Admiração

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Quando acordou no sábado, seu primeiro instinto foi tatear o lado frio da cama vazia.
Ele chamou por "Hannie", mas esse já não estava mais lá, levantou, bateu na porta do banheiro, verificou a sala e a cozinha. Nada.

Minho voltou para o quarto e pegou o celular, pensando que talvez o acompanhante noturno pudesse ter deixado uma mensagem. No lugar, ele encontrou sete ligações de sua mãe, três de seu pai e uma de seu irmão.

"Você já acordou? Mamãe tá surtando muito aqui💀
maninho, 07:33 (18:33 edt)"

"Atenda sua mãe. Depositei dinheiro em sua conta, alugue um carro e vá para os seus tios em Chungcheongnam-do.
Pai, 08:01 (19:01 edt)"

O rapaz retornou a ligação para a família e quando a mensagem de Jisung chegou, seu celular estava no silencioso, guardado na rápida mala de mão, enquanto Minho esperava o funcionário da locadora de veículos validar sua carteira de motorista americana e a licença internacional.

A montanhosa Seosan ainda era exatamente como Minho recordava, úmida e carregada de poeira asiática primaveril. Assim que desceu do carro, ele abriu a bolsa para pegar uma máscara descartável, o icon de notificação brilhou na tela do telefone.

- Minho-ya!

- TIO! - esqueceu-se do celular assim que ouviu a voz do homem grisalho.

- Você cresceu tanto! - esfregou a cabeça do sobrinho que não via há dez anos - E o baixinho pimenta do seu irmão?

- Hoje ele é praticamente da minha altura, mas ainda é um nanico pra mim!

- Ayah... Fiquei surpreso quando sua mãe ligou, você não precisava vir, seu velho aqui ainda dá conta!

- Não se preocupe, tio! Onde está a tia?

- Lá dentro. Venha, vamos entrar.

A família de sua mãe era quase toda de Seosan, enquanto a de seu pai era de Gimpo.
Haein, irmão mais velho de Haeyeon, era o tio favorito de Minho, ele e sua esposa nunca tiveram filhos ou saíram da província de Chungcheongnam, mas tratavam seus sobrinhos como se fossem seu mundo todo.

Sempre que podia, o tio levava ele e o irmão para pescarem e eventualmente, Minho se tornou muito bom nisso já que era calmo e paciente o suficiente. Quanto ao mais novo, o "pimentinha", ficava contente apenas de poder brincar na água e caçar insetos.

Haein foi quem os ensinou a andar de bicicleta, comer comida apimentada e as vezes até os deixava dirigir em seu colo ou furtivamente pegar doces antes do jantar, Minho secretamente o considerava mais seu pai, que seu próprio pai.

Sua esposa, Yeeun, também era muito querida. Amiga do tempo de escola de sua mãe, as duas ainda se davam muito bem e a tia sempre contava histórias vergonhosas da adolescência delas para os meninos. Ela era uma excelente cozinheira e ensinou quase tudo que sabia para eles. Apesar de Minho não passar de um nível básico nessa função, as memórias do calor do fogão e o cheiro doce no ar viviam sempre em sua mente graças a seu irmão, que reproduzia fielmente as receitas da mulher na cozinha fria da casa em Hankensack.

O que aconteceu foi que a ventania forte vinda da China, derrubou parte da estrutura fraca do quartinho que ligava a casa do casal e a mecânica do tio, com isso, a esposa de saúde frágil teria que dormir pelo menos três dias sob a poeira, não era um grande problema como Haeyeon fez parecer no telefone, mas Minho estava feliz em ajudá-los.

Depois de uma hora sendo mimado pela tia, o garoto e seu tio saíram até a cidade para comprar alguns materiais, Haein que havia ligado para a irmã apenas para pedir algumas coisas emprestadas, anteriormente teria que ir ao depósito dos Lee em Seoul para busca-las, mas graças ao sobrinho, isso não era mais necessário.

Tell me that you're still mine (minsung)Où les histoires vivent. Découvrez maintenant