Divindades!

Mergulhe em mim!

Ele e Takemichi tinham algo que poderia ser considerada um relacionamento. Agiam como casal quando juntos, se beijavam, trocavam caricias e transavam para caralho. Conversavam o tempo todo por mensagens quando não estavam juntos e tinham acesso a tudo um do outro – inclusive tinha as chaves de Takemichi, assim como ele tinha a sua. Porra, ele literalmente dormia no quarto do Hanagaki quando visitavam a família dele, mesmo podendo ter um quarto para si.

Mas nunca teve nenhum pedido, e definitivamente nunca tentou falar que o amava. Nunca teve interesse em nenhuma outra pessoa, então Takemichi foi seu primeiro e único por todos esses longos anos. E por mais que ache que o moreno também nunca se entregou a outro tinha certas dúvidas já que vez ou outra via intimidade demais entre ele e alguém – Alessio e Ayanoji por exemplo.

Estava bem com isso. Não ligava de não ser retribuído por Takemichi, ou até mesmo saber que ele ficou com outro se viesse a acontecer. Estava muito bem em aproveitar do que tinham, da forma que tinham. Mas por causa da boca grande do Sanzu ele não sabia se ia continuar.

Porra, Takemichi era alguém que prezava tanto os sentimentos de quem era proximo, poderia encerrar o envolvimento deles por não querer o magoar mais – o que não era verdade. Ou talvez pudesse até mesmo tentar um relacionamento apenas para que ficasse feliz – o que não era o que queria também. O moreno considerava uma amizade com benefícios até o momento e agora sua visão sobre isso ia mudar.

Até mesmo a possibilidade absurda de Takemichi se afastar por se sentir ofendido, achando que o usou esse tempo todo, lhe assombrava.

— Porra. Porra. Porra! — O Imaushi se encaminhou para o canto onde tinha uma mesa e pegou a garrafa que ali tinha. Não sabia se tinha coragem de conversar com Takemichi e descobrir de que forma ia mudar as coisas entre eles — Preciso achar alguém para descontar esse estresse, Takeomi não vai deixar que eu chegue perto do Sanzu de novo.

Odiava isso. Odiava o quanto se descontrolava quando o assunto era Takemichi. Odiava que sua indiferença era substituída por milhões de pensamentos e sentimentos tão irritantes. Odiava mais ainda amar isso e qualquer outra droga de coisa mínima que envolvesse o mais novo.

Wakasa suspirou enquanto ia até o saco para colocá-lo no lugar novamente. Talvez para isso precisasse pegar a escada e ligar a luz, e por isso desistiu. Treinar de madrugada era um passatempo que sempre o deixava calmo, seja com oponentes ou sozinho. Era uma coisa eu sempre fazia junto a Takemichi. Nunca se importou com a iluminação nessas horas considerando que tinha uma visão muito boa, mas agora juntando a baixa luminosidade com sua obvia distração rendeu-lhe ser pego de surpresa.

Seus pulsos foram segurados juntos com força acima da cabeça de um modo que seus pés não estavam tocando o chão, suas costas bateram na parede arrancando um arquejo, uma coxa pressionou sua parte intima, ajudando seu corpo com um apoio e uma mão foi até seu pescoço, o enforcando levemente. Wakasa só pode arregalar os olhos ao ter um vislumbre do atacante antes de seus lábios serem tomados em um osculo bruto, sem espera alguma para se aprofundar.

Como o moreno havia o encontrado ele não sabia, mas como toda vez se rendeu ao desejo e gosto de café dos lábios de Takemichi. Retribuiu o beijo afoito e sentiu o corpo do outro colar ainda mais em si. Quando a falta de ar chegou Wakasa não teve tempo algum de formular uma frase, um gemido arrastado rompendo de sua garganta quando a boca de Takemichi atacou seu pescoço maltratando a pele lisa onde a mão não cobria.

Com o foco do Hanagaki em marcar sua derme aproveitou para soltar seus pulsos, então agarrando o cabelo negro e o puxando para afastar a boca de si. Os olhos oceânicos se focaram nos lilases, a mesma intensidade de sempre, cativando Wakasa, convidando-o a mergulhar fundo.

— O que você está fazendo? — A pergunta foi baixa. De todas as possibilidades não pensou que Takemichi estaria ali o beijando da mesma forma que sempre fez.

— Eu quero você — A voz de Takemichi soou arrastada e rouca.

Wakasa sentiu a ereção ser pressionada contra seu corpo. O Hanagaki estava lhe retribuindo o sentimento? Ou havia chegado à conclusão de que queria continuar como estavam? Talvez uma despedida? Não importava. Enquanto o mais novo desejasse seu corpo ele o teria. Ele sempre aceita o convite para conhecer a profundidade azul. Tão profunda quanto o mar que gostavam de banhar, onde jamais conseguia explorar tudo que tinha a lhe oferecer.

Os lábios voltaram a se tocar, as línguas dançando e explorando, as mãos atrevidas passeando por sob as roupas. Wakasa sentiu o corpo de Takemichi se afastar do seu e seus short ser retirado, assim como a cueca, em seguida ser impulsionado para envolver suas pernas na cintura alheia. O bicolor desceu as mãos para a calça de Takemichi sentindo a pressa do moreno ao ter sua boca invadida por três dedos. Wakasa conseguiu libertar o membro do Hanagaki, mas não pode dar atenção ao ser obrigado a buscar mais apoio pelo moreno ter levantado sua perna a colocando em seu ombro e invadido sua entrada com dois dedos.

— Muito... Rápido — Mesmo em meio a gemidos o bicolor conseguiu falar com clareza.

— Você sempre diz que eu levo muito tempo para te preparar, só estou escutando seus desejos dessa vez — Takemichi murmurou entre beijos que distribuía do ombro até a orelha e sem diminuir o ritmo dos movimentos — Hoje vou atender todos eles, é só me dizer o que quer. Então me diga Wamai.

Apesar do pedido o Hanagaki juntou os lábios novamente, atraindo a língua de Wakasa para a sua, em seguido a chupou. O moreno afastou o rosto do mais velho quando introduziu o terceiro dedo, observando a bagunça que causava em Imaushi, que só ele conseguia. Diminuiu a velocidade sabendo que o bicolor já estava preparado o suficiente. As sobrancelhas loiras se juntaram, um vinco entre elas quando sentiu falta dos dedos em si e de qualquer movimentação, abrindo os olhos para ver o sorriso de Takemichi.

— Por que parou?

— Me diga o que você quer Wamai.

— Você sabe o que eu quero Genko — Não desviou os olhos do rosto de Takemichi, as vezes odiava essa enrolação — Eu quero que enterre seu pau fundo em... Ah!

Takemichi não esperou que ele completasse, já penetrando o de olhos lilases inteiramente e não dando tempo para que Wakasa se acostumasse começou a bombear rápido, arrancando gemidos a cada movimento onde se retirava e enterrava novamente. O bicolor não controlou volume, gritando enquanto sua próstata era acertada ritmicamente e seu pênis estimulado por Takemichi. Bem, isso não era uma novidade, o primeiro duque não era silencioso.

Aquela madrugada seria longa.

Notas da autora:
Eu sou viciada nesse homem, pqp. Wakasa podia ser real, eu ia lamber o chão que ele pisa.

EITA BEBÊ, CAPÍTULO INTENSO HAHA.
O que acharam disso? Tem muito mais vindo, posso garantir hehe.

Leãozinhos, para informar estou me mudando. Não de casa, mas de estado.
As atualizações de Divindades continuam normais, tenho alguns capítulos escritos para isso, Ukai teremos um esse mês, na próxima semana. Mas os comentários infelizmente não serão respondidas até que eu termine a mudança completa, não terei tempo antes disso.

Enfim, feliz ano novo, que venham muitas histórias pra frente!