Capítulo 16 - Smaug and Aly

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Quando Aly e Legolas estavam um ao lado do outro, prontos para novamente seguir os orcs, provavelmente para uma armadilha, eles ouviram um estrondo que veio da montanha, fazendo a loira instantaneamente olhar para trás.

_ Saia daqui _ordenou ela enquanto tudo parecia normal na montanha e ele a olhou confuso.

_ O que foi? _questionou ele curioso com ela, então ele viu o dragão vindo em direção a Cidade do Lago e logo entendeu o que estava acontecendo.

_ Sai daqui Legolas, agora _ordenou ela novamente, fazendo o elfo a encarar por alguns segundos e ver os olhos da loira fervendo em raiva e então ele acabou escutando e indo em direção a ponte.

Sem demora, tão grande era sua velocidade, puderam avistá-lo, uma grande centelha precipitando-se em sua direção, crescente e mais brilhante, e nem o mais tolo duvidou de que as profecias revelavam-se erradas. Ainda assim, tinham algum tempo. Todas as vasilhas da cidade foram enchidas com água, todos os guerreiros foram armados, todas as flechas e lanças estavam prontas, e a ponte que conduzia á terra foi derrubada e destruída. Antes que o rugido da terrível aproximação de Smaug ficasse mais alto, e a superfície do lago se encrespasse, rubra como o fogo, debaixo do bater hediondo de suas asas.

Logo Smaug cuspiu fogo por toda a cidade, o fogo saltava das mandíbulas do dragão. Durante algum tempo ele voou em círculos acima deles, iluminando todo o lago: as árvores nas margens brilhavam como cobre e sangue, com sombras agitadas de um negro profundo aos seus pés. Desceu então num voo rasante, atravessando a chuva de flechas, imprudente em sua fúria, sem tomar o cuidado de expor aos inimigos apenas Os flancos cobertos de escamas, buscando apenas atear fogo á cidade.

O fogo subia dos tetos de palha e das pontas das vigas de madeira quando o dragão arremetia e passava, embora tudo tivesse sido encharcado com água antes que ele viesse. Mais uma vez uma centena de mãos joga vá água sempre que uma centelha aparecia. E o dragão voltava. Um golpe de sua cauda e o telhado da Casa Grande caiu e se destroçou. Chamas implacáveis erguiam-se na noite. Outro golpe, mais outro, e outra casa, e depois mais uma, explodiram em chamas e caíram.

Homens já saltavam para a água por todos os lados. Mulheres e crianças amontoavam-se em barcos carregados no lago do mercado. Armas eram atiradas ao chão. Havia choro e lamentação onde, pouco tempo atrás, cantavam-se canções sobre os anões, anunciando alegrias vindouras. Agora os homens amaldiçoavam seus nomes. O próprio Senhor da Cidade voltava-se para seu barco dourado, na esperança de escapar remando em meio á confusão e salvar sua pele. Logo toda a cidade seria abandonada e queimada até a superfície do lago.

Bard estava preso na prisão da cidade, graças ao mestre, mas por obra do destino ele lançou uma corda da janela da prisão e sem querer laçou o Senhor da Cidade e conseguiu escapar. Ele então correu e conseguiu subir em alguns telhados que ainda estavam parciais ou totalmente intactos e com um arco e algumas flechas nas mãos ele começou a atirar no dragão, ele sabia que não mataria o dragão, mas iria tentar.

Ele então chegou ao ponto mais alto da cidade, a torre do sino, e lá ele ficou, mas as flechas acabaram e quando ele achou que a esperança tinha se esvaído. Seu filho veio a ele com a flecha negra, e logo os dois avistaram uma garota loira correndo de telhado em telhado até eles e ao dragão.

_ Será que é ela? _questionou o menino vendo a loira se aproximar.

_ Bem, ela é a única que esta correndo atrás do dragão como se o conhecesse muito bem _rebateu o homem enquanto ela chegava até eles.

_ Espero que sua mira seja boa, arqueiro _disse a garota.

_ O que fará? _questionou Bard curioso.

_ Distrairei ele _respondeu ela, deixando o homem preocupado.

_ Como? Ele está preocupado em queimar a cidade no momento _informou o barqueiro.

_ Acredite, senhor, ele deseja minha cabeça mais do que o ouro daquela montanha _comentou a loira indo em direção ao dragão, pronta para lhe irritar, e ela sabia exatamente como faria isso.

_ Quem é você que se coloca contra mim? _questionou Smaug vendo Bard na torre do sino, quando o homem pegou seu arco percebeu que ele havia quebrado _ ora mais isso é uma pena _disse ele _ o que fará agora, arqueiro? Você foi abandonado, ninguém vai ajudá-lo _comentou o dragão até que Alysanne o olhou e disse:

_ Taoba! _gritou a garota rapidamente chamando a atenção do dragão, já que quase ninguém da Terra Media sabia a língua do Alto Valyriano, apenas os magos e as próprias pessoas de Valyria agora mortas.

_ Quem ousa me chamar de garoto? _questionou o dragão, mas antes que Alysanne respondesse ele se aproximou e quando a viu arregalou os olhos como se estivesse espantado ao vê-la.

_ Achou mesmo que eu iria deixar você destruir meu reino e tomar meu trono, sem lutar? Seu verme tolo _disse a loira com sangue nos olhos.

_ Esperei muito tempo por esse momento, saborearei cada pedaço do seu corpo quando eu a matar _respondeu o dragão.

E então o dragão foi para cima dela, mas a loira era mais esperta e quando ele vacilou, ela tomou novamente seu lugar em cima do mesmo, o deixando irritado, porém, de uma maneira incrível e quase inacreditável para os olhos, Alysanne cravou sua espada de aço valyriano no dragão. Uma espada normal jamais perfuraria suas escamas, mas tal espada era feito de garras de dragão, ou seja, tinham uma força impressionante, forte o suficiente para perfurar as escamas de um dragão. Apesar de lutar para derrubar a garota, Smaug acabou perdendo e a loira por segundos tomou o controle do dragão novamente.

O homem usava seu próprio filho para segurar a flecha negra, e assim ele fez, enquanto Alysanne puxava o dragão e às vezes perdia o controle dele.

Bard respirou fundo e quando o dragão se virou para derrubar Alysanne de suas costas e apenas lançou tal flecha que era maior que um homem de estatura media.

Smaug nem percebeu a flecha se aproximando, somente a notou quando ela passou pelo seu couro e chegou ao seu coração. O dragão foi em direção a torre do sino e a derrubou, após cair na cidade ele subiu voando a uns vinte metros de altura e então finalmente seus olhos se apagaram, Smaug estava morto.

No entretanto, Alysanne, para seu azar, ainda estava montada no animal, e apenas conseguiu soltar sua espada e a ela mesma dele, quando Smaug começou a cair em direção ao lago. Eram quase vinte metros de altura e a loira estava caindo, sem proteção nem ajuda, ela sabia que sua morte iria chegar naquele momento.

Enquanto Alysanne estava caindo ela apenas se entregou a morte, já estava próxima ao chão, mas antes de se chocar ao chão algo ou alguém a segurou e se jogou em um dos telhados da que não queimavam na cidade, a salvando da morte.

Dragon BloodWhere stories live. Discover now