Me casar com ele foi um erro! E se eu realmente atacar ele?! Ele não está seguro perto de mim! É sempre assim! Eu sempre sou um perigo para aqueles que eu amo! Meu pai só se matou por minha culpa! Koyuki e Keizo não teriam morrido de forma tão brutal se nunca tivessem me conhecido! E agora a vida de meu marido pode estar em risco por culpa minha! Por que, Deus?! Por que?!
Dizer que eu mereço a morte é pouco.

Douma: -Akaza-dono, o que houve? -Ele pergunta aparentemente preocupado.

Muzan: -Se você ama seu marido, Akaza, se afaste dele e devore vários humanos antes que seja tarde, antes que você devore quem você ama...

15 segundos do mais puro silêncio, quebrados pelo som de minha respiração ofegante e meus soluços dada a minha tentativa falha de não chorar.

Akaza: -S-s-sim, Mestre...

Muzan: -Ótimo. Você sabe que isso é pro seu bem, filho.

Ele me abraça calorosamente e acaricia meus cabelos, o que acaba sendo a chave para eu desabar em lágrimas.

Nosso Querido Lua (Akaza x Rengoku)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora