As Crônicas de Uma Médica Invisível - Parte II

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   A PARTIDA

Eu saí de Konoha sem rumo e andei por dias. Eu era uma criança de 9 anos, que não tinha noção de onde estava e não demorou muito para que a comida e a água acabassem. Durante uma tarde nublada, eu caminhava próxima a uma vila desconhecida e pouco movimentada. Aproveitando que me restaram algumas moedas, eu parei em um lugar para comprar água. Após o dono daquele armazém me entregar uma garrafa de água e eu lhe dar meus últimos trocados, saí daquele lugar. Depois de caminhar alguns metros, me sentei no chão e encostei minhas costas em uma árvore, para descansar. Enquanto eu tomava minha água, um senhor de cabelos brancos se aproximou e perguntou meu nome, mas eu não quis responder. Insistente, ele perguntou se eu estava com fome e, a verdade, era que sim, eu estava com muita fome. Mas, mesmo estando faminta, eu não o respondi, pois estava extremamente desconfiada por não saber quem ele era.

Com um sorriso simpático, ele se sentou ao meu lado e estendeu sua mão direita, me devolvendo umas moedas. Em seguida, ele disse que me viu entrar naquele lugar, que era um bar, para comprar água e, ao perceber que aquelas eram minhas últimas moedas, ele pagou a água e pegou o meu dinheiro de volta, para me devolver. Mesmo desconfiada, eu peguei as moedas e, naquele momento, ele sorriu e me revelou seu nome.

"Me chamo Jiraya." 

Em seguida, ele insistiu em perguntar meu nome mais uma vez e, dessa vez, mesmo relutante, eu disse, com um tom bem acanhado.

"Harumi."

"Hum, é um belo nome." -- Ele disse.

Eu continuei em silêncio e desviei meu olhar. Em seguida, Jiraya me disse que tinha um abrigo, que não ficava muito longe dali, e me convidou a ir até lá. Embora eu continuasse desconfiada, ele foi gentil e me pareceu ter um bom coração e, por estar exausta e faminta, decidi aceitar ir até o abrigo, com a intenção de passar a noite, apenas.

Jiraya  se levantou e começou a caminhar e eu o segui. Depois de alguns minutos de caminhada, chegamos ao abrigo e, enquanto eu observava tudo com curiosidade, Jiraya foi até a cozinha e preparou uma refeição deliciosa para nós dois. Quando ele serviu a mesa, eu comi tão rápido que ele me olhou assustado, o que o fez perceber que eu não comia a algum tempo. Quando anoiteceu, Jiraya me ofereceu um lugar para dormi e eu rapidamente aceitei. Ele me mostrou um pequeno quarto daquele abrigo e eu logo fui me deitar.


O SÁBIO DA MONTANHA DO SAPO

Já fazia um tempo que eu não dormia tão bem e, quando o dia amanheceu, despertei daquele sono profundo e logo me preparei para ir embora. Eu tentei não fazer barulho, para que Jiraya não acordasse, mas quando abri a porta, mesmo que cuidadosamente, ouvi ele dizer:

"Hum, você teve uma linda família!"

Eu me assustei e rapidamente olhei para trás. Jiraya estava segurando a única foto que eu tinha da minha família, da qual eu ainda era um bebê. Aquela foto estava em minha mochila e eu não percebi que ela havia caído. A fala de Jiraya me paralisou por alguns instantes, até que suspirei.

- Me devolva a foto. – Pedi com um tom acanhado.

- Bem, primeiro responda minhas perguntas. -- Jiraya disse. - Porque está fugindo? Eu não a tratei bem?

Eu desviei meu olhar, sem respondê-lo.

Jiraya me observou por alguns instantes e eu pude ouvir um suspiro. Em seguida, ele se aproximou e me entregou a foto, mas, antes que eu pudesse pegá-la, ele disse que tinha uma condição, que era que eu ficasse e não tentasse mais fugir. Eu me intriguei, pois não entendia o interesse que ele tinha em me manter ali. Depois de alguns segundos sem minha resposta, Jiraya se agachou próximo a mim, olhando em meus olhos.

Um Amor Improvável - Itachi Uchiha (Em Revisão)Donde viven las historias. Descúbrelo ahora