C̸a̸p̸ít̸u̸l̸o̸ 1

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Foco minha visão novamente no teto da parede na cor branca, já era a quinta vez nessa madeugada fria que eu abria os olhos sem ao menos conseguir pregar meus olhos por míseros cinco minutos

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Foco minha visão novamente no teto da parede na cor branca, já era a quinta vez nessa madeugada fria que eu abria os olhos sem ao menos conseguir pregar meus olhos por míseros cinco minutos.

Suspiro fundo e viro meu corpo lentamente para o outro lado da cama, eu precisava dormir, tinha aula amanhã cedo, mas isso se tornava impossível com meus pensamentos em outro lugar.

Minha mente vagava por entre diversas coisas, mas a principal delas era meus pais, especificamente a morte deles.

Lembro até hoje da minha última lembrança deles, estávamos em um carro voltando de um acampamento incrível que fizemos em Orange Contry, meu pai estava prestando atenção no caminho quando eu reclamei perguntando se faltava muito para chegar em casa, lembro exatamente do momento em que meu pai tirou a atenção da estrada e olhou pra mim, como sempre fazia... mas se não fosse por isso, se não fosse por minha birra, meu pai conseguiria desviar do caminhão que estava desgovernado a nossa frente.

Mas não conseguiu, por culpa minha.

O impacto foi tão grande que só acordei um mês depois em um hospital com meus tios Taylor e Josh preocupados comigo, lembro exatamente da sensação que senti ao que o médico disse que meus pais haviam falecido e que eu era a personificação do milagre por ainda estar vivo.

A morte dos meus pais foi de longe a pior notícia que eu já recebi nesses últimos dezoito anos de existência, me culpo todas as manhãs e noites por esse acidente, dói demais saber que se não fosse por mim eles ainda estariam vivos, dói demais saber que eu sou um peso para meus tios, e que no fundo eles sabem, sabem que a culpa daquele acidente é e vai ser sempre minha.

Após receber alta e sair do hospital, minha vida virou de cabeça para baixo, mesmo não lembrando de quase nada daquele tempo, eu sabia que o acidente tinha repercutido no mundo inteiro e eu odiava isso profundamente.

Tia Taylor que era a única irmã da minha mãe decidiu que ia me criar mesmo com o marido dela - tio Josh - sendo contra isso e insistindo para que ela me entregasse para "um orfanato qualquer por ai"

Já ouvi várias discussões entre eles sobre mim ao longo da minha vida, no começo doía saber que meu próprio tio me rejeitava mas eu acabei de acostumando com isso, não tinha muito o que fazer sobre isso, no fim ele era meu tio e eu o sobrinho dele, ele tinha que aceitar isso de uma forma ou outra.

Tia Taylor é uma modelo bem famosa sempre destacou em minha educação o quanto eu devia ser gentil com o próximo, levo isso comigo até hoje, ela sempre foi e é incrível comigo, quando estou mal ou me culpando pela morte de meus pais, ela costuma me levar para passear e comprar várias coisas legais pra mim afim de me distrair dos meus pensamentos e muita das vezes acaba funcionando.

Já o marido dela... bom, tio Josh vive preso no trabalho, é conhecido como um dos empresários mais ricos e renomados de Los Angeles e como consequência disso moramos em uma mansão enorme na parte mais rica da cidade, por conta do trabalho, tio josh acaba ficando pouco em casa e o pouco que fica da atenção total para minha tia, esquecendo totalmente da minha existência.

Meu Tio Possessivo | NoshOnde as histórias ganham vida. Descobre agora