Cap 31- no fundo distante de uma banheira

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já era quase 2 da manhã e Jean  estava sentando em sua cama jogando no computador. Ele escuta um barulho vindo da janela do seu quarto, ele achou que não fosse nada demais então ignora.

o barulho fica mais forte e o faz levantar da cama rapidamente e olha pela janela, quando ele a abre e olha pro lado de fora, está uma pessoa com casaco e capuz. Ele estava cambaleando de um lado para o outro e estava muito escuro então ele não conseguiu vê quem era.

Jean: ta achando isso engraçado porra? Quem é você?

Ele tira o capuz e na hora Jean arregala os olhos quando vê seu rosto, mas logo sua expressão muda para raiva.

Jean: Eren?? O que merda você tá fazendo na minha casa??! é melhor você ir embora eu não quero olhar pra porra da sua cara e muito menos falar com você

Eren: eu- não- eu

Ele estava com dificuldade de falar, parecia extremamente bêbado

Jean: você está bêbado? Era só o que me faltava!

Eren: por favor, so- so me deixa entrar

Jean coloca sua mão na testa

Jean: ah... eu não tenho escolha, tenho?

Eren: então?

Jean: me espera na porta dos fundos e não faz barulho!

Jean fecha a janela e desce as escadas sorrateiramente até a porta. Quando ele abre, Eren está parado na porta com uma garrafa de bebida na mão.

Jean: porra, você continua bebendo? Me dá isso aqui!

Jean toma da sua mão e coloca no canto da porta do lado de fora onde tinha um arbusto.

Jean: isso na sua roupa é sangue? Você brigou também??! O que merda aconteceu com você??!

Eren: eu-

Ele cambaleia para o lado como se fosse cair, mas Jean o segura na mesma hora

Jean: merda! A gente vai subir, mas sem barulho você tá me ouvindo?!

Eren: ta ta

Jean coloca seu braço ao redor do seu pescoço e o segura firme para que ele não caia. Quando enfim chegam ao quarto, Jean o coloca deitado em sua cama.

Jean: você não vai dormir na minha cama nesse estado, vai tomar um banho agora!

Eren tenta levantar mas acaba rolando da cama no chão

Jean: merda, Eren!

Jean o ajuda a se levantar no chão e o coloca novamente em sua cama.

Jean: parece que eu vou ter que te dar banho.

Jean tira a sua calça enquanto ele ainda está deitado e depois o coloca sentado na cama pra tirar seu casaco e blusa

Eren: queria tanto assim me ver sem roupa era só pedir.

Jean: não estou afim das suas gracinhas agora.

Jean o levanta enquanto o segura firme até o banheiro. Ele o coloca dentro da banheira que já estava derramando água.

Jean: eu vou buscar o sabão

Quando Jean está prestes a se levantar, Eren segura na sua blusa

Eren: entra comigo.

Jean: você tá ficando maluco? Eu não quero ficar sem roupa na sua frente

Eren: se você não entrar, eu vou gritar

Jean: nem fudendo que você faria isso

Eren: OI TIA, VOCÊ SABIA QUE-

Jean coloca a mão na boca do Eren

Jean: ta bom porra, agora cala a boca!

Ele se levanta para pegar o sabão e começa a tirar a roupa enquanto Eren ficava o observando

Jean: o que você tá olhando, hein?!

Eren: essa vergonha não tem sentido, não tem nada aí que eu não tenha visto

Jean: cala a merda da boca e chega pra lá

Jean o afasta e fica atrás dele para poder segura-ló e conseguir ajudar.

Ele pega o shampoo e começa a lavar seu cabelo.

Jean: você... ta se sentindo melhor?

Eren: ham... ta preocupado?

Jean: claro! Você aparece na minha casa do nada, bêbado e com sangue na roupa! O que quer que eu pense?

Eren: relaxa, eu não matei ninguém

Jean: não é isso que eu to perguntando...

Eren: sabe, quando eu era criança, eu e a minha mãe quase todo final de semana minha mãe me levava a lugares diferentes, até fora da cidade. A gente se divertia muito e comia muita coisa diferente e gostosa. Ela fazia isso pensando que isso poderia suprir a falta do meu pai, mas eu sempre perguntava " o papi vem dessa vez?" E ela sempre me respondia com um sorriso que ele estava ocupado mas sempre pensando em mim. Um dia eu a vi chorar em um desses passeios que fizemos, cara, aquilo me deixou completamente triste. Pra mim, era minha culpa, que essa pergunta foi o que deixou ela triste, então eu resolvi parar de perguntar... foi quando eu a vi brigar com ele pela primeira vez, e foi nesse dia, que ela se foi. Desde então, eu me senti culpado s completamente vazio. minha personalidade foi mudando e era até difícil pra mim saber quem eu era de verdade, eu tentei afastar todos a minha volta mas mesmo assim a Mikasa e o Armin não me deixaram, por mais cruel que eu tivesse sido com eles, eles sempre estavam lá para me chamar pra brincar com um sorriso no rosto. Acho que se não fosse por eles, eu não estaria mais aqui. Meu pai bebia muito, ele nunca foi de beber em casa mas passou a fazer isso frequentemente então era mais uma culpa pra carregar. Sabe o dia em que a minha mãe morreu? Eu achei que meu pai estivesse trabalhando, mas na verdade ele estava bebendo. Ele não sabia o que tinha acontecido até alguém o levar até o hospital. Eu acabei me descontrolando e bati no meu pai, mas mesmo depois de ter o ouvido e feito isso, eu não consigo tirar a culpa ainda de mim. Parece que ainda assim eu podia fazer algo e não fiz. De algum jeito, parece ser sempre a minha culpa.

Jean o abraça por trás e encosta seu rosto em suas costas

Jean: Eren, você pode chorar. Não precisa olhar pra mim, apenas chore.

Eren fica parado, seu rosto começa a expressar como se fosse cair lágrimas, mas ele parece estar segurando.

Jean: se você não vai chorar, eu choro por você.

ele o abraça mais forte enquanto suas lágrimas começam a rolar de seu rosto.

Eren abaixa a cabeça e vê gotas de água caindo, quando ele menos percebe, seu rosto está coberto de lágrimas. os dois se encontravam dividindo suas dores enquanto suas lágrimas rolavam e se misturavam com a água até que virasse um rio fundo e distante de lágrimas para que lavasse toda a dor que ali se encontrava.

Love to three- De repente trisal Where stories live. Discover now