#DarkoMoranguinho
Capítulo não revisado.
Passos rápidos. Tão rápidos que o impacto dos tênis surrados contra as pedras brutas, produziam um chiado semelhante ao roer de um coelho contra uma superfície maciça. A respiração ricocheteou o vento e atingiu as próprias bochechas magras, causando quentura. Estava quase lá, contava os minutos de encontrar a flor que havia plantado há poucas semanas, já grande e exalando perfume.
Os fios já bem crescidos eram sua marca registrada e o vento já o recebia com uma rajada que os alongava da posição anterior, ajudando-o a ver o ambiente com mais clareza.
Sentiu a energia metamórfica, aliás, houvera sentido antes mesmo de sair de casa. Odiava o sentimento de estar sempre em perigo mas não podia evitar a ânsia de visitar o local de paz.
— Hmm — o gemido assustou o rapaz.
Uma pausa bruta. As orbes escarlate varreram o local, buscando pelo dono do som. Era estranho, o jardim já era de seu domínio e não tinha quem desse ares por ali. Farejando como um cão em busca de um osso perdido, suas pernas o levaram até próximo a única árvore presente ali.
Em um outono cinzento, encontrou algo que por muito custou a se dar o direito de acreditar. Um garoto, caído sobre as folhas secas que um dia foram laranja vivo; fios dourados caiam esparramados sobre o cinza da estação, o corpo magro com poucas marcas que deixavam o branco pálido avermelhado. Os olhos eram dourados, as mãos cobriam parcialmente as partes que o tecido surrado faltaram cobrir.
— Um anjo.
Suspirou em meio a crença de que aquele ser era de fato celestial. Plantou flores pela esperança e recebeu o símbolo literal em favor.
— Deus — os fios banhados pelo sol moveram juntamente aos lábios.
— Você está machucado, anjo — o de olhos escarlate ajoelhou-se perante o outro, a mão receosa estendeu turva diante dos olhos dourados — Consegue me entender?
— Deus — repetiu em tom choroso, encolhendo-nos corpo magro contra si mesmo — Senhor, me salve!
Franzindo o cenho, o dono daquele jardim tocou a pele dos ombros do anjo; que elevou os olhos, vendo pela primeira vez um ser vivente naquele mundo. Não esperou sentir nada além de medo, acabou por encontrar algo que o céus não tinham de oferecer.
O escarlate profano chocou em um baque direto contra o dourado angelical, um sentimento cru cresceu à mercê das divergências que já era proclamada atraente daquele banho de olhares esmerados, que parecia despi-los da libido. Naquele segundo, instante e futura eternidade, era deles e de mais ninguém o direito de escolher o oposto.
— Lindo — foi a primeira palavra que ele direcionou ao dono do jardim e não deixou que morresse assim — Profanamente lindo.
Nem o mais belo dos anjos, pertencente aos céus, se igualava a criatura de orbes sangue, era tão diferente de um anjo porém o mais próximo que aquele mundo poderia oferecê-lo do paraíso. Pele alva beijada pelo sol que morria para que a lua renascesse, de toque quente que acolheu os sentimentos doloridos que rodeavam a mente do celestial.
— Como veio parar aqui? — Questionou — Foi expulso do céu?
Ele não sabia como responder a pergunta, as lembranças dos últimos momentos no paraíso pareciam mais um sonho distante do que a vida que ele costumava ter. Os ombros subiram e desceram ao que os olhos esbugalhados deixaram o brilho dourado de apagar.
ČTEŠ
The Saints of the blood ♱ Jjk + Pjm
FanfikceO sangue. A mistura irreal entre o bem e o mal deram origem a criança maldita, uma criatura peculiar. Fruto do pecado, agora anda pelas ruas do mundo mortal como se fosse um deles; Sem um coração e com as mãos gélidas como o inverno, Jeon Jungkook s...