Estou fazendo minha segunda refeição agora, 300g de manga, procuro comer devagar, demorar o máximo de tempo possível em cada refeição, o que é bem diferente do que eu fazia antes, durante as compulsões.
Eu estou me sentindo frustrada, me sinto inferior as demais pessoas por causa do meu peso, não gosto de todo esse volume, minhas coxas me dão agonia, olhar pra elas se tocando é como escutar o som estridente de uma lixa sendo arranhada. Espero ansiosa pelo momento de subir na balança e ver um número que não me envergonhe, quero poder voltar a usar regata e top. Me sinto como se tivesse 230kg , não me acho atraente, estou fragilizada com este peso.
Acabei de notar que faz exatamente 1 mês que larguei a Mia, não coloco mais o dedo na garganta, mas minha cabeça ainda é de uma bulimica, por isso eu venho dizer por meio da escrita, minha cabeça não pertence à você Mia, eu sou uma bikini. Vou ajustar a dieta e o treino quantas vezes for necessário, cuidarei da minha saúde mental, e não me preocuparei somente com o físico, afinal o fisiculturismo é um esporte mental.
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Lírio Branco
Non-FictionDiário de uma mulher que acabou de perder seus sonhos de criança ao conhecer a vida adulta e está disposta a retomá-los, porém novos obstáculos surgem, será que ela conseguirá vencer?
