Capítulo 22 - Queen

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 A batalha havia acabado, os orcs estavam quase todos mortos, os que sobreviveram e eram espertos fugiram de onde vieram, mas havia muitas baixas, tanto elfos quanto anões, homens e até animais, um dos dragões morreu em combate, ele deu a vida para proteger Erebor assim como todos.

Alysanne então decidiu sair dali e ir até Legolas, mas somente encontrou Thranduil após conversar com seu filho.

_ Cadê ele? _questionou Alysanne com seus olhos marejados e sua voz falha por conta da dor.

_ Decidiu, ir embora _explicou o elfo _ se me permite dizer, você e Legolas me lembram muito, eu e a mãe dele, éramos determinados, fieis ao nosso povo, dois guerreiros excelentes e ela era muito mais habilidosa do que eu, e isso rapidamente chamou minha atenção _contou o elfo deixando lagrimas rolarem em seu rosto _ vá atrás dele, não deixe que ele vá sem se despedir de você, é raro encontrar o amor em uma era de trevas assim _pediu o Rei Élfico fazendo a garota sair.

Alysanne desceu a montanha o mais rápido que pode, e avistou Legolas passando perto dos portões do Vale, mas ao contrário do que ela pensava, ele estava voltando até ela, quando ambos se encontraram, se entre olhavam diferente de todas às vezes, os olhos azuis da garota agora tinham um tom vermelho por conta do choro, ele cuidadosamente passou sua mão sobre o rosto da garota e então com os dois sentindo uma combustão de sentimentos, luto por seus amigos, adrenalina por conta da batalha e com o sentimento dentro deles crescendo, Legolas apenas a beijou. Um beijo calmo, mas contendo todos os sentimentos que ambos sentiam dentro de si, quando os dois se afastaram foram surpreendidos pelo povo da cidade que os aplaudiam enquanto os anões traziam o corpo de Thorin e Fili para a montanha.

A vitória fora assegurada antes do cair da noite, mas a perseguição ainda continuava quando Bilbo retornou ao acampamento, e não havia muita gente no vale, exceto os mais gravemente feridos.

_Onde estão as Águias? _ perguntou ele a Gandalf naquela noite, deitado e embrulhado em muitos cobertores.

_Algumas estão na caçada _ disse o mago, mas a maioria voltou para seus ninhos. Não queriam ficar aqui e partiram com a primeira luz da manhã. Dain coroou Kili como seu líder jurou-lhes lealdade eterna naquela noite.

_Sinto muito, quero dizer, gostaria de tê-las visto outra vez _ disse Bilbo sonolento _ Talvez eu as veja no caminho de volta para casa. Partirei logo, acho.

_ Assim que quiser _disse o mago.

Naquela manhã, os homens do vale tocaram a trombeta em homenagens às mortes daquela batalha. Enterraram Thorin bem fundo sob a Montanha, e Bard colocou a Pedra Arken sobre seu peito.

_ Que fique ali até que a Montanha caia! _ disse ele _ Que ela possa trazer boa sorte para todo o seu povo que aqui morar no futuro.

Sobre seu túmulo o Rei Élfico depositou então Orcrist, a espada élfica que fora tomada de Thorin no cativeiro. Contam as canções que ela brilhava na escuridão quando inimigos se aproximavam, e a fortaleza dos anões não podia ser pega de surpresa.

Mas algo aconteceu antes de Bilbo voltar ao Condado, após Thorin ser enterrado Legolas e Alysanne foram surpreendidos por dragões, não era somente um ou três, havia no mínimo dez dragões naquelas colinas que vieram a Erebor. Todas as serpentes estavam paradas próximas a Alysanne e Legolas os deixando confusos, até que um por um todos os dragões começaram a se curvar diante Alysanne.

_ O que eles estão fazendo? _questionou Legolas curioso ao lado da garota.

_ Estão se curvando diante de sua rainha _ comentou Gandalf vindo até Alysanne e Legolas junto a Bilbo.

Ela então apenas os olhou enquanto Kili junto a Tauriel traziam a ela um presente.

_ Thorin queria que ficasse com isso, é valyriana, veio com Smaug acredito _disse o anão entregando a Legolas uma coroa de diamantes negros que haviam alguns rubis e uma forma de dragão bem no centro.

Legolas então entregou a coroa a Gandalf e ele pondo a coroa na cabeça de Alysanne disse tais palavras:

_ Alysanne, a Rainha dos Dragões _disse o homem fazendo os dragões rugirem.

O exército élfico estava em marcha e, embora tristemente diminuído, muitos se sentiam felizes, pois agora o mundo do norte seria mais alegre por muitos longos dias, O Smaug estava morto, os orcs, derrotados, e seus corações esperavam ansiosos que o inverno se fosse e chegasse uma primavera de felicidade. Gandalf e Bilbo cavalgavam atrás do Rei Élfico e, ao seu lado, caminhava em largos passos Beorn, mais uma vez na forma de homem, e ele ria e cantava em voz alta na estrada. Assim, continuaram até se aproximarem das fronteiras da Floresta das Trevas, ao norte de onde saía o Rio da Floresta. Então pararam, pois, o mago e Bilbo não queriam entrar na floresta, embora o rei insistisse para ficarem um pouco em seu palácio. Pretendiam seguir ao longo da borda da floresta, contornar a extremidade norte, no ermo que ficava entre ela e o início das Montanhas Cinzentas. Era uma estrada longa e melancólica, mas, agora que os orcs estavam derrotados, parecia-lhes mais segura que as terríveis trilhas sob as árvores. Além disso, Beorn também estava indo naquela direção.

Bilbo passou por muitas dificuldades e aventuras até chegar em casa. O Ermo ainda era o Ermo e naqueles dias havia muitas outras criaturas ali além de orcs; mas ele foi bem guiado e bem protegido, o mago estava ao seu lado, e Beorn também, na maior parte do caminho, e não passou por mais nenhum grande perigo. De qualquer forma, quando chegou o solstício de inverno, Gandalf e Bilbo haviam percorrido todo o caminho de volta, ao longo das duas bordas da Floresta, passando pelas portas da casa de Beorn; ali os dois ficaram por um tempo. A Época de Iule naquela região era alegre e quente; e homens vieram de lugares distantes para banquetearem a pedido de Beorn. Os orcs das Montanhas Sombrias agora eram poucos e estavam apavorados, escondidos nos buracos mais profundos que podiam encontrar, e os Wargs desapareceram da floresta; portanto, os homens viajavam sem medo. Na verdade, Beorn depois tornou-se um grande chefe daquela região, governando uma ampla extensão de terra entre as montanhas e a floresta; e conta-se que por muitas gerações os homens de sua linhagem puderam assumir a forma de ursos e alguns eram homens rudes e maus, mas a maioria tinha o coração de Beorn, mesmo não tendo seu tamanho e sua força. Em seu tempo, os últimos orcs foram expulsos das Montanhas Sombrias e uma nova paz reinou no bordado Ermo. 

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