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Narrator's

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AJAX se arrastava no chão, lentamente, passando uma mão e depois a perna, e por ai vai.

- Já sei! Uma minhoca! - Xavier disse e Ajax fez que não com a cabeça.

- Uma tartaruga? - Ghost inclinou a cabeça para o lado e deu uma mordida na sua bala de goma de minhocas.

- Meu deus! Eu sou um crocodilo! - Ajax revelou se levantando indignado.

- Porque estava tão devagar? - Ghost franziu o cenho, fazendo uma expressão de dúvida.

- Você é muito ruim com mímicas - Xavier falou rindo e Ajax arremessou um travesseiro contra ele. 

Os meninos estavam tentando distrair Ghost ao máximo, para que ela não se lembrasse de sua irmã e surtasse.

- Certo, minha vez - Xavier se levantou - eu sou um objeto - Ele colocou os dois braços retos do lado da cabeça e ficou parado naquela posição.

- Eu não sei, você é um...- Ajax parou para pensar - uma chave? - 

- Não - Xavier respondeu.

- Uma pá! - Ghost disse apontando para o menino.

- Negativo - 

- Um poste de luz ? - Ajax estreitou os olhos - ou será que é um cabide ? - 

- Nenhum dos dois -

- Um pincel ! Você adora pincéis - A garota exclamou crente que tinha acertado.

- Verdade, mas não - Ele abaixou os braços revirou os olhos - Qual é, eu sou um garfo! - 

- Um garfo? - Ghost e Ajax perguntaram em uníssono e os três riram.

- Você é péssimo, só não é tão ruim quanto o Ajax - Ghost disse dando um beijo na bochecha do namorado, e depois se levantou - Certo, eu sou um filme - 

E assim eles passaram a tarde, estava chovendo e as aulas tinham sido suspensas por causa da morte do prefeito, Ghost conseguiu passar a tarde sem pensar nos problemas com a irmã, conseguiu esquecer que viu o tio Chico mais cedo e também que sua melhor amiga tinha saído do dormitório delas. 

[...] 

Já era tarde da noite quando Ghost voltou para o quarto dela, e para a infelicidade dela, Wandinha e ela chegaram ao mesmo tempo. 

A gêmea mais nova abriu a porta e entrou na frente da irmã, mas parou quando as duas viram o quarto inteiro bagunçado.

- Mas oque? - Ghost murmurou

- O diário - Wandinha arregalou os olhos - Mãozinha? - Mas Ghost já tinha achado ele, na parede com uma faca cravada no meio da sua mão. 

- Ai meu deus - Ghost tirou-o da parede com sua telecinese - Rápido, Wandinha, não solte a minha mão - Ela segurou a mão da irmã e fechou os olhos, imaginou-se com Tio Chico, e quando abriu os olhos, ela, Wandinha e Mãozinha estavam na cabana do Tio. 

- Tio Chico! Socorro! Mãozinha não está se mexendo! - Wandinha acordou o tio aos gritos.

Tio Chico usou seus poderes para fazer Mãozinha se mexer de novo, e depois de um tempo, ele se mexeu. Mãozinha estava a salvo. 

Wandinha enxugou as lágrimas e respirou fundo.

- Não tem problema chorar - Ghost murmurou para a irmã, com os olhos cheios d'água também - Ninguém é 100 por cento frio Wandinha, e sinceramente, tentar ser assim não faz você melhor doque ninguém - A poltergeist disse antes de desaparecer. 

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NOTAS DA AUTORA 

Aguardem o próximo capítulo, tchaaau!

GHOST - xavier thorpe Where stories live. Discover now