Capítulo 15

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—Stefano! —Olhei em volta só ouvindo o som dos pássaros e a cachoeira. O Sol escaldante, começava a arder a pele pelo peso da roupa. Não tive resposta, seguindo a trilha olhando para os lados. Andamos bastante e constatei por não vê-lo em lugar nenhum, que ele decidiu me deixar sozinha de propósito —Por favor, responda!

Tentei de novo e continuei andando rápido, já me arrependendo de minhas respostas estúpidas. Ele conseguia fazer-me sentir idiota e com raiva de mim, a maioria do tempo. Fui indo não avistando nada, temendo tomar o trajeto errado. O ruído do mar ficava a poucos metros, e segui em sua direção deixando o medo de lado. Com mais três passos, ouvi um barulho e estremeci ao dar de frente com ele.

—Ahaa!!! Te peguei!

— Meu Deus, seu idiota! —Levei a mão no peito com o coração na boca pelo susto, enquanto ele passou a gargalhar.

—Como é fácil te deixar com as pernas bambas, hein mabele? —disse entre respirações — E olha que não te mostrei nem a terça parte. — soltou uma alta risada.

Com um lábio para fora soltei um bufo, dando as costas para ele que veio rindo atrás de mim

Os dias seguiram, não facilitando muito nossas vidas na imensidão da ilha. Os corpos foram lançados ao mar com muita dificuldade. O cheiro não ia permitir continuar dentro do que restou do avião. O único abrigo que permitia segurança das chuvas e de qualquer animal, pois não sabíamos de fato que havia ali.

Os poucos recursos, fogo na areia, colher frutas nos lugares baixos, garantiam nossa sobrevivência. Stefano sempre dando uma de machão queria ser o primeiro a colher. Difícil, devido a sua condição do braço quebrado;diversas vezes o peguei a gemer de dor escondido. Quanto a minha perna, se recuperou ficando uma marca ainda feia, mas que sumiria com o tempo.

Mais uma semana passou.

A impaciência de Stefano, seguia igual, porém as tentativas obscenas pareciam ter abrandado um pouco, focado totalmente em achar maneiras de nos encontrarem, ele vistoriava partes da ilha deixando-me sozinha algumas vezes.

Vivendo o dia a dia, passamos a conversar e falar um pouco de nós dois. Ele contou partes da infância, falou da vida na máfia, dos irmãos e nessas horas, ele demonstrava sentimentos. A história que soube de Bree, tornavam semelhantes as tragédias de nossas vidas, e a atração, as carícias que experimentamos, serviu a lançar-me para um desejo aumentado por ele, que me peguei surpresa com o coração a bater mais do que deveria.

-Amor não existe, o que existe é desejo -Afirmou, sentado à areia, costas apoiadas no coqueiro, enquanto sentei na frente dele depois de comer uma fruta. Não sei como, mas após muito falar, a conversa tomou um rumo inesperado.

— Eu acredito que existem várias formas de amor. Você pensa não amar, mas ama.

— Está se referindo ao quê, exatamente?

— Disse saber amar e odiar.

— Muito observadora e sábia, como se tivesse vivido o amor em muitos relacionamentos. — Ele disse entediado, fazendo desenhos na areia.

— Não estou falando só desse amor. — enfatizei — Quer o exemplo? Você mata, lida com seus negócios sujos, mostra todo o interesse por eles. Faz isso com dedicação, não faz? Então, isso é uma forma de amor.

— Está enganada. Eu não mato por amor e sim, ódio. — Disse friamente.

— É uma forma inversa de amar.

— Ah, por favor. — rosnou ele — Aonde quer chegar com essa conversa?

— Em nenhum lugar. — Respondi despreocupada. — Ai!! — dei um tapa no braço sentindo a picada de um pernilongo. Acho que sou um imã de mosquitos.

Naabot mo na ang dulo ng mga na-publish na parte.

⏰ Huling update: Mar 21 ⏰

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Nas mãos do Capo Romance Dark 🔞Tahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon