Alice Pérez com certeza é uma mulher de gênio forte e muita opinião própria. Depois de receber uma ótima proposta de trabalho e se mudar para São Paulo, ela vê seu nome envolvido em uma polêmica, após fazer comentários sobre um certo jogador. O que...
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— Não sei oque é mais bonito, a calada da noite ou o brilho de seu sorriso. — disse o menino Piquerez, olhando atentamente a rua vazia de sua casa.
Sorri tímida e me permitir olha-lo com um certo brilho no olhar. Ainda me questiono como uma pessoa poderia usar tão bem as palavras, sem precisar se esforçar muito. Este era o Joaquin, o meu Joaquin. Tão perfeito quanto a luz da Lua.
— Hm, decorou essa jogador? — brinquei e o vi rir. Sua risada transmitia uma certa paz sabia e por questões de segundos tudo que queria era vê-lo sorrir para sempre. Ele ficava tão fofo.
— Não preciso decorar nada, você me inspira muito comentarista.
— Você falando assim me faz sentir especial... Não deveria despertar esse sentimento em jogador, afinal é um caminho sem volta...
— Mas você é especial Alice.
E pela primeira vez desde em que sentamos na calçada de sua casa, ele se prontificou a me olhar nos olhos. Suas pupilas castanhas foram o suficiente para fazer-me engolir em seco. Elas eram tão atrativas, que não conseguir deixar de olha-las por um tempo indeterminado.
Sua mão esquerda foi posta a minha, que estava apoiada no pequeno passeio onde estávamos sentados. Seu polegar massageou a região e uma corrente elétrica pode ser identificada em meu corpo. O olhei e sorri, e para variar, ele também me retribuiu com outro sorriso de arrancar batidas intensas de meu peito. Oh céus, eu estava sentindo tudo de novo...
— Posso dizer algo também?
Ele concordou com a cabeça.
— Eu amo os seus olhos, eles viraram o meu vício favorito...
Não sei, mas falar oque achava havia sido mais vergonhoso que ouvir oque ele tinha a dizer. Minhas bochechas estavam coradas, ardiam e por minutos sentir um grande arrependimento invadir meu corpo. Oh meu Deus, oque eu tinha acabado de dizer?
Isto era tão estúpido! Ele deveria estar me achando uma grande idiota agora.
— Você é o meu vício Inteiro Alice... Eu sou completamente apaixonado por você e não faço a mínima questão de esconder isto. Todos os dias me imagino ao seu lado, todos os dias, sem exceção de nenhum...
Eu podia dizer várias coisas naquele momento, tanto o fato de que eu também tinha um sentimento forte por ele ou como o fato de que eu também sentia o mesmo pelo seu irmão e com isso magoa - lo profundamente, porque na real, eu sabia que Joaquin Piquerez não merecia uma pessoa indecisa como eu e apesar de Roger ser totalmente o oposto do irmão, ele também não merecia. Mais eu simplesmente me calei, não consegui dizer ou formular uma frase sequer, porque eu era uma covarde, eu não tinha coragem de admitir o que estava óbvio pra mim.
— Será que pode me levar pra casa? — Pedi.
Seus olhos ainda me encaravam, intensos como sempre e talvez ele estivesse me odiando agora por ter se declarado pra mim e eu simplesmente não dizer nada.
— Sim. — Ele respondeu simples.
Observei quando ele adentrou até sua casa pra pegar as chaves do carro, eu não quis ir junto, sei que sua mãe poderia me achar uma mal educada por não me despedir, mais eu não conseguiria olhar pra Roger depois de tudo que aconteceu.
O caminho até minha casa foi um completo silêncio, eu observava o jogador dirigir sério e concentrado na estrada, enquanto analisava suas feições, o maxilar travado, as mãos firmes no volante e vez ou outra soltando alguns suspiros como se estivesse cansado de algo. Quando ele estacionou em frente ao meu prédio, eu retirei meu cinto e o encarei, Piquerez demorou alguns segundos antes de me olhar de volta.
— Me desculpa. — Pedi. — Eu também gosto demais de você Joaquin, você é tão perfeito, tão lindo, um cara incrível que as vezes eu acho que não mereço tudo isso.
— Eu disse que estou completamente apaixonado por você! — Ele suspira. — Mas tudo bem, eu sei esperar o tempo certo das coisas e eu vou esperar por você Alice Pérez.
— Será que você podia ser menos perfeito? — Sorri.
— Só se você parar de ser tão linda.
Ele se aproximou e tocou meu rosto, encostando seus lábios nos meus, diferente do beijo de Roger, o dele era calmo e suave, porém extremamente gostoso, nos separamos pela falta de ar e ele me deu um último selinho antes de eu sair do carro.
— Te vejo em breve comentarista. — Ele disse me dando tchau.
— Até mais jogador. — Lhe joguei dois beijinhos no ar.
