LIGADA AO MAFIOSO - 2° Geração ( HERDEIROS FONTANA) - Livro 1

MANSÃO

GIOVANNI FONTANA

Entro na porta da mansão Fontana, mansão onde meu pai passou sua infância com meu tio e onde eu passei a minha.

Me recordo dos bons momentos que passei aqui, principalmente quando aprontava muito com a babá que se transformou em minha mãe.

Eu deveria permanece aqui ou encontrar uma mansão para mim por perto, como os demais capos fazem, mas gosto da independência do meu próprio ambiente, aquele apartamento é luxuoso, completo e me faz sentir bem, apesar que sei que quando eu me casar terei que me mudar.

C. A. S. A. R

Essa palavra fica rodopiando em minha cabeça desde a última conversa com meu pai, só de pensar em ter que me casar me sinto perdido, principalmente por ela ter a idade de minha prima.

Mas esse era o foco de meu pai, não era a pressa de me casar mais a segurança de uma aliança firmada.

Ao entrar na sala avisto minha avó Anna fazendo um belo bordado, ao me ela larga desesperadamente o que estava fazendo.

- Meu menino - ela vem preocupada em minha direção. - como voce está ? Seu pai estava preocupado, ele me disse o que aconteceu. - diz me apalpando e procurando algo de errado.

Ao relar próximo ao meu ombro resmungo de dor e ela volta seu olhar preocupado para mim.

- estou melhor nona - digo tentando a tranquilizar - eles tentaram me pegar mas sem sucesso. - digo rindo e ela puxa minha orelha tirando um resmungo meu.

- você nunca mais vai sair sozinho- diz e sorrio vendo a reação dela - e nunca mais vai brincar com isso - torna a falar - a não ser que queira ficar sem orelha tá escutando - ela diz e sorrio.

- estou escutando vó - quando ela vai torna a falar, vejo minha mãe Amélia correndo até mim, acompanhada de meu pai que vem andando tranquilamente atrás dela.

- você está ferido ? - pergunta - tem dor? - contínua.

- não mãe - digo tentando a tranquilizar - só vim para verem que estou melhor - digo.

- você não vai voltar para a máfia por enquanto - ela fala e suspiro - até acharmos quem fez isso - diz e olho para meu pai.

- sua mãe tem razão - diz e o olho perplexo - sabe que o melhor é se afastar até acharmos o responsável...

- não - eu o interrompo - sabe que tenho a máfia para comandar, é minha função...

- eu prefiro meu filho vivo - me corta se aproximando - do que a máfia em ordem - diz simples - você vai se afastar - me encara - até achamos o culpado.

- e eu ficarei lá fazendo o que? tenho que trabalhar e ...

- não Giovanni - me interrompe - quando acharmos uma pista você poderá participar, agora até lá ficará em casa em segurança. - diz e suspiro o encarando.

- pensa pelo lado positivo meu filho - minha mãe diz sorrindo para mim - ficará perto da gente. - fala como se eu fosse ficar o tempo todo aqui, mas eu não posso nesse exato momento tenho em minha casa alguém que se tornou temporariamente minha responsabilidade.

- eu vou ficar em meu apartamento mãe - digo e ela me olha triste - prefiro meu conforto mãe - falo e ela acena me entendendo - mas virei te visitar, sempre que possível - digo e vejo um sorriso mínimo brotar em seu rosto.

- ok - diz me abraçando e eu a abraço de volta.

- está tudo certo agora - meu pai fala em um tom neutro - mas antes preciso que me detalhe tudo o que ocorreu - diz e confirmo - me siga- meu pai fala e o acompanho até seu escritório.

MELISSA GOMES

Ando por esse apartamento enorme, acho que nunca estive tão perto de algo luxuoso assim.

Já andei por aqui umas duas vezes seguindo o mesmo trajeto, banheiro, quarto, sala e cozinha.

É perceptível que ele mora sozinho, mas pela conversa que disse creio que sua família fique aqui por perto.

Sento no sofá entediada, uma hora dessas eu teria que estar em um plantão.

Mandei mensagem para Isa dizendo que não estava muito bem e ela disse que ia me ver, tive que inventar que era algo contagioso, pelo menos me daria algumas semanas até tudo isso se resolver.

Suspiro olhando para os lados, o que eu farei aqui esse tempo todo.

Olho para meu corpo e vejo a mesma roupa de ontem, eu poderia tomar um banho, pegar algo dele, ele disse que ia mandar minhas coisas para cá mais não vi até ainda.

Me levanto e sigo em direção do quarto, olho para aquele banheiro apenas rodeado de vidro e tenho um pequena imaginação de porque ele ser assim.

- tira isso da sua cabeça Melissa - falo enquanto me aproximo.

Me despido deixando minhas roupas amontoadas no canto, e entro em passos lentos, ligo o chuveiro e olho para o lado vendo um espelho enorme seguindo do chão ao teto.

Me olho no espelho e me vejo, sempre me achei bonita, meu corpo principalmente, mas esse espelho está me favorecendo mais do que eu pensei.

Sorrio de lado e molho meu cabelo, o lavando, deslizo a bucha pelo meu corpo com delicadeza.

A água cai sobre meus ombros, e tenho que conversar nunca experimentei um chuveiro tão perfeito quanto esse.

Tiro o excesso da água e passo o creme entrando em baixo novamente a seguir, estou distraída quando escuto um barulho de porta sendo aperta e passos a entrar.

- Melissa eu trouxe umas roupas...

O silêncio permanece sobre o ambiente e abro os olhos assustada, vendo Giovanni me encarando dos pés a cabeça sem nenhum pudor, apenas um olhar de desejo.